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A inflação dos alimentos no Brasil atingiu 7,10% nos últimos 12 meses até fevereiro. Itens como café moído e azeite de oliva registraram altas de 66,18% e 14,16%, respectivamente, tornando-se produtos de luxo para muitos consumidores.

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Transcrição
00:00Um outro destaque, a inflação acumulada no Brasil em 12 meses chegou a 5,48% em março,
00:07revelou um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
00:12O índice está quase 1% acima da meta estipulada pelo governo e é o mais alto dos últimos dois anos.
00:20Para março, a inflação subiu 0,56%, puxada pela alta no grupo de alimentação e bebidas.
00:27O tomate, o ovo de galinha e o café foram os produtos que registraram mais aumentos, 22,55%, 13,13% e 8,14% respectivamente.
00:42O café, inclusive, além do azeite, que já está com preço alto há vários meses,
00:48ganharam um status de artigo de luxo nas prateleiras de vários supermercados.
00:52Não sei se você já acompanhou, eles são colocados atrás de grades, sabe onde ficam aquelas bebidas importadas?
00:59Ou recebem até aqueles lacres de segurança, aquele que apita se a pessoa não passa no caixa, né?
01:04Repetindo uma prática muito comum justamente nesses empórios de bebidas chiques, importadas, caros, com vários itens cobiçados.
01:11Você, Cristiano Beraldo, sintomas de um Brasil difícil de viver, principalmente para aquelas pessoas mais simples, as pessoas mais pobres, né?
01:22Os artigos do dia a dia já não podem mais ser consumidos por grande parte da população.
01:30É aquilo que você costuma dizer, né?
01:31O poder de compra completamente corroído, né, Beraldo?
01:35Totalmente, Caniato, e de uma forma bastante mais perversa do que pode parecer.
01:42O problema do Brasil não é um problema inflacionário.
01:46O problema do Brasil é um empobrecimento sistêmico em que a população brasileira, ou a maior parte dela,
01:56está hoje num padrão de renda completamente inviável para a sua sobrevivência,
02:05equiparado a países pobres da África e de outros lugares.
02:11E uma esmola a conta gotas vindo do governo parece ser o sonho de consumo de muita gente
02:22que se acostumou a não esperar absolutamente nada além da sobrevivência.
02:29Quando existe esse tipo de dinâmica prevalecendo no país, Cani, é até sinal de que a população já não reage mais.
02:39O café está caro vai resmungar, mas não vai tomar café.
02:45A carne está cara vai resmungar, mas não vai comer carne.
02:49A sopa de osso, o pescoço da galinha, qualquer coisa vai suprindo ali essa perspectiva completamente medíocre da sobrevivência.
03:03E o efeito colateral disso é um país que não cresce, que não avança, que não gera e distribui riqueza.
03:11É um país dependente dessa estrutura governamental incompetente que olha para a população brasileira
03:21e não enxerga homens, mulheres, idosos, crianças, famílias, pessoas que têm ou deveriam ter seus sonhos.
03:33Para essa cúpula da política, ao olhar para a população brasileira, eles enxergam simplesmente custo e voto.
03:48E quanto mais barato for, mais voto entregar, melhor é para essa gente.
03:55Preço nas alturas, supermercados se virando, adotando medidas para evitar furtos de alguns produtos,
04:03especialmente nos vidros de azeite que agora ficam em uma outra sessão.
04:08Junto com o uísque importado, vinhos caros, enfim, a dinâmica mudou.
04:14E aí o Beraldo falou, brasileiros se virando.
04:17Alguns, inclusive, nem tomam mais café.
04:18Tem até uma bebida que parece café, mas não é café, é o café fake.
04:23Você, Mota, dia a dia do brasileiro, tendo de rebolar para conseguir deixar a dispensa minimamente cheia.
04:32O Datamota vai ao mercado todos os dias, Caniato.
04:36O abacate está custando 10 reais o quilo.
04:40Agora, o que me surpreendeu foi a manteiga.
04:43A manteiga está subindo mais do que o bitcoin.
04:46A manteiga aqui está 16 reais.
04:48Um tabletinho de 200 gramas, vidro de azeite e tal.
04:53Eu nem sei o preço porque eu parei de olhar.
04:55Eu parei de olhar o preço do azeite porque estava me fazendo mal.
04:59Eu me lembro quando uma garrafinha de 500 ml de azeite custava 16 reais, 14 reais.
05:05Agora, o curioso são os produtos.
05:08Eu reparei isso essa semana porque o iogurte que eu costumo comprar, o pote subiu de 9 reais para 12 reais.
05:18Mas tinha um pote do mesmo tamanho com um preço antigo, 9 reais de outra marca.
05:25Aí eu já ia comprando quando eu vi que estava escrito na embalagem.
05:29A quantidade de produto nessa embalagem diminuiu.
05:34Não é mais 500 gramas.
05:35Eles mudaram para 450.
05:37Bom, pelo menos eles estão avisando.
05:39Mas você tem que ler o rótulo, né?
05:41Agora você vê, né?
05:42Que coisa.
05:43Agora, o que a gente tem que lembrar é o seguinte.
05:46Quando todos os preços sobem, só existe um culpado.
05:51É o Estado.
05:53O que está acontecendo aqui são os gastos absurdos do Estado que fazem com que o Estado tenha que emitir dinheiro.
06:03Só existe uma entidade que pode emitir dinheiro.
06:07É o Estado através do Banco Central.
06:10Essa é a causa da inflação.
06:13A inflação não é o aumento de preço.
06:16O aumento de preço é consequência.
06:17A gente tem que explicar isso, porque quando as pessoas dizem que inflação é o aumento de preços,
06:23a primeira tendência é culpar o produtor, né?
06:26O criador de galinha, o criador de boi, o fabricante do azeite.
06:31Quando todos os preços sobem, os culpados não são os produtores.
06:36Os culpados são aqueles que gastam demais e, por causa disso, precisam colocar mais dinheiro na praça
06:43para pagar por esses gastos.
06:45Ou alguém achou que viagem para o Japão sai de graça?
06:51Pois é.
06:51Você, delegado Palumbo, a situação que envolve o dia a dia do brasileiro que precisa ir ao supermercado,
06:58à feira, à quitanda, comprar os itens para o dia a dia.
07:03E aí o levantamento do IBGE apontando que ovo, tomate e café mais caros, preços nas alturas,
07:10representando, inclusive, um quarto da inflação de março, delegado Palumbo.
07:15Sem falar do azeite, né?
07:17Eu nunca pensei que ia chegarmos num ponto como a gente chegou.
07:20Fui no supermercado outro dia e tinha uma câmara de segurança virada para os azeites com lacre,
07:27dizendo, cuidado, vocês estão sendo monitorados.
07:30É o fim do mundo.
07:31E não adianta ficar culpando o governo anterior, o presidente do Banco Central anterior.
07:36Nós temos que ter a responsabilidade de assumir o que fizemos de certo ou errado.
07:43Outro dia o vice-presidente deu uma declaração de que a impopularidade do atual presidente se dá ao calor infernal.
07:50Quer dizer, não é crível.
07:52A gente não começa...
07:53É risível esse tipo de declaração.
07:56Como o Mota falou, um governo que gasta muito, que faz pouca economia,
08:01que procura sempre culpados, que nunca tem responsabilidade de nada,
08:05que a culpa é do calor infernal, que a culpa é do ex-presidente,
08:09que a culpa é do ex-presidente do Banco Central.
08:12Só que eles se esquecem que eles estão dirigindo,
08:16eles estão pilotando o barco,
08:18são eles que estão com o leme na mão.
08:20Não tem mais ex-presidente, não tem mais ex-presidente do Banco Central.
08:24Nós temos a cesta básica,
08:26isso numa pesquisa feita em março deste ano,
08:29como uma das mais caras de todos os tempos.
08:33Quer dizer, o cidadão que ganha um salário mínimo,
08:35que compra lá, faz o seu supermercado,
08:37gasta mais de 800 reais,
08:39sobra um pouquinho só para ele pagar aluguel,
08:41para pagar outras coisas básicas.
08:43E aí a gente vê um governo que não corta na própria pele,
08:47vem com perfumaria.
08:50Não vejo ele fazendo alguma medida,
08:52ou tomando alguma medida,
08:53para se, por exemplo, mexer no salário
08:56dos grandes assalariados desse Brasil aqui.
08:59Quem são deputados, senadores, desembargadores,
09:03membros do poder judiciário,
09:06membros do Ministério Público?
09:09Não, não vamos cortar neles,
09:10não vamos mexer com eles, não.
09:11Vamos mexer com a aposentadoria das Forças Armadas.
09:15Porque esses aí não oferecem perigo.
09:17Eles se lixiar, ninguém vai dar bola.
09:19É claro que a gente vai viver tempos difíceis.
09:22Tem que se cortar na própria pele.
09:24Eu costumo dar sempre esse exemplo.
09:26Se um trabalhador que está aí no táxi,
09:28agora nos ouvindo, eu sei que tem centenas de milhares
09:30deles nos ouvindo nesse momento aqui no Brasil.
09:33Se ele ganha 10, ele não pode gastar 20,
09:37porque ele vai quebrar, ele vai se endividar.
09:40Isso é tão claro quanto a luz solar.
09:42É como 2 e 2 são 4.
09:44Mas parece que o governo pensa que você aperta o botão,
09:48emite um monte de nota e que aí tudo fica às mil maravilhas.
09:52Pois é, o Mota falou daquela situação que envolve
09:55aquele discurso de tentar imputar ao produtor,
10:00ao varejista, ao dono da rede de supermercado,
10:04a culpa por conta da alta de preços.
10:06É preciso diminuir a sua margem de lucro.
10:09Aquela história toda, a gente escutou isso faz alguns meses, né, Beraldo?
10:13Isso aqui não colou, né?
10:15Essa tese não colou porque o problema é muito maior, né?
10:19Acho que o Mota deu uma explicação muito boa aqui.
10:23Mas a economia se tornou uma pedra no sapato do atual governo
10:27e não há perspectiva de mudança, né, Beraldo?
10:30A gente não vê movimentos que apontem
10:34para uma mudança muito importante nos próximos meses.
10:38E aí é preciso olhar também para 2026.
10:42Talvez a grande pauta e a pauta mais sensível, talvez,
10:46desse governo seja a economia.
10:49E talvez, ao lado, segurança pública.
10:52Você entende que esse é o telhado de vidro
10:55da atual administração e isso vai ser explorado em 2026, Beraldo?
11:00Neto, vamos colocar as coisas na devida perspectiva.
11:03Não é que o governo tem muitas coisas boas
11:06e, puxa, deu uma escorregada na economia.
11:09O governo tem uma dificuldade gigantesca
11:13de indicar alguma coisa que efetivamente
11:16foi bem feito durante essa gestão.
11:19E nós estamos falando de uma gestão
11:22que está há um ano do seu fim,
11:24porque daqui a um ano é campanha.
11:26O que foi feito, foi feito.
11:28E o que ficou por fazer não será realizado.
11:32Quando a gente olha para a questão econômica,
11:35o grande problema é que não há um projeto, Caniato.
11:39Não há uma visão estratégica para o Brasil.
11:43Não há uma ação lógica
11:45que esteja alinhada com o próprio discurso.
11:49Aliás, a mudança mais importante que houve no governo
11:52foi justamente na Secretaria de Comunicação
11:55para melhorar o governo
11:58a aumentar a sua popularidade,
12:02não com base em entregas concretas,
12:04mas no discurso,
12:06na versão que é dada e vendida para as pessoas
12:10diante dos fracassos que vão se acumulando
12:14na atual gestão.
12:15A economia, ouvindo o próprio ministro Fernando Haddad falar,
12:21ele fala das coisas já com desânimo.
12:25Bateu cabeça ontem com o ministro de Minas e Energia,
12:30que anunciou um aumento de benefícios
12:34para a população mais pobre,
12:36que passaria a pagar menos conta de luz.
12:39E, segundo o ministro da Fazenda,
12:42Fernando Haddad,
12:42isso não estava combinado e não está sendo tratado no governo.
12:45Quer dizer, desautorizou publicamente
12:48um ministro que pode estar falando o maior absurdo do mundo,
12:53mas, primeiro, é colega do ministro,
12:55representa o mesmo governo.
12:57Segundo, fazer anúncio de medida populista
13:00é o que justamente esse governo quer.
13:03Então, já mostra que o ministro da Fazenda
13:04está completamente ou desalinhado ou isolado
13:07no atual governo.
13:09Então, Caniato, não tem como nada de bom ser produzido ali.
13:15Nós estamos vendo o que está acontecendo com o câmbio.
13:18Nós estamos vendo o que está acontecendo com as taxas de juros.
13:22Nós estamos vendo o que está acontecendo
13:24nas questões bancárias.
13:27Olha o que está acontecendo em relação ao Banco Master.
13:31E está tudo por isso mesmo.
13:32Então, Caniato, é realmente assim.
13:35A gente precisa apertar o cinto,
13:37porque a turbulência só vai aumentar.
13:40Apertem os cintos, o piloto sumiu.
13:42Lembrei dessa comédia.
13:43Você, Mota, só para a gente passar a régua,
13:46finalizar esse debate sobre a situação econômica desse governo,
13:50é claro que a situação deve se agravar,
13:55pelo menos de acordo com as projeções dos analistas,
13:58inclusive a tendência de uma nova elevação
14:01na taxa básica de juros na reunião de maio.
14:04Enfim, a situação não está fácil para a população,
14:08mas pensando em um cenário mais difícil
14:12e a população mais empobrecida,
14:14com o poder de compra corroído,
14:16isso deve ser determinante na campanha eleitoral de 2026.
14:21Então, o que eu quero dizer,
14:23a administração que vai tentar uma reeleição
14:25vai chegar extremamente enfraquecida.
14:29É, mas eu acho que eles vão tentar
14:31aqueles velhos truques de sempre.
14:33Amanhã vai surgir uma outra bolsa isso,
14:36bolsa aquilo,
14:38algum programa de dar dinheiro para as pessoas.
14:41E aí você vê a total falta de coerência básica
14:46de um governo,
14:47que de um lado tem o Banco Central
14:50tentando enfrentar a inflação
14:53e o remédio que o Banco Central tem para isso
14:56é subir a taxa de juros,
14:58que prejudica todo mundo,
14:59prejudica a economia.
15:00E aí, por outro lado,
15:02o que é que o governo faz?
15:03Lança um programa de empréstimo,
15:06que significa crédito.
15:09Dar crédito significa aumentar
15:11a quantidade de dinheiro em circulação,
15:14o que aumenta a inflação.
15:16Então, a mão direita faz uma coisa,
15:18a mão esquerda faz outra
15:20e a gente não tem a mínima ideia
15:23do que vai acontecer até o ano que vem.

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