Com o apoio do chef Fábio Sinbo, Marcus Buaiz prova um menu com peixes e frutos do mar. Entre os pratos, ele experimenta uma versão do Choripan, o "Choripolvo". Além disso, acompanhamos um apaixonado por pesca e cozinha mostrando o que há de melhor no litoral norte de São Paulo.
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NotíciasTranscrição
00:00Você sabia que esse peixe vale mais do que uma mansão com carro de ruxo na garagem?
00:20Ele foi arrematado por mais de 3 milhões de dólares, ou seja, mais de 18 milhões
00:24de reais.
00:25O Lifeprime está no ar e você vai ver a pesca de uma maneira que nunca viu antes.
00:29Pescar é o ritual que nos aproxima do que há de mais autêntico em nós.
00:33Eu vou falar com quem entende do assunto.
00:34O mais caro é o que chamam de Bluefin, que ele vem da Espanha.
00:37Você vai descobrir quanto esse mercado movimenta no Brasil e no mundo.
00:41Diretamente do mercado municipal de Pinheiros, eu sou Marcos Boas e você está no Time Brasil
00:47essenciado e exclusivo CNBC.
00:49Eu estou com o Alexandre Santos, que é sócio dessa peixaria e trabalha aqui há 26 anos.
01:00Seja bem-vindo ao Lifeprime.
01:02Prazer.
01:03Quais são os peixes que mais saem por aqui, Alexandre?
01:05O que mais sai é o dia-a-dia, que é o filé de pescada branca, filé de tilápia que hoje
01:10entrou no gosto do brasileiro, que vende bastante.
01:13Filézinho do dia-a-dia, aquele filézinho empanado.
01:16E esse teu negócio é de geração em geração?
01:18Meu avô passou para o meu pai agora, agora já estou tomando conta faz uns 26 anos.
01:23Já está trazendo o filho para cá?
01:25Estou trazendo o filho já com 17 para ver se vai para a quarta geração.
01:28Bacana demais.
01:29Qual a variação de preço que os peixes e frutos do mar costumam chegar?
01:33A variação é época.
01:34Então, quando está na época do peixe, ele baixa uns 20, 30%, assim, baixa bem.
01:40É o que eu falo também, o que peixe baixa muito preço é a dificuldade de pescar ele.
01:45Mais para o fundo, mais caro fica.
01:47Justo.
01:48É, isso aí.
01:49Qual o peixe mais raro e mais caro que você já trabalhou?
01:52O atum.
01:53O atum tem várias variações, tem um baratinho, mas o mais caro é o blufinho, que chamam
01:57de blufinho, que ele vem da Espanha.
02:00Ele é o mais saboroso mesmo, então aí chega a vender esse peixe aí a 450, 15 reais o
02:05quilo do peixe.
02:06Tem variação de camarão também, né, que agora entrou na moda aquele camarão carabineiro
02:10lá, um vermelhinho, que esse também é bem caro também.
02:13Por quê?
02:14Porque é mais difícil?
02:15É mais raro.
02:16Mais raro.
02:17O peixe que a gente pesca é bem profundo, ele é um camarão de iguaria, e o sabor dele
02:22é diferente.
02:23O que faz com que os peixes se valorizem?
02:25A oferta de procura, porque quando falta, quando está a falta da época, ele falta
02:29um pouco.
02:30Então tem pouco peixe, a procura continua a mesma, então o cara que tem, tem poucos
02:34que tem, então o valor aumenta.
02:37E você tem alguma memória, assim, da época do teu avô, de você vir para a peixaria
02:42e de algum momento que você tenha passado com eles, do seu pai?
02:45Cara, eu tenho que eu aprendi bastante com eles, porque eles colocaram eu, pra quando
02:50eu vim pequenininho, eles colocaram eu pra limpar peixe.
02:53Meu avô falava um negócio pra mim, se você não souber entender de peixe, limpar o peixe,
02:58você não vai conseguir mandar depois.
03:00Alexandre, super obrigado pela sua aula, pelo seu tempo.
03:03Tá bom, obrigado você por ter vindo aí.
03:05Parabéns pelo trabalho.
03:06Obrigado.
03:07Daqui a pouco a gente vai provar alguns pratos feitos pelo chefe Fábio Silva.
03:12Eu faço o que eu amo, então pra mim é a mesma coisa, tá tudo certo.
03:15Agora a gente vai acompanhar o Gentil Nascimento, um mineirinho que é muito ligado à peça.
03:25Olha só!
03:36No episódio de hoje, estamos a caminho de São Sebastião, no litoral norte do estado
03:41de São Paulo.
03:42Nos últimos dias, estudei sobre as espécies de peixe e tradições culinárias da região.
03:47Vai ser uma experiência rica em sabores, onde a natureza e a amizade se encontram à
03:52beira-mar.
03:53A viagem possui cerca de 200 quilômetros, pouco mais de duas horas e meia de carro saindo
04:00da capital.
04:01Escolhi o local pelo meu fascínio pela cultura caissara, uma cultura que tem no mar e na
04:07pesca as suas raízes.
04:09Vamos explorar as praias da região e rever amigos que fiz ao longo dessa jornada.
04:14Pessoas que carregam as histórias, os sabores, saberes e o amor por este lugar.
04:25Minha relação com a pescaria vem de muitos anos mesmo, desde moleque.
04:31A real é que meu pai me levava pra pescar no Pantanal quando eu era novo, meu avô sempre
04:36contou muita história de pescaria também.
04:38Eu descobri recentemente que isso faz muito parte da minha essência e eu gostaria muito
04:41de manter isso pro resto da minha vida.
04:45Tanto a pesca quanto a gastronomia, elas nascem num ponto de afetividade na minha vida.
04:51A pesca realmente me conecta com meu pai, com meus familiares, mas a gastronomia também.
04:56Quando a gente fala de gastronomia sempre me vem na cabeça domingos de família e pratos
05:03afetivos em que a gente consumia em famílias, caldos, vaca tolada, costelas, e eu tenho
05:10a lembrança muito forte também de peixes assados, peixes enormes.
05:15Coisas que hoje em dia a gente não vê mais, tipo um dourado enorme assado, e eu acho que
05:21a gastronomia, o que me toca realmente na gastronomia é de fato essa afetividade, é
05:26poder cozinhar para as pessoas.
05:29No final das contas, pra mim, não vai ser sobre o melhor técnica, não vai ser sobre
05:33o segredo, sobre uma dica, mas na verdade democratizar e incentivar com que as pessoas
05:38se socializem em volta da mesa.
05:40Impressionante como essa serra do mar é bonita, né?
06:00A gente acabou de descer aqui e como o astral já mudou, uma hora e meia de São Paulo já
06:07é possível vivenciar esse tipo de contato com a natureza.
06:11E agora a gente chegou perto do mar, já dá pra sentir essa energia do mar, e a gente
06:16tá super aberto pra receber aí de braços abertos o que ele for prover pra gente poder
06:22fazer pesca e cozinha, né?
06:25Vamos lá!
06:28Todo pescador e cozinheiro sabe que o sucesso vem dos conselhos de quem entende.
06:33Por isso, marquei um encontro com o chefe Eudes, um amigo incrível, que defende e
06:39carrega a cultura caiçara pelo mundo.
06:41Ele escolheu o porto de Boiçocanga para nos encontrarmos, um lugar realmente mágico e
06:47carregado de história.
06:50Eudes, prazer, obrigado!
06:52Prazer, tudo meu!
06:54Obrigado pela presença, por ter me recebido e pra gente bater um papo.
06:58A gente queria começar falando um pouquinho sobre a sua história.
07:01Conta pra gente como é que você começou, como é que começou a sua vida, seu contato
07:05com a gastronomia, a gente queria te ouvir, conhecer mais sobre a cultura caiçara e também
07:09principalmente sobre você.
07:10Eu sou caiçara, caçula sabe de quantos?
07:14Eu já te falei?
07:16Caçula de 14.
07:17Infância muito simples, mas muito rica de natureza, de cultura, de alimentos pescados
07:27do mar e produtos da Mata Atlântica.
07:31O sonho do meu pai era que os 14 filhos todos tivessem sua casinha própria.
07:36Não, não papai, eu vou estudar na França.
07:40Desobedeci o pai e fui pra França em 2002 e a França foi a porta do mundo pra mim.
07:51Aí voltei pro Brasil em 2009 com esse intuito de fazer cozinha caiçara.
07:58Foi desafiador, mas eu fico feliz de ser o percursor de tudo isso.
08:04No Pesca e Cozinha a gente sempre gosta de trazer as culturas locais, falar um pouco
08:08sobre isso, sobre essa riqueza que envolve o programa e os lugares que a gente tá.
08:13Eu queria que você contasse pra gente os principais aspectos da cultura caiçara em geral.
08:18Nós somos uma comunidade nativa do litoral que basicamente se alimenta com produtos do
08:27mar e da Mata Atlântica.
08:30Nossa principal característica de pesca é uma pesca de cerco, uma pesca tradicional
08:38caiçara que é uma pesca ecológica que respeita a natureza.
08:43A gente faz um grande cercado no mar, o peixe entra, fica como se fosse um aquário lá
08:51dentro e nós retiramos esse cercado e colocamos pra dentro da canoa.
08:57Eu não abro mão de comprar produto local, porque o produto local é fresco, o produto
09:07local é nosso, não tem que ser só bom pra mim, não tem que estar com o restaurante
09:13lotado, eu aparecendo num programa de TV e não ser bom pros produtores locais.
09:21Se o produto é o principal do restaurante, o bom produto.
09:26Mais cedo, você falou pra mim que adora a pescaria também.
09:30Conta uma coisa, quais são os lugares mais legais pra gente pescar aqui perto e que tipo
09:34de espécie a gente pode esperar?
09:36Eu amo pescar, amo assim, é meu prazer maior nos dias de folga ir pro marzão pescar.
09:45Eu gosto de tudo, gosto de pescar de molinete, de linhada, gosto de fazer a pesca de cerco.
09:53No montão de trigo, você pesca muita bicuda, tem um parcelzinho ali no montão de trigo
10:02que é o parcel das bicudas e você pescar a bicuda é uma delícia, ela bate bastante,
10:10ela tem uma visgosidade assim, na sua escama, você tem que segurar firme pra tirar o anzol,
10:17é uma delícia pescar a bicuda assim.
10:19E o peixe é saboroso demais, é um peixe nosso aqui, tem muita quantidade.
10:24Cada mês é um tipo de peixe, é um cardume diferente que vai vir aqui, a gente sabe a
10:32hora que tem o olho de cão, a hora que tem a anchova, a hora que tem o sororoco, o carapau,
10:39cada mês é um peixe diferente, então a gente vai usando o peixe que o mar deu, nunca
10:48ir atrás de um peixe que está muito distante, que está em extinção e que não é a época dele.
10:55Eudes, a gente gosta de trazer sempre no Pesca e Cozinha o conceito de panks, as plantas
11:00alimentícias não convencionais, a taioba é uma delas, eu estou querendo usar a taioba
11:05na minha receita, o que você tem a dizer sobre a taioba e como eu posso utilizar ela?
11:09A taioba é um produto incrível, meu ingrediente bandeira, produto que tinha muito na minha
11:16casa quase todos os dias e como tenho uma memória afetiva muito grande por conta do
11:22bolinho que a minha mãe fazia, virou o nome do meu restaurante e do meu buffet.
11:28Eu sou bairrista, sou orgulhoso, é uma das verduras que eu mais gosto de comer e está
11:35em maioria das minhas receitas.
11:38Já que vocês vão pescar, então uma dica, vai na Ilha das Couves, porque não é a Ilha das Couves, tá?
11:45Antigamente, os portugueses entraram nessa ilha e eles falaram aquela ilha com um monte de couve, né?
11:55E aí deu o nome de Ilha das Couves, mas não era couve que tinha lá, era taioba, eles não souberam
12:01identificar taioba, obviamente, falaram couve.
12:05Então essa Ilha das Couves, aquela ilha maravilhosa que tem ali, aqui ó, estão vendo ela daqui?
12:13É a Ilha das Taiobas, já que você vai pescar, vai para a Ilha dos Gatos, montão de trigo
12:20as ilhas, passa na Ilha das Couves, arranca umas taiobas que você vai ser bem feliz.
12:26O Brasil tem mais de um milhão de pescadores em atividade, e desse total, praticamente a metade é de mulheres.
12:33Agora dá uma olhada no que o chefe Fábio Simbo preparou pra gente.
12:45Fábio, seja bem-vindo ao Life Pride.
12:47Muito obrigado, viu?
12:48Obrigado pelo teu tempo.
12:49Se você tivesse que repetir o mesmo prato pela vida inteira, qual escolheria e por quê?
12:54Poxa, eu sou muito suspeito, eu adoro churrasco, então eu acho que seria churrasco, porque
12:58legumes, peixes, carnes, tudo fica muito melhor na brasa.
13:02Fiquei sabendo que você conheceu a tua esposa na gastronomia, é verdade?
13:08Foi porque eu trabalhava num restaurante e eu buscava pão no restaurante que ela trabalhava.
13:12Acabou que a gente se conheceu, começou a bater um papo, e aí estamos juntos até hoje, né?
13:16Quais os maiores desafios no preparo desses pratos?
13:19Desafio é sempre ter um fornecedor de confiança, a gente tem que sempre pesar pelo produto.
13:24No nosso caso, a gente trabalha com itens muito delicados, que são pescados, então
13:29se não tiver procedência, se não tiver origem, a gente não vai conseguir entregar
13:32um trabalho legal.
13:33Você falou que o prato que você mais gosta é churrasco, mas você normalmente trabalha
13:37com frutos do mar.
13:38Sim.
13:39Tem essa diferença entre o que ama versus o trabalho?
13:43Olha, eu faço o que eu amo, então pra mim é a mesma coisa, tá tudo certo.
13:47É possível comer bem sem gastar horrores?
13:49Frutos do mar e pescados, no geral, eles são muito caros, né?
13:53É normal, no Brasil inteiro é caro, tem os pescados mais em conta, só que assim,
13:57tudo depende, né?
13:58Depende da época, é legal você procurar a época certa do produto certo.
14:02Se a gente tiver um camarão fora de época, por exemplo, vai ser caríssimo.
14:06Agora, se tiver dentro da pesca dele, vai ser um preço mais legal, mais acessível.
14:09E o peixe também.
14:10Na época da Thainha, Thainha custa menos de R$10, às vezes.
14:13O nosso restaurante ganhou um prêmio de Boa em Barato, de uma revista renomada, vale
14:16a pena visitar se quiser.
14:17Qual o peixe mais caro que você preparou?
14:20O peixe mais caro, acho que foi o atum bluefin, né?
14:22Aquele atum mais nobre, mais gordo.
14:24Agora, se parar pra pensar em derivados, ovos, tem caviar, tem lagosta, tem coisas muito
14:29mais caras por aí.
14:30E o bluefin tem esse preço no Brasil porque é dificuldade de pescar, dificuldade de chegar
14:35ao país?
14:36Sim, é um peixe que normalmente não tem no Brasil, às vezes outro aparece no litoral
14:39norte lá do nordeste, só que é um peixe que, assim, ele é selvagem, cativeira existe,
14:45mas a qualidade não é a mesma e é raro, e a qualidade é absurda, é muito melhor mesmo.
14:50O Brasil é o país que as pessoas valorizam muito o salmão.
14:53Sim.
14:54E o salmão vem da onde?
14:55O salmão que vem do Brasil é chileno, né?
14:58Assim, vem de fazenda, é um peixe gordo, é gostoso, mas eu prefiro nossos peixes nacionais
15:03ainda.
15:04Fábio, qual é a média de valor desses pratos?
15:07Olha, a gente trabalha, assim, por pessoa, um ticket médio de 60 reais.
15:12Então o prato deve custar por volta de 140, 120, dá pra compartilhar tudo aqui.
15:17Fábio, explica um pouco sobre esses pratos que você preparou pra gente.
15:20Vamos lá, a gente preparou alguns pratos mais tradicionais, uns diferentões aqui,
15:24né?
15:25A gente preparou uma vinagrete de frutos do mar, leva polvo, camarão e lula, todos passados
15:29na brasa, e a vinagrete tradicional, tomate, cebola, um pouquinho de coentro, uma coisa
15:34mais fresca, né?
15:35Pro verão, bem legal, acompanha um pãozinho pra comer junto.
15:38Aí nós temos uma releitura do choripan, que a gente chama de choriporvo aqui, né?
15:42Que é um sanduíche, um brioche, com polvo grelhado, chimichurri e um aioli.
15:47E por último, é um prato que tem um pouco da minha origem, né?
15:50Que é um pouco asiático.
15:51É um bao, um pãozinho chinês, com camarão grelhado, maionese picante, cebola e coentro.
15:57Fábio, teu amor pela gastronomia começou de família?
15:59Assim, vem do meu pai, meu pai teve um restaurante popular dentro do CEA GESC, e aí eu trabalhei
16:04com ele um tempo pra ajudar, por pura curiosidade, e acabei me apaixonando pela área.
16:08Fui me especializar e agora tô aqui, né?
16:11O que tava bom ficou ainda melhor.
16:12Deixa eu saber o que você preparou pra gente.
16:14Vamos lá.
16:15É o bao de camarão, leva uma maionese de pimenta coreana, coentro, cebola roxa e um
16:21camarão grelhado, tá?
16:23Levemente picante, pode... se gosta de pimenta vai bem, tá?
16:27Não precisa ter medo não.
16:32Tem garantia.
16:33Maravilhoso.
16:34Tem garantia.
16:35Se não gostar a gente troca, tá bom?
16:36Fica à vontade.
16:37Maravilhoso.
16:38Esse aqui é a nossa versão do choripan, é o choriporvo, né?
16:43Choripolvo?
16:44Choripolvo.
16:45Não tem o sanduichinho clássico argentino, com linguiça, a gente coloca um polvo, uma
16:50patinha de polvo no lugar.
16:51Muito melhor do que o original.
16:52Poxa, obrigado, hein?
16:53Obrigado.
16:54Maravilhoso.
16:55Isso aqui é uma maionese?
16:56É uma maionese preparada na casa, ao estilo japonês.
17:00E aqui por último, é um prato mais refrescante, mais abrasileirado, vinagrete, fruto do mar,
17:07fruto do mar passado na grelha, o pãozinho também, fabricação nossa, tá?
17:11Fermentação natural.
17:12Só degustar agora.
17:14Agora, Fábio, tem hoje uma preocupação do brasileiro de comer com mais qualidade?
17:17Ah, tem sim, tem sim.
17:18A gente percebe que o pessoal parou de pensar em quantidade e tá pensando mais na qualidade
17:23das coisas.
17:24As pessoas buscam uma coisa mais grelhada, mais...
17:27Exatamente, exatamente.
17:28Um pãozinho, sabe?
17:29Fermentação natural, sem aquele monte de químicos no meio.
17:33E o pessoal tem gostado bastante.
17:34Farinha integral, farinha nacional, sabe?
17:36O pessoal tem...
17:38Segmentado melhor.
17:39Pois é, exatamente.
17:40Exatamente isso.
17:41Delicioso.
17:42Aqui é polvo, lula...
17:44Lula, camarão grelhado, tem o mexilhãozinho também.
17:47Fenomenal.
17:48Muito obrigado.
17:49Maravilhoso.
17:50No meu pódio, os três estão em primeiro lugar.
17:52Fábio, quero agradecer a sua presença, a sua atenção.
17:54Eu adorei os pratos.
17:55Obrigado.
17:56Estava maravilhoso e muito bom poder mostrar para o público gente talentosa como você.
18:00Puxa, obrigado.
18:01Parabéns pelo trabalho e pelo sucesso.
18:03Muito obrigado, viu?
18:04Obrigado.
18:05Bom, pessoal, tá na hora da gente acompanhar o Gentil Nascimento em ação.
18:09É hora da pescaria.
18:11Agora é hora de seguir para a Praia da Barra do Saí, onde vamos dar início aos preparativos
18:17para a aventura de hoje.
18:20Esse é o lugar perfeito para sentir a essência do litoral, com suas águas tranquilas e a
18:25natureza que nos envolve.
18:27Vamos começar a transformar essa inspiração em prática, unindo pesca, culinária e a
18:32beleza dessa região incrível.
18:41A gente acabou de chegar aqui na Barra do Saí e o legal é que a gente já consegue
18:48ver as ilhas lá no fundo, onde a gente vai pescar amanhã.
18:51A Ilha das Coves é a ilha de trás e é onde a gente vai rodar algumas vezes atrás de
18:56peixe.
18:57A gente chegou mais cedo, chegou agora nesse final de tarde, para já adiantar a montagem
19:00do equipamento, porque amanhã a gente vai sair bem cedinho.
19:03E de quebra, dizem que está saindo peixe à tarde, então a gente veio dar uma conferida.
19:11Tem uma coisa que eu sempre digo, toda pescaria começa muito antes de lançarmos a isca na
19:26água.
19:27Primeiro, é preciso montar os equipamentos com calma, já imaginando o que nos espera.
19:34Cada situação pede uma preparação específica, escolher a isca, ajustar a linha, tudo depende
19:41das espécies, do clima e das condições do mar.
19:47Trata-se de um processo cuidadoso e também cheio de expectativas.
19:51Hoje selecionei algumas opções de iscas e varas, pensando no que pode vir pela frente.
19:56E como todo pescador de verdade, trago comigo a fé, porque a fé só existe se ela é vivida.
20:16E aproveitei o lindo pôr do sol para testar o equipamento e me conectar com o momento.
20:39E me peguei em uma bonita reflexão, quem ama pescar também sonha acordado, ao longo
20:45do dia e ao entardecer.
20:47Bem, equipamento testado e é hora de deixar os meus sonhos serem vividos ao longo da noite.
20:54Esse horário, início do dia ou até mesmo final do dia, é o horário que a luz tá
21:06um pouco difusa e é um horário bom para pesca porque é uma hora que a visibilidade
21:10debaixo d'água tá um pouco confusa e o peixe grande ele ataca o peixe pequeno.
21:15Fica um pouco difícil do peixe pequeno perceber que ele tá sendo caçado.
21:18Então normalmente esses peixes topo de cadeia, os peixes que realmente comem as manjubinhas,
21:22os peixes pequenos, eles ficam mais ativos.
21:24E a ideia nossa é exatamente, com a pesca de Corrico, lançar esse tipo de isca para
21:30reproduzir esse comportamento.
21:31Essa cor é uma cor bem coringa, bem clássica, zoando, cabeça vermelha.
21:37A ideia é a gente tentar realmente reproduzir o comportamento de uma manjuba ou de uma sardinha,
21:42enfim, de um peixe que tá na base da cadeia alimentar.
21:52A gente vai fazer a pescaria de Corrico, que é jogar a isca na água, o barco vai puxando
21:57devagarzinho, a gente vai dando a volta nas ilhas, vamos ver que tipo de peixe vai bater
22:02na isca.
22:12A gente acabou de chegar na Ilha do Montão.
22:26Ela tá um pouco mais afastada de onde a gente passou, ela é uma ilha boa para pescaria
22:29também.
22:30Tem uma história bem legal aqui, que ela tá um pouco conectada com o passado pirata.
22:34A localização dela tá entre Santos e Ilha Bela, e isso dá uma rota de navegação bem
22:41legal.
22:42Dizem que o pessoal que começou a morar aqui, há vários anos atrás, tem uma conexão
22:46com essa história pirata aí.
22:47Esse aqui é um jig, é uma isca de profundidade, a gente vai aumentar as nossas possibilidades
23:10aqui pescando com outro tipo de isca também.
23:12Vai deixar ela descer, bem fundo, e vai trazer fazendo movimentos de sobe e desce.
23:19Vamos ver se ela dá sorte.
23:40A gente acabou de perder uma isca, tentando tirar uma bicuda da água.
24:07Dentro dela cortam o líder, às vezes eles cortam o líder.
24:10O líder é esse fio, parecido com nylon, que a gente coloca para evitar exatamente
24:15esse tipo de coisa.
24:16Mas acontece.
24:17Então, tô colocando uma isca nova, mesmo princípio, que é o jig, que é essa isca
24:21que desce, que vai bem na profundidade, e com os anzóis hook, que são esses anzóizinhos
24:27que ficam presos aqui.
24:36Outra pergunta.
24:38Quando uma história de pescadora é filmada, ela deixa de ser uma história de pescador?
24:46Quem precisa de imagem para sonhar junto, talvez não seja um pescador de fé, mas
24:51eu sei que vocês vão rir e vão falar que eu tô inventando o disco.
24:55Então eu agradeço a equipe do Pesca e Cozinha por ter filmado esse momento, para comprovar
25:00que história de pescadora que não.
25:03Ah, e aí eu tava com a mão suja de peixe escorregando, e aí a bicuda bateu, eu andei
25:10uma corrida tão forte que eu deixei a vara cair dentro da água.
25:14E aí eu pulei no mar, peguei a vara, tiro a vara com o peixe.
25:21É isso aí.
25:22Por que que o áudio tá diferente?
25:23Eu fui pra dentro da água colar tela com tudo.
25:29Desculpa aí produção.
25:31Mas é isso aí, atrás do peixe, de todo jeito.
25:45A bicuda é um predador que persegue a isca e tudo acontece muito rápido.
25:50É importante fazer um arremesso bem longo para que eu consiga ir fazendo esse trabalho,
25:55trazendo com bastante velocidade, dar tempo dela ver e dela pegar a isca.
25:59Então vamos lá.
26:06Vou deixar descer, deixar a isca descer, deixar a isca descer.
26:13Bateu no fundo, eu vou começar o trabalho.
26:16Trazendo, trazendo.
26:24Opa, bateu.
26:29Opa, opa, opa.
26:39Opa, deixa ela caçar.
27:00Opa, vou deixar a ponta da vara bem baixa porque ela pula bem, né?
27:05É um torpedinho na água.
27:18Vai, foi.
27:22Aê, moleque.
27:30Ó, essa aqui é a bicuda.
27:41Peixe predador.
27:44Olha os dentes.
28:00Esse peixe aqui vai dar um filé lindo.
28:02O filé dela acompanha o corpo todo.
28:29Opa, desce, veio.
28:35Calma.
28:37Opa, pronto.
28:38Segurou bem forte.
28:41Sempre tirar a isca com o alicate.
28:51Pronto.
28:52Pronto.
28:57Pronto.
29:01Tá aí a bicuda.
29:03Peixe lindo.
29:05Pode chegar até um metro.
29:07Depois de um metro, o pessoal chama de barracuda.
29:11É um peixe muito voraz.
29:13Olha os dentes dela.
29:14Peixe predador.
29:16Com dentes bem fortes.
29:22Eu já ouvi por aí a seguinte frase.
29:24Pega mais peixe, quem fica mais tempo com a isca na água.
29:28E a gente seguiu pescando.
29:30E uma surpresa.
29:31A gente pescou uma cioba, outro peixe super famoso aqui no Brasil,
29:35conhecido também por vermelho aqui na região.
29:43Agradecemos o mar pela abundância,
29:45aceitamos a cioba e ela vai ficar pro jantar.
29:53Bem, peixes pescados e a receita estava garantida.
29:58Aproveitei então para me refrescar um pouco.
30:01Decidi mergulhar e aproveitar mais as belezas da região.
30:05Como eu disse antes, a fé só existe para quem se permite vivê-la.
30:11E foi assim, imerso, que me deparei com uma raia enorme,
30:15que parecia voar no fundo do mar.
30:18Eu fui invadido por um silêncio profundo.
30:20Um daqueles momentos que percebemos o quão pequenos somos
30:23diante da imensidão azul.
30:26Um verdadeiro privilégio para quem vive a natureza de perto.
30:33Você que curte aventuras do Brasil e no mundo, está no lugar certo.
30:37Se você quiser acompanhar o programa,
30:39você pode seguir o Instagram, a Corpo Times Brasil,
30:42ficar por dentro de todas as novidades.
30:44Agora vamos continuar acompanhando as aventuras do gentil Nascimento.
30:47Depois de ter pescado, chegou a hora de preparar o prato.
30:50Olha só como ele manda bem.
30:52Lembram da dica do chefe Eudes?
30:55Pois bem, a ilha das couves estava logo ali.
31:02Quando a gente bolou essa receita,
31:04seria fundamental colocar um ingrediente
31:06que fosse característico da cultura Kaisara.
31:08E a taioba é um desses ingredientes.
31:10Ela é muito parecida com a couve.
31:12Inclusive, ela dá o nome para essa ilha.
31:14Ilha das couves.
31:16A gente vai buscar ela aqui.
31:18Ela nasce aqui nessa região.
31:19Bem fácil de achar. Bem bonita.
31:21Existem alguns tipos de taioba.
31:23É importante deixar isso claro.
31:24Existe a taioba brava.
31:26A taioba brava é veneno.
31:28Mas a taioba que está aqui não é a brava.
31:30Ela é alimentícia.
31:32E ela vai ficar excelente no nosso prato.
31:34Vai dar aquele toque Kaisara que é importante.
31:36Que é o que a gente quer.
31:37Vamos ver se a gente acha uma taioba aqui.
31:39Tem umas aqui bem lindas.
31:41Aqui estão elas.
31:44Essa é a taioba.
31:51A gente vai tirar o talo.
31:53Vai cortar aqui no talo.
31:57Aqui está ela.
32:03Vamos que vamos.
32:04Porque agora a ideia é fazer uma farofa com essa taioba.
32:06Vai ficar bom demais.
32:13Atenção.
32:14Atenção.
32:15Atenção.
32:43Atenção.
33:13A gente chegou nessa praia para fazer o nosso prato.
33:27A muqueca com a bicuda.
33:29Aqui do meu lado eu fiz um braseiro.
33:31Com essas pedras em volta.
33:33O braseiro para a gente cozinhar na panela de ferro.
33:35Vai ficar bem legal.
33:37Bem quente.
33:38Aqui já estão os ingredientes.
33:39Eu separei tomate, pimentão amarelo, alho,
33:42pimenta, banana da terra.
33:44Eu sempre gosto de colocar na muqueca.
33:46A cebola, leite de coco e dendê.
33:48Essa peixada tem uma pegada bem baiana também.
33:51O colorau e o azeite.
33:53A gente vai cortar tudo e vai colocar os ingredientes um a um.
33:56E vai mostrar direitinho como é que vai ficar.
33:58Eu sempre como essa peixada refogando no azeite a cebola,
34:02alho e a pimenta dendê do de moça.
34:05Uma boa refoga faz toda a diferença na peixada.
34:08Ela vai ser a base para um sabor mais apurado
34:11e mais intenso em nossa receita.
34:14Cortei em rodelas grossas o tomate, a cebola e o pimentão amarelo.
34:20E necessariamente nessa ordem eu faço a montagem das camadas na panela.
34:25O tomate sempre vai primeiro,
34:27pois libera muita água e ajuda a controlar a temperatura.
34:42Sal a gosto e entra a estrela do nosso prato.
34:46O filé de bicuda.
34:48Peixe pescado por mim instantes antes do preparo.
34:51Vale lembrar que qualquer peixe vai bem nessa receita.
34:54Impostas, em filé ou até mesmo inteiro.
35:00Mais um pouco de sal.
35:02E volto com tomate, cebola e um dos meus ingredientes favoritos,
35:07a banana da terra.
35:10Rego com bastante azeite e com fogo baixo.
35:14Tampo a panela por 30 minutinhos.
35:24Dado esse tempo, adicionei o leite de coco.
35:29Duas colheres de sopa de azeite de dendê.
35:32E sem mexer, tampo a panela por mais 10 minutinhos para apurar o sabor.
35:39Agora a gente vai entrar com a taioba.
35:41Ela já lavei.
35:42A taioba a gente só come quando a gente está comendo.
35:46A gente não come quando está comendo.
35:48A gente come quando está comendo.
35:50A gente come quando está comendo.
35:52A gente come quando está comendo.
35:54A taioba já lavei.
35:56A taioba a gente só come essa parte da folha.
35:59As veias dela a gente vai descartar.
36:01Então a gente vai começar a cortar com a mão.
36:04Tirando os pedaços dela com a mão e reservando do lado.
36:11Para acompanhar essa receita, eu fiz um angu de coco.
36:15A receita é do querido chefe mineiro Leonardo Paixão.
36:20Segundo ele, é a receita da sua avó.
36:22Os ingredientes dessa receita curiosa e saborosa
36:26são 500ml de leite de coco, 250ml de leite e fécula de arroz.
36:34Fui colocando aos pouquinhos e mexendo bem devagar.
36:37Aos poucos ela foi pegando ponto.
36:41E uma farofinha de taioba.
36:43Bem, já deu para ver que por aqui tudo é rústico.
36:47Refoguei um pouquinho da cebola que sobrou da muqueca.
36:51Entrei com a taioba, aquela mesma que eu cortei com as mãos.
36:56E por fim a farinha de mandioca.
36:58Essa minha é uma mistura caseira de farinha torrada com farinha normal.
37:15Chegamos ao momento final.
37:17Vamos finalizar com uma erva.
37:20E a erva que a gente escolheu, abraça a escultura caiçara.
37:25Vai ser uma taiobazinha bem picada.
37:31Vamos deixar ela dar uma suadinha aqui mais 5 minutinhos e tá pronto.
37:48Finalizamos aqui nossa receita.
37:50Finalizamos nosso dia, dia lindo.
37:52Dia de pescaria, dia de pesca e cozinha.
37:56A receita como a referência de cada cultura.
37:58A taioba da cultura caiçara que nos recebeu tão bem.
38:01O dendê da Bahia, o angu dos nossos amigos mineiros.
38:04E é isso, chegou a hora.
38:06Aguardo você no próximo Pesca e Cozinha, hein?
38:09E bora experimentar.
38:18A carne da bicuda é bem macia, mas ao mesmo tempo,
38:23firme o suficiente para ter segurado na muqueca.
38:28Bem suave, mais fresca que impossível.
38:34A farinha é uma coisa que eu gosto muito.
38:36A carne da bicuda é bem macia, mas ao mesmo tempo,
38:40firme o suficiente para ter segurado na muqueca.
38:43Firme o suficiente para ter segurado na muqueca.
38:47A farinha de taioba.
38:51A taioba é maravilhosa.
38:53Esse universo de plantas tem que ser mais explorado.
39:01E o nosso anguzinho.
39:04O anguzinho de coco.
39:09Substituir o arroz, que é uma beleza.
39:14Eu gostaria de lembrar que cada prato conta uma história.
39:18E eu não falo apenas da história de quem cozinhou ou criou um prato.
39:22Estou falando das inúmeras mãos que tocam cada ingrediente
39:25antes que ele chegue à nossa mesa.
39:27E eu faço um convite.
39:29Na próxima vez que saborear um pescado,
39:31agradeça àqueles que navegaram para trazer o seu alimento.
39:36Agradeça ao mar pela generosidade.
39:39Lembre-se que o peixe mais ecológico é o pescado do dia,
39:43pois é o único que respeita o tempo do mar.
39:46Tentar controlar o tempo do mar
39:49é, sem dúvida, uma das maiores arrogâncias da humanidade.
39:53E ao respeitarmos o tempo do mar,
39:55a fé e o esforço do pescador,
39:58e ao celebrarmos nossas riquezas culturais e gastronômicas,
40:02estaremos todos, juntos, pescando e cozinhando,
40:07unindo o sal do mar, o sal do suor, o sal de um prato,
40:13unindo todos eles em um só tempero.
40:17Eu espero que você tenha aproveitado as dicas de hoje
40:19e a gente se encontra amanhã aqui no Times,
40:21licenciado exclusivo CNBC, líder mundial em negócios agora no Brasil.
40:26Obrigado pela sua companhia. Até a próxima!
40:37Legendas pela comunidade Amara.org