Nos dois primeiros meses de 2025, São Paulo registrou 29.169 casos de roubos e furtos de celulares, uma média de um aparelho levado a cada três minutos. Os bairros de Pinheiros (1.023 ocorrências) e Bela Vista (831) lideram em registros.
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NotíciasTranscrição
00:00Uma outra notícia, Cidade de São Paulo registrou um roubo ou furto de celular a cada três minutos no primeiro bimestre deste ano.
00:09Ao todo, 29.169 boletins de ocorrência do gênero foram lavrados entre janeiro e fevereiro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
00:21Apesar disso, o número é 5% menor do que o total registrado no mesmo período do ano passado, 2024.
00:28Segundo o levantamento divulgado pelo portal G1, os bairros que lideram a lista são Pinheiros, Bela Vista, Bom Retiro, Barra Funda e República, aqui no centro de São Paulo.
00:43Você, delegado Palumbo, que a gente deve considerar em relação a esse levantamento um celular roubado ou furtado a cada três minutos?
00:53Por que esse se tornou um item tão desejado pelos malandros, pelos bandidos, hein, delegado Palumbo?
01:00É porque tem essa rede de venda de celulares paralelos, celulares roubados, crime de receptação.
01:10Também os revendedores, muitos aceitam esse tipo de mercadoria, colocam para vender como se fossem celulares legítimos, comprados com nota fiscal.
01:20Enfim, essa rede acaba impulsionando também a venda de celular roubado?
01:27Pode ter certeza que esses índices são muito maiores.
01:29As pessoas, tem muitas pessoas que sequer vão para uma delegacia fazer boletim de ocorrência.
01:34Ou porque a delegacia está fechada, ou porque tem uma fila de cinco, seis horas,
01:39ou porque tem dificuldade de fazer pela internet.
01:42Pessoas mais humildes, com pouca instrução, não vão conseguir fazer um boletim pela internet.
01:48Aliás, a pouca internet que ela tem, está no celular que foi roubado ou furtado.
01:52Então, literalmente, elas deixam para lá.
01:54Esses índices, eu tenho certeza absoluta, que são muito maiores.
01:58O celular é um objeto de interesse do bandido.
02:01Por quê?
02:02Porque ele é vendido facilmente.
02:04Muitos aparelhos são enviados, inclusive, para outros países que não têm, não possuem o número de identificação
02:10e são facilmente revendidos.
02:13Alguns aparelhos, eles vendem as peças como se fosse um carro, como se fosse um desmanche de carro.
02:18Vende o visor, vende a câmera, vende absolutamente tudo.
02:22Vende a placa.
02:23E a gente precisa combater isso, com leis pesadas, com o Legislativo fazendo a sua parte,
02:29esses bandidos não saindo em audiência de custódia.
02:32Eles saem, por vezes, na audiência de custódia, mas também com patrulhamento.
02:38A quantidade de policiais militares que trabalham interno é gigantesca.
02:43São muitos policiais militares.
02:45São milhares de policiais militares, que, aliás, estão, inclusive, em desvio de função.
02:49Estão nos tribunais de justiça, estão na Câmara de Vereadores, estão em outros lugares que não deveriam estar.
02:55O policial militar deveria estar na rua.
02:58Ele não deveria estar aquartelado fazendo papel trabalho administrativo.
03:04Quantos desses estão aí efetivamente na rua?
03:07Se pegarmos aí bairros populosos, às vezes tem uma, duas rádio-patrulha para atender uma população de um milhão.
03:14E isso se torna inviável, sem contar das punições.
03:17Se você atirar, se você se envolver numa troca de tiro, a gente vai te colocar no trabalho administrativo.
03:25Aí o pobre do policial, que não tem culpa, soldado, cabo e sargento, não tem culpa de absolutamente nada.
03:30Ele que fica lá se matando de fazer bico, ele pensa o seguinte.
03:35Se eu tiver que me envolver numa troca de tiro e for parar num serviço administrativo, o que vai acontecer comigo?
03:40Eu vou perder meu bico.
03:42Ou a nossa audiência acha que o policial vive de salário.
03:45Não, o policial não vive de salário, não.
03:47O policial vive de trabalho, de segunda a segunda, 30 dias por mês.
03:52Descansa muito pouco.
03:53Descansa quando dorme.
03:55Aliás, quando dorme.
03:57Porque ele tem que se matar de fazer bico porque não recebe um salário digno, não recebe um salário à altura.
04:02E isso não é só no estado de São Paulo, não.
04:04Isso é pelo Brasil inteiro.
04:05Aí a gente vai para a polícia civil.
04:07É só vocês repararem no tipo de viatura que a polícia civil está usando.
04:12É blazer velha caindo aos pedaços.
04:14É parati caindo aos pedaços.
04:16É uma quantidade de carros que não deveriam nem estar na rua.
04:20É delegacia fechada.
04:21É falta de papel.
04:22É falta de água.
04:23Como é que você vai ofertar um trabalho de segurança efetivo?
04:27Não vai ofertar.
04:27E aí quando a polícia prende, vai para o judiciário e o judiciário faz o quê?
04:33Serve um cafezinho, coloca um casaquinho no ladrão, no vagabundo e ele sai pela porta da frente.
04:38O que ele pensa na cabeça dele?
04:39Ah, eu vou roubar.
04:40Para que eu vou trabalhar?
04:42Vou trabalhar para quê?
04:43Se eu fui preso, me serviram o café e me colocaram o casaquinho, o crime compensa nesse país.
04:48Aí fica difícil.
04:48A polícia fica enxugando o dinheiro o tempo todo.
04:51Pois é.
04:52Um celular roubado ou furtado a cada três minutos em São Paulo.
04:56Os bairros que estão no topo desse ranking, dessa lista, Pinheiros, na Zona Oeste, também
05:02Bela Vista, na região central.
05:05Mota, o fato de autoridades e formadores de opinião relativizarem a gravidade desse
05:14tipo de crime, você acha que isso serve de estímulo?
05:18Por que não?
05:18Estímulo para roubo e furto de celular?
05:22Não há dúvida nenhuma, Caniato.
05:24Os bandidos assistem televisão, eles usam as redes sociais, eles sabem captar uma mensagem.
05:33Roubo de celular é um problema em todo o país.
05:36Eu acho que se a gente pegar os índices de outras cidades ou de outros estados, não
05:41vai ser difícil descobrir muitos locais onde os números são muito maiores que o número
05:46de São Paulo, que aliás tem caído.
05:49E não é difícil descobrir a razão dessa epidemia de roubo de celular.
05:56O meu amigo procurador de justiça Marcelo Rocha Monteiro conta a história de um homem
06:01aqui no Rio de Janeiro que já foi preso 84 vezes por furto de celular.
06:0784 vezes.
06:08Ele é preso, ele é solto na audiência de custódia e ele volta para roubar no mesmo lugar
06:14onde ele foi preso anteriormente.
06:17Outro delegado, amigo meu aqui do Rio de Janeiro, me contou de uma grande operação
06:22da polícia feita há mais ou menos dois anos atrás, em que ele e a sua equipe prendeu
06:28uma família que comprava celular roubado.
06:33Em poder desses criminosos foram apreendidos mais ou menos dois mil celulares.
06:38Todos os bandidos foram soltos no dia seguinte na audiência de custódia.
06:44E a argumentação do magistrado foi que receptação é um crime sem violência.
06:50Então não se justificava a prisão dos bandidos.
06:53Para a gente combater o crime aqui no Brasil, primeiro a gente precisa combater a inexplicável
07:01afeição que o Estado brasileiro tem por criminosos.
07:06Pois é, Cristiano Beraldo, o roubo e o furto de celular, crimes muito fáceis de serem cometidos,
07:16porque trata-se de um objeto pequeno, muitos realizam um assalto em cima de uma motocicleta,
07:23muitos se passam por um entregador de comida, enfim, a gente tem visto isso nos muitos registros
07:30pelas câmeras de segurança e permite que o bandido consiga efetuar aquele crime, sei lá,
07:39em um, dois minutos no máximo.
07:42Agora, além do uso daquele aparelho, como bem explicou o delegado Palombo,
07:47muitos crimes podem ser cometidos, né?
07:49Quando você consegue acessar o celular da pessoa, não somente o aparelho, né?
07:54A revenda do aparelho, mas também você consegue entrar nas redes sociais, no banco, enfim.
07:59É um parque de diversões para a malandragem, né, Beraldo?
08:03É o urubu do Pix, né?
08:05Quando uma pessoa sequestra a rede social de outra e coloca ali uma venda fraudulenta
08:12de algum tipo de serviço ou de aplicação financeira, com retorno rápido, enfim,
08:17que acaba utilizando a credibilidade que o dono do telefone tem
08:23para que as pessoas que o seguem possam transferir dinheiro.
08:28Agora, é uma realidade que realmente cria uma dinâmica que estimula o crime.
08:35Teve uma cena, delegado Palombo, que eu vi, na última vez que estive em São Paulo,
08:40passando em frente a uma delegacia ali na rua Estados Unidos,
08:43a viatura para, abre-se o camburão ali, a porta do porta-malas,
08:52e o bandido preso, ele sai ali do porta-malas se espreguiçando,
08:58quer dizer, tirou uma soneca dentro do camburão, chegou ali na maior tranquilidade,
09:05claramente ali num ambiente onde ele tem intimidade,
09:10já sabe o caminho para o banheiro, para a sala do delegado,
09:15e vai ali certo de que absolutamente nada vai acontecer com ele.
09:20Obviamente não sei qual é o crime que ele estava ali sendo acusado de ter cometido,
09:25mas enfim, era um preso absolutamente sereno.
09:30Era ali parte da rotina dele chegar e ser levado para a delegacia.
09:36Quando você tem esse tipo de realidade, não há como você convencer alguém
09:42que o atual estado de coisas vai tornar aquele tipo de atividade desinteressante.
09:51Ao contrário, por que não roubar um celular?
09:57Por que essas pessoas vão abrir mão dessa prática que eles já incorporaram no seu cotidiano
10:05para fazer algum outro tipo de trabalho que vai exigir dele um esforço muito maior,
10:12compromisso com o horário, vai ter que pagar imposto, vai ter que dar satisfação para o patrão?
10:17Então, Caniato, realmente o Brasil, ele hoje é feito para aqueles que não querem andar na linha.
10:28Senhores e senhoras empresários, devam imposto, mas devam muito.
10:33Devam muito para os bancos e devam muito para o governo,
10:37porque aí ninguém coloca a mão em você.
10:39Os bancos vão querer negociar, não vão simplesmente deixar que você vá quebrar,
10:44porque eles querem reaver algum dinheiro.
10:47Então, eles vão estar sempre disponíveis a conversar com você.
10:51Governo é a mesma coisa.
10:53Sempre vai criar um refis disso, um parcelamento daquilo,
10:57e aí você vai empurrando com a barriga.
11:00Não caia nessa ilusão de ser um cidadão honesto,
11:05cumpridor das suas obrigações,
11:09que respeita a lei,
11:11que se sente incomodado se tem uma conta atrasada.
11:14O Brasil não é feito para você.
11:16Você é o bobo da corte.
11:19Leve no seu bolso um nariz de palhaço,
11:23e antes de colocar o seu nariz para fora,
11:27coloque lá o seu nariz de palhaço,
11:29para que todo mundo saiba que você é um dos bobos no Brasil que cumpre a lei.