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Ricardo Balestiero, economista e coordenador do curso de administração do Instituto Mauá, analisou os dados de inflação, os juros mantidos pelo Copom, o impacto dos serviços e industriais no IPCA e o efeito dos juros altos sobre o crédito e os investimentos no Brasil.

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Transcrição
00:00Esta semana foi de muitos destaques econômicos no noticiário.
00:04Além da decisão do Copom, também teve manutenção dos juros nos Estados Unidos,
00:08dados de inflação aqui no Brasil, avanços das conversas em torno de acordos comerciais
00:12e muitos balanços corporativos.
00:15Sobre esses destaques, eu vou conversar agora com o economista Ricardo Balestieiro,
00:19que é coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia.
00:24Professor, boa noite. Seja bem-vindo ao Jornal Times Brasil.
00:27Olá, Marcelo. Boa noite. Boa noite a todos os telespectadores.
00:32Professor, falando do cenário interno, inflação de abril 0,43%,
00:37mais uma vez tendo como principal fator de impacto os alimentos.
00:42Qual é a sua avaliação sobre esse IPCA?
00:46Eu acho que ele traz algumas preocupações que transcendem um pouco os alimentos.
00:51nós percebemos que os serviços acabaram, de alguma maneira, subindo bem forte nesse...
01:03Só para posicionar, Marcelo, houve uma desaceleração de março para abril.
01:08Mas, ainda assim, nós temos uma inflação que ainda está acima da meta.
01:13Então, o que causou preocupação nesse dado que foi divulgado no mês de abril?
01:21Os serviços, principalmente aquilo que nós chamamos de serviços subjacentes,
01:24que são aqueles serviços que, de alguma maneira,
01:28acabam compondo o núcleo da inflação do que nós chamamos de serviços.
01:34E também nós tivemos uma pressão por parte dos industriais,
01:38que surpreendeu até os analistas.
01:41Os alimentos até que se comportaram.
01:46O café caiu, o ovo caiu, enfim.
01:49Então, quando a gente pensa na composição e na pressão
01:52que esses produtos estavam exercendo até então,
01:56até que foi razoável os alimentos.
01:58Mas serviços subjacentes, e principalmente os industriais,
02:04realmente causam preocupação para o restante do ano,
02:08uma vez que a inflação está rodando acima dos 5,5%,
02:14quando o teto da meta é 4,5%.
02:16Então, o próprio Ministério da Fazenda,
02:19que é mais otimista em relação ao mercado,
02:22já não trabalha com o Banco Central conseguindo cumprir a meta em 2025,
02:29o que, de resto, deve fazer com que a Selic permaneça em patamares elevados
02:35por um tempo razoável, sem qualquer tipo de possibilidade de redução à frente.
02:42Sobre isso que eu queria falar também,
02:4414,75% ao ano é um patamar bastante alto.
02:49O Copom não deu muita indicação até agora,
02:52pelo menos no comunicado, de quanto vai ser o aumento ou o corte,
02:56sei lá, na próxima reunião, mas eu queria saber,
02:59com esse dado de inflação que a gente tem aí,
03:02o senhor acha razoável subir até quanto a Selic nesse ano?
03:07Eu tenho a impressão que o Banco Central deixou uma janela aberta
03:10para, de repente, subir mais 25 pontos na próxima reunião.
03:16E aí é muita opinião, o Marcelo olhando para os dados,
03:21enfim, eu tenho a impressão que 14,75% já nos dá uma taxa de juros real
03:27próxima a 9%, que é uma enormidade para qualquer país que nós tenhamos como referência.
03:36O Brasil, mais uma vez, aparece entre as três maiores taxas de juros reais do mundo,
03:42das economias que são as mais relevantes.
03:45Então, eu tenho a impressão que o Banco Central não deve continuar subindo os juros.
03:50mas nós vamos nos acostumar com o 14,75% por um bom tempo ainda.
03:56É porque não existe...
03:59Se a gente pega o foco do Banco Central,
04:02embora a expectativa de inflação esteja se reduzindo nos últimos relatórios,
04:09principalmente os últimos quatro relatórios,
04:12mas nenhuma projeção dá conta do cumprimento da meta.
04:15Então, por mais que o Banco Central mantenha a taxa de juros em 14,75%,
04:22ainda assim vai ser muito difícil.
04:25Então, eu não tenho...
04:27Eu não acredito que o Banco Central vai fazer qualquer movimento de alta.
04:31Mas, por outro lado, também vai demorar muito para começar a baixar os juros,
04:35o Marcelo, porque também, até o presente momento,
04:39os números de 2026, e vamos lembrar que 2026 é um ano eleitoral,
04:42em que sempre os gastos públicos aumentam,
04:46também não há nenhuma projeção, até agora, do cumprimento da meta.
04:49Ela ainda está fora da meta, próximo do teto, mas ainda fora da meta.
04:53Então, nós vamos ficar ainda um bom tempo aí.
04:55Se o Banco Central não subir para 15% a taxa de juros,
04:58o que eu não acredito, acredito que fique em 14,75%,
05:01mas isso vai ficar e permanecer por um bom tempo ainda,
05:04e isso vai certamente pressionar o setor de crédito do país.
05:07Professor, o Felipe Machado agora vai fazer uma pergunta.
05:11Professor, boa noite.
05:12Professor, na última vez que a gente viu a taxa de juros tão alta,
05:15a gente estava na época ali do governo da Dilma,
05:17do presidente Dilma Rousseff,
05:19que estava com a inflação passando daí dos 14%, 15%.
05:22Nós estamos com a inflação nos últimos 12 meses, se for contar,
05:25chegando em 5,5%, 5,53%.
05:28É necessária mesmo uma taxa de juros tão alta?
05:31Comparando com aquele momento,
05:33parecia ser muito mais perigoso,
05:35muito mais perigoso para a economia brasileira do que agora.
05:38Mas o senhor acredita que essa taxa continua sendo necessária?
05:42Ou seria o momento, talvez, de rever essa meta?
05:46Já que a gente praticamente nunca conseguiu cumprir exatamente a meta de inflação,
05:51a gente nunca conseguiu chegar ali no centro, poucas vezes.
05:54Como é que o senhor faz essa comparação entre os períodos?
05:58Eu acho que nós temos dois cenários hoje.
06:01O Felipe, boa noite para você aí, muito obrigado pela pergunta.
06:04Eu acho que nós temos dois cenários que são...
06:07Um cenário puxa a inflação para baixo,
06:10um cenário puxa a inflação para cima.
06:12O cenário que puxa a inflação para baixo é o cenário externo.
06:16Quer dizer, hoje, todas as projeções que nós temos
06:20é que essa política confusa do governo Trump
06:24deve reduzir o crescimento econômico no mundo todo.
06:27Quer dizer, isso deve fazer com que os preços convirjam para baixo.
06:33E aliado a este fato, nós temos uma perspectiva de apreciação cambial
06:38nos próximos meses na nossa economia.
06:41Não que o câmbio vá cair muito,
06:42mas é que ele não vai ter aquele overshooting
06:46que nós percebemos aí no final de 2024.
06:49Então, essa é a tendência de baixa da inflação.
06:53A tendência de alta é muito forte.
06:55Porque por mais que o Ministério da Fazenda tenha se esforçado,
07:01o Ministério do Planejamento tem se esforçado,
07:04mas o mercado ainda não sente confiança
07:06de que realmente existe uma perseguição
07:10do equilíbrio fiscal por parte do governo.
07:14E o equilíbrio fiscal é fundamental
07:17para que nós tenhamos, principalmente aquilo que nós chamamos
07:21de ancoragem das expectativas em relação ao futuro,
07:25devidamente concretizadas.
07:27Então, eu diria assim, nós estamos num momento
07:29muito diferente do governo Dilma.
07:31No governo Dilma, efetivamente, nós tínhamos
07:34um descontrole fiscal muito forte.
07:38Nós já estávamos numa situação, naquele momento,
07:40de dominância fiscal.
07:42Ou seja, a política monetária, naquele momento,
07:44não surtia efeito, tanto que o país viveu um cenário
07:48de estagflação, ou seja, nós tivemos recessão
07:51junto com a inflação.
07:53Neste momento, a política monetária ainda faz efeito.
07:58Então, o Banco Central está no caminho correto
08:01de subir a taxa de juros, porque este remédio,
08:05neste momento, ainda pode fazer efeito.
08:07E nós estamos percebendo que ele já está fazendo efeito.
08:10Então, do ponto de vista da direção correta,
08:15o Banco Central tem sido muito coerente
08:17em seguir uma política monetária restritiva
08:20para tentar fazer com que a inflação volte,
08:23pelo menos, para dentro do teto da meta.
08:26Professor, juntando tudo isso que a gente falou aqui,
08:28como é que fica o investidor?
08:30A renda fixa vai continuar reinando por um bom tempo ainda?
08:32Ah, o campeão voltou, né, o Marcelo?
08:37É espetacular, né?
08:38Enfim, quem hoje tem dinheiro para guardar aí
08:41está feliz da vida, né?
08:44Isso, do ponto de vista da economia, é muito ruim, né?
08:47Porque isso aí gera na economia, né?
08:51Quer dizer, aquilo...
08:52Existe um termo em inglês, na economia a gente tem
08:54muitos termos em inglês, né?
08:56É sempre importante que a gente possa traduzir os termos em inglês.
08:59Mas a economia tem um termo que é muito utilizado
09:01chamado Crowding Out, né?
09:03Que é o...
09:04O que é o Crowding Out, né?
09:06Quer dizer, você pega, por exemplo,
09:07alguém que estava pensando em investir
09:11e abrir um negócio, né?
09:13Enfim, o que ele faz?
09:15O que é o Crowding Out, né?
09:16Quer dizer, ele se afasta desse objetivo
09:19e roda o dinheiro na renda fixa, né?
09:22Então, ou seja, você afasta o capital da economia
09:27do setor produtivo, do setor real.
09:29Ele roda no setor financeiro.
09:30Por quê?
09:30Porque é muito mais interessante
09:33e praticamente sem risco nenhum.
09:34Basta que a gente financie o governo, né?
09:36Comprando títulos públicos hoje
09:38que estão pagando aí 14, 15% ao ano
09:41sem correr risco nenhum, né?
09:43Então, ou seja, esse efeito afastamento,
09:45vamos assim dizer, né?
09:46Do seu objetivo para o mercado financeiro
09:49é muito ruim para a economia, né?
09:51Mas para quem tem dinheiro é uma verdadeira festa, viu?
09:54Marcelo, o Brasil realmente é o paraíso
09:57daqueles que têm dinheiro e podem rodar esse dinheiro
10:00na ciranda financeira.
10:01É isso.
10:02Professor Ricardo Boristieiro,
10:03coordenador do curso de administração
10:05do Instituto Mauá de Tecnologia.
10:07Muito obrigado pela participação hoje
10:09aqui no Jornal Times Brasil e boa noite.
10:12Boa noite, Marcelo.
10:13Muito obrigado.
10:14Foi um prazer.
10:14Boa noite, Marcelo.
10:15Boa noite, Marcelo.
10:16Boa noite, Marcelo.
10:17Boa noite, Marcelo.
10:18Boa noite, Marcelo.
10:19Boa noite, Marcelo.
10:20Boa noite, Marcelo.
10:21Boa noite, Marcelo.
10:22Boa noite, Marcelo.
10:23Boa noite, Marcelo.
10:24Boa noite, Marcelo.
10:25Boa noite, Marcelo.
10:26Boa noite, Marcelo.
10:27Boa noite, Marcelo.
10:28Boa noite, Marcelo.
10:29Boa noite, Marcelo.
10:30Boa noite, Marcelo.
10:31Boa noite, Marcelo.
10:32Boa noite, Marcelo.
10:33Boa noite, Marcelo.
10:34Boa noite, Marcelo.
10:35Boa noite, Marcelo.
10:36Boa noite, Marcelo.
10:37Boa noite, Marcelo.

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