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Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, explicou os principais balanços da semana, com destaque para a forte queda do Banco do Brasil e a valorização da Marfrig após fusão. Investidores estrangeiros injetaram R$19 bilhões na Bolsa em 2025, impulsionando recordes da B3.

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Transcrição
00:00Nós voltamos a conversar agora com o Michel Viriato, que é estrategista da Casa do Investidor.
00:06Michel, bem-vindo de volta. Dia difícil para as ações do Banco do Brasil, queda de mais de 12%.
00:11Esses resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025, de fato, foram muito decepcionantes?
00:22Michel, a gente está com um problema no seu áudio, Michel.
00:25Então, a decepção foi até maior, porque no começo da semana foram divulgados dados do Bradesco e do Itaú, que foram acima do esperado.
00:41E as ações acabaram se valorizando bastante no começo da semana.
00:44Então, existe uma expectativa positiva também com relação ao Banco do Brasil e que foi frustrada.
00:49Então, sempre que tem uma frustração e uma frustração relevante, como foi, as ações têm que refletir realmente esse impacto.
00:58E isso aconteceu de forma, acho que, bem justa.
01:03As ações da Marfrig subiram 21,35%, um desempenho excepcional.
01:08O que mais pesou, na sua opinião, o balanço reportado ontem ou a fusão anunciada?
01:13Ou então, as duas coisas juntas?
01:15As duas coisas juntas, mas sem dúvida, a fusão, ela acaba tirando alguns riscos de financiamento da Marfrig.
01:23Ela acaba trazendo uma empresa muito maior, com ganhos de escala, com reduções de custo, com perspectivas de reduções de custo.
01:33Então, acabou que essa notícia bem favorável da fusão, ou seja, você acaba diminuindo várias funções aí,
01:40que são sobrepostas nas duas empresas, isso trouxe um alívio para a notícia negativa da crise aviária.
01:49Ainda repercutindo balanços, Michel, hoje a BRF passou boa parte do dia em queda, mas conseguiu fechar com alta de 0,78%.
01:57Eu queria que você explicasse esse movimento.
02:00Por que a BRF não teve essa disparada igual a Marfrig?
02:03Então, tudo se dá pela relação de troca após a fusão.
02:09Ou seja, quando você faz a fusão de duas empresas, acaba que uma acaba sendo mais favorecida na relação de troca,
02:19também a relação que existia antes das ações da Marfrig estavam mais depreciadas,
02:24Então, ela acabou sendo mais favorecida.
02:28Ou seja, no começo do pregão, as ações da BRF até refletiram a relação menos favorável para ela na fusão.
02:39A gente teve uma semana cheia de balanços, teve Petrobras, Votorantim, Casas Bahia, Americanas.
02:44O que mais chamou atenção nisso tudo?
02:46Olha, o que foi mais favorável, que chamou bastante atenção, foi realmente os resultados dos dois principais bancos brasileiros
02:55no começo da semana, principalmente o resultado do Bradesco, porque o banco já vinha a um longo período
03:03apresentando os resultados a quem do que se esperava, e ele finalmente apresentou uma expectativa de turnaround,
03:12ou seja, de reversão de resultados, o banco vinha passando por um processo de competição,
03:19o sistema financeiro tem passado por um processo de competição muito forte,
03:22e o banco Bradesco era o que estava sofrendo mais o processo de competição.
03:25Então, esses resultados dos bancos foram os que realmente surpreenderam,
03:29porque você tem um momento agora em que as taxas de luz estão muito elevadas,
03:32e que os índices de inadimplência supostamente deveriam subir,
03:36e acabaram que ficaram bem adequados.
03:38O Michel, eu queria dar as boas-vindas agora para o Alberto Azental,
03:42que está chegando neste momento aqui no Jornal Times Brasil.
03:45Boa noite, Alberto. Qual a sua pergunta para o Michel Viriato?
03:49Michel, boa noite.
03:50Queria te perguntar por que da B3 e Bovespa batendo o recorde consecutivo.
03:58Isso é sobre as empresas, é sobre a economia brasileira que está indo tão bem, está bombando,
04:05ou você acha que estão puxando um pouco?
04:08Essa é uma pergunta que é bem falada nesse ano no mercado,
04:13porque a gente vê muita notícia negativa no Brasil,
04:17os taxas de juros muito elevados que deveriam frear a economia,
04:21e até a taxa de juros muito elevada é um custo-oportunidade muito grande
04:25para quem investe em Bolsa,
04:27mas o que está favorecendo a Bolsa esse ano não é investidor brasileiro,
04:30porque ele continua resgatando dos fundos por todo o ano.
04:35Quem está favorecendo são os investidores estrangeiros,
04:37ou seja, houve uma entrada de investidor estrangeiro esse ano de cerca de R$19 bilhões,
04:43é uma entrada significativa de investidor estrangeiro.
04:46Para se ter uma ideia do referencial,
04:50no ano passado houve uma saída de R$24 bilhões de investidor estrangeiro
04:55e acabou fazendo com que a nossa Bolsa tivesse um ano bem decepcionante.
04:58Só nesses primeiros quatro meses, praticamente,
05:02em comecinho agora de maio,
05:03a gente já teve uma entrada de praticamente tudo que saiu no ano passado.
05:07Ou seja, foi muito concentrada no momento em que a negociação está menor,
05:14porque justamente todo mundo quer ficar fora da Bolsa e aproveitar os juros mais altos.
05:18Então acabou que surpreendeu todo mundo,
05:21então se você olhar posições de institucionais, de fundos multimercados,
05:24ela está muito baixa em Bolsa.
05:25Então quem ganhou, quem foi favorecido, quem surfou essa onda,
05:29foram mais os investidores estrangeiros.
05:31Vinícius?
05:33Viliato, a gente está discutindo,
05:36a gente estava falando aqui de Bolsa e de recorde e tudo mais.
05:40A gente tem que lembrar, no entanto, que houve essa recuperação,
05:43teve estrangeiro, teve essa rotação,
05:45gente saindo de mercado lá fora e impulsionando a Bolsa aqui.
05:48Agora, a gente tem que lembrar que em real,
05:51em termos reais, a Bolsa ainda não se recuperou nem do picozinho
05:55do ano passado de R$ 138 mil e em dólar muito menos.
06:00Em que ponto você acha que está essa recuperação?
06:03Que é ainda abaixo do que foi no ano passado,
06:05em termos reais, levando em consideração a inflação.
06:08E em que ponto você acha que está?
06:09Se ela vai ficar por aí ou tem oportunidade de realmente
06:13fazer um recorde real ou um aumento real em cima do pico do ano passado,
06:17que precisaria de pelo menos uns 142 mil pontos.
06:21Isso aí é o teto ou a gente ainda tem como se aproveitar de dinheiro chorado,
06:26um chorinho de dinheiro do resto do mundo?
06:28Olha, o que todo mundo quer, eu acho que o mercado inteiro,
06:32mesmo quem não está posicionado, é que a Bolsa suba.
06:36Ou seja, o mercado subindo, sem dúvida, ele acaba ajudando todo mundo
06:39porque ele favorece com que novas empresas venham a mercado,
06:43se financiem, investam mais e o país cresce.
06:46Mas a gente tem que lembrar que realmente a situação do país
06:50onde você tem taxa de juros muito elevada, você tem riscos fiscais,
06:54você tem uma série de problemas que acabam fazendo com que
06:58o investidor brasileiro, ele fique muito receoso
07:02com relação a colocar o dinheiro em risco.
07:05Porque com uma taxa de juros como a gente tem de quase 15% ao ano,
07:09correr risco, ele não fica tão atrativo.
07:13Então, de fato, a nossa Bolsa só vai continuar subindo se a gente tiver uma questão.
07:21Ou seja, quem ajudou, de fato, a nossa Bolsa a subir foi o presidente Trump.
07:25Ou seja, ele fez todo o trabalho fazendo o quê?
07:28Deixando os Estados Unidos um pouco mais feios.
07:31Então, os Estados Unidos ficando um pouco mais feios,
07:32a gente acabou ficando um pouco mais bonito.
07:35A gente acabou sendo favorecido por essa saída de investidores estrangeiros
07:39vindo para mercados emergentes, mercado europeu,
07:42e aí, estando nos emergentes, a gente acabou ganhando dinheiro.
07:44Então, se por acaso a gente começar a ter uma melhora do mercado americano,
07:50como está se obselando agora, ou seja, se o governo Trump começar
07:53a realmente tomar consciência em que ele tem que fazer acordos comerciais
07:58mais justos, então é possível que a nossa Bolsa já tenha atingido o teto.
08:03Tá certo. Michel Viriato, estrategista da Casa do Investidor,
08:07muito obrigado pela sua participação aqui no Jornal Times Brasil e boa noite.
08:11Muito obrigado, Polite.

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