O presidente Lula (PT) participou de um encontro com empresários chineses em Pequim, onde o governo brasileiro anunciou um pacote de investimentos no valor de R$ 27 bilhões por parte da China. A parceria reforça a posição do país asiático como principal parceiro comercial do Brasil, ampliando os laços econômicos e estratégicos entre as duas nações.
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NotíciasTranscrição
00:00O governo federal anunciou 27 bilhões de reais em investimentos da China no Brasil.
00:04Luciana Verdolim é quem vai trazer os detalhes pra gente agora.
00:07Pra onde vão esses investimentos? Verdolim, bem-vinda.
00:13Boa tarde, Cine. Boa tarde a todos. Uma boa semana.
00:16Olha, são vários setores da economia brasileira que vão receber recursos chineses.
00:22Pra isso, o que o presidente pediu antes de embarcar?
00:25Que fosse realizado um fórum empresarial e a Apex, a Agência Brasileira de Apoio às Exportações,
00:32teve algo em torno de 750 inscrições, 500 chineses, 200 empresários brasileiros
00:39e os investimentos vão vir, 6 bilhões de reais de uma montadora, 5 bilhões de uma plataforma de delivery
00:47que aponta que a possibilidade aí é de que sejam ofertados 4 mil empregos diretos e 10 mil empregos indiretos no país.
00:55investimentos em energias renováveis, eólica, solar, internet, em rede de bebidas e também mineração.
01:04Vale ressaltar que o presidente da Apex, Jorge Viana, ele disse que nesse momento é importante esse bom relacionamento.
01:12Uma vez que os chineses têm dinheiro e querem investir, a gente tem a declaração pra acompanhar.
01:17A Apex trabalha com promoção e com atração de investimentos.
01:24Somando os esforços dos ministérios, como o da Saúde, a Casa Civil e o escritório da Apex aqui em Pequim,
01:30nós estamos, presidente, anunciando hoje 27 bilhões de reais de investimentos de grupos e empresas chinesas no Brasil.
01:39Isso nunca aconteceu. 4,5% de tudo que a China importa vem do Brasil. 4,5%.
01:47E 25% de tudo que o Brasil importa vai da China.
01:53Mas quando nós pegamos, nós estamos aqui com 20 setores da economia do Brasil.
02:00Só do agronegócio, da agricultura, são 13.
02:03E quando nós pegamos a segurança alimentar, a produção agrícola, agropecuária que a China importa,
02:11a China importa 215 bilhões de dólares.
02:1425% vem de empresas e grupos brasileiros.
02:22Segundo o presidente Lula, essa relação, que já é uma relação de muito vigor, pode melhorar ainda mais.
02:30E é por isso que empresários brasileiros e chineses estão conversando, estão se entendendo.
02:35E segundo o presidente Lula, o objetivo é exatamente esse.
02:39O Brasil, segundo ele, está aí garantindo estabilidade e tem uma importância estratégica no cenário internacional
02:50e está aberto aos investimentos chineses.
02:53A gente também tem a declaração do presidente Lula.
02:56China e Brasil são parceiros estratégicos e atores incontornáveis nos grandes temas globais.
03:05Frente ao ressurgimento de tendências protecionistas, apostamos na redução das barreiras comerciais
03:15e queremos mais integração.
03:19Os empresários são protagonistas de um dos deixos mais dinâmicos do relacionamento bilateral,
03:25com a estruturação de novas cadeias de valor,
03:28a transição para uma economia de baixo carbono e o fortalecimento do intercâmbio científico e tecnológico.
03:37Juntos, mostramos ao mundo que a cooperação é o caminho a seguir em face dos desafios
03:45que emergem no cenário geopolítico internacional.
03:48Os chineses saltaram da 14ª para a 5ª posição dos países que mais investem no Brasil.
03:58E segundo o presidente Lula, o Brasil tem garantido estabilidade fiscal, econômica, política, jurídica
04:06e principalmente estabilidade social.
04:08É um país bom para se investir, segundo o presidente brasileiro.
04:11Obrigado, Luciana Verdolim.
04:15Já já eu volto a conversar contigo para a gente falar sobre o acordo que China e Estados Unidos chegaram também.
04:20Luciana Verdolim vai ficar conectada ali.
04:22Alangani, comentávamos aqui nos bastidores, como é bom ter dinheiro, né?
04:25Nossa, como é bom.
04:25O que você precisa aí? Um projeto em energia eólica? Toma.
04:29Ah, eu também queria investir num delivery.
04:31Tá aqui.
04:32E os carros elétricos chineses no Brasil? Tão bombando, né?
04:35Mais um pouquinho aqui.
04:36Como é que você avalia esses 27 bilhões enviados pela China?
04:39É claro que é muito bem-vindo e é importante a gente fazer aqui uma distinção, Evandro,
04:44porque geralmente a gente fala assim, olha, a China é a nossa principal parceira comercial.
04:50O que é verdade.
04:51Por quê? Porque é o país que mais importa do Brasil.
04:55Outra coisa é quando a gente fala em parceria de investimento.
04:59O que seria o investimento?
05:01É o país, né, ou empresas daquele país colocando dinheiro diretamente no Brasil,
05:05abrindo uma matriz, financiando um projeto de infraestrutura,
05:10comprando ações de empresas brasileiras em grande quantidade.
05:14Aí, o primeiro lugar é dos Estados Unidos,
05:18depois de alguns países europeus e depois vem a China.
05:21Agora, de qualquer maneira, é muito importante o Brasil cultivar boas relações,
05:28tanto com os Estados Unidos quanto com a China.
05:30Porque a gente está falando de dois grandes parceiros,
05:34tanto do ponto de vista comercial, quanto do ponto de vista de investimentos.
05:39E aí, o que é importante, Evandro?
05:41O Brasil manter a tradição da neutralidade em relação à diplomacia,
05:47para tirar proveito dessa situação e não entrar na briga entre Estados Unidos e China.
05:55Assim, a gente sai ganhando e o presidente do Brasil tem que defender os interesses do brasileiro.
05:59Pois é, Gustavo Segre, como tudo na vida, prós e contras.
06:03A gente acabou de falar das importâncias desses valores,
06:06mas Ganes disse também a relevância de você conseguir estabelecer parcerias com ambos os países,
06:11mesmo eles tendo divergências entre si.
06:14Há algum contra nessa história?
06:16Porque as cifras são bilionárias.
06:18O único contra, Evandro, e não diria que é um contra, é um será,
06:25é que esse investimento se concretisse.
06:28Vou dar um exemplo do passado.
06:30Qualquer investimento de qualquer origem, sendo lícita, é válida.
06:34E sempre vem vindo.
06:36Desde que isso não atrapalhe, eventualmente, a soberania do país.
06:39Tem algumas questões que não podem ter investimentos do exterior,
06:43por exemplo, terras perto de fronteiras.
06:46Não é permitido que estrangeiros comprem terras em determinados lugares do território nacional.
06:52E isso aplica não apenas o Brasil, a vários países.
06:55Mas eu lembro muito bem, Evandro, quando, na época, se não estou errado,
07:00era 2003, 2004.
07:02Logo no começo da presidência Lula I,
07:05Juntamente com isso, estava o Nestor Kirchner, na Argentina.
07:09E, naquela época, China não era definida como economia de mercado.
07:15E qual era o problema?
07:16Que, não sendo reconhecida como economia de mercado,
07:19qualquer metodologia anti-dumping era unilateral.
07:22Então, o Brasil poderia abrir uma investigação,
07:24colocava tarifas de complementação,
07:26tipo as que está colocando Estados Unidos hoje,
07:28e o problema era resolvido.
07:30Naquele momento, a China prometeu 30 bilhões de dólares,
07:37não estamos falando de reais, não,
07:3930 bilhões de dólares como investimento na Argentina.
07:42Também, energia, questões vinculadas com a exploração de metais.
07:48A câmbio, a Argentina tinha que reconhecer a China como economia de mercado.
07:52No mesmo momento,
07:54eram exportações de soja para o território chinês.
07:58Chegaram um monte de navios brasileiros à China,
08:01e o governo chinês falou,
08:03olha, estou vendo que tem bichos nessa soja.
08:07Soja, tem algumas características de bichos que podem atrapalhar,
08:13inclusive, a segurança da soja e dos produtos vinculados à soja.
08:18Mas eu consigo resolver, falou o China.
08:20E como?
08:20Ah, se o Brasil reconhece a China como economia de mercado.
08:24Então, olha a metodologia.
08:25Como o Brasil brecou mercadoria que já estava lá.
08:30Como a Argentina prometeu um monte de investimentos.
08:33Bom, tanto o Brasil como a Argentina reconheceram a China como economia de mercado.
08:39O produto soja que estava nos portos chineses foi resolvido.
08:43Misteriosamente, os bichos que estavam sumiram.
08:47E eles conseguiram entrar com a mercadoria.
08:49Mas sabe quanto chegou de investimentos chinês na Argentina?
08:54Nada.
08:55Não.
08:55Nada.
08:56Então, o que interessa não é a promessa do investimento.
09:00Eu sou um pouco reticente com isso, porque já vivenciei esse tipo de promessa.
09:05Vamos investir.
09:06Eu lembro na época de Rio Grande do Sul,
09:08a própria ex-presidente Dilma indicou que chegariam,
09:11sei quantos bilhões de investimentos.
09:14Chegaram?
09:15Também não.
09:16Então, eu gosto do investimento quando chega, não quando é prometido.
09:20Se chega, maravilhoso.
09:22Não tem nenhuma contra que possamos observar.
09:25Bom, Fábio Piperno, desses investimentos, os valores já estão até descritos.
09:30Então, agora a gente precisa aguardar se, de fato, eles vão se confirmar.
09:33Mas eles colocam 6 bilhões para a montadora GWM,
09:36que é uma das maiores aqui montadoras chinesas que estão em expansão no país.
09:405 milhões para a Meituan, plataforma chinesa de delivery.
09:433 bilhões da estatal chinesa de energia nuclear CGN.
09:475 bilhões da InVision.
09:493,2 bilhões da rede de bebidas e sorvetes Mixui.
09:53E 2,4 bilhões do grupo minerador Bain Nonferros.
09:58Ou seja, as descrições já aconteceram.
10:00Os setores já estão até sabendo quais valores ou os tamanhos destes investimentos.
10:06Como é que você avalia a maneira como foi negociada
10:08e a possibilidade de, de fato, se concretizar?
10:11Bom, na semana passada eu dei aqui o número, né?
10:14São cerca de 130 projetos chineses que estão ou funcionando ou em execução aqui no Brasil.
10:22Então, tem muita coisa, né?
10:24Então, por exemplo, o Brasil vai se tornando a maior plataforma de produção de carros elétricos chineses fora da China.
10:31Elas são três marcas chinesas, né?
10:33Uma delas começam, mas uma delas já começou, inclusive, a produção.
10:38Isso na Bahia, no interior de São Paulo, em Minas Gerais, se eu não estou enganado.
10:42Por exemplo, o grupo Miteia, que fabrica linha branca, está lá em Pouso Alegre, Minas.
10:48Então, tem muita coisa.
10:50Estão entrando em energia.
10:52Aliás, o estado do Piauí vai se tornando um case na captação de investimentos externos para a área de, por exemplo, energia limpa.
11:02Então, isso não é novidade.
11:05Eu acho muito importante, por exemplo, essa disposição em trazer fabricantes de semicondutores para cá.
11:11E aí, sim, a gente está falando de alta tecnologia, felizmente.
11:14E veja, assim, o fluxo comercial entre Brasil e China vai se expandindo a cada ano.
11:22Tanto que era o 14º investidor do Brasil, hoje é o 5º.
11:25E não é que é o 5º que mais põe dinheiro, por exemplo, a cada ano.
11:31Não, é o 5º no acumulado histórico.
11:34Porque hoje, certamente, já é quem mais faz investimentos aqui.
11:38Então, o ano passado, o Lula foi para lá.
11:43Também, em 2024, o Xi Jinping veio para cá.
11:47De novo, eles voltam a se encontrar.
11:50Agora, é necessário também que esse mesmo dinamismo se expanda para outros parceiros.
11:58Então, o Brasil tenta agora, como a gente noticiou não faz muito tempo, ampliar essa relação com o Japão.
12:05Falou-se na semana passada do México.
12:07E, em relação a essa viagem, ainda tem um outro aspecto importante que não foi abordado hoje nessa conversa, nessa entrevista que o presidente Lula deu.
12:18A questão das conexões entre a nova rota da seda, ao qual o Brasil não quis aderir formalmente no ano passado,
12:29com os projetos de rotas da integração que o Brasil realiza.
12:35Isso vai abrir corredores, novos corredores logísticos, para que a produção do Brasil possa escoar, inclusive, pelo Pacífico.
12:44Zé Maria Trindade, nos últimos anos, o Brasil gastou bastante fichas para atender as demandas da China.
12:49O Piperno menciona aqui também a necessidade de se abrir e oferecer esforços para outras regiões ou outros países importantes.
12:56Como é que você avalia essa relação que se criou e o know-how, talvez, que o Brasil tem agora para tentar expandir?
13:04Olha, o mercado brasileiro é muito importante e reivindicado mundialmente.
13:12Há uma disputa pelo mercado brasileiro.
13:14Esse caminhão aí é no sentido inverso, de investimentos em vez do Brasil importar.
13:20E aí é que mora a diferença.
13:22Há também uma diferença no que foi prometido lá atrás e no que está acontecendo agora.
13:27Foram assinados os contratos.
13:29Então, a coisa andou e andou muito.
13:32Porque antes de Dilma e mesmo nas primeiras viagens de Lula, eram promessas.
13:37Olha, passa lá em casa para tomar um café, mas não dava endereço e nem marcava data.
13:42Agora, não.
13:43E eu vejo uma grande articulação aqui em Brasília, que a origem de todo esse processo foi aqui em Brasília.
13:49E houve visitas de ministros de forma antecipada, que foram à China e prepararam esse campo agora para não é só o presidente Lula que está lá.
14:01Tem um grupo forte de empresários brasileiros lá na China, na comitiva presidencial.
14:07Então, esse preparo é que garantiu agora.
14:09Agora, já existem assinaturas, inclusive, de contratos.
14:12Mas o que eu vejo aqui, a grande reivindicação e tal, é de investimentos da China na área de produção de energia atômica aqui.
14:21Isso é a grande novidade, né?
14:23Serão usinas menores, não essas grandes mega usinas que no passado criaram aqui no Brasil,
14:30mas pequenas e médias usinas nucleares na produção de energia,
14:35para atender demandas de cidades pequenas e de cidades médias e também da mineração.
14:40Por que esses dois? Porque são polos de alta tecnologia e tecnologias novas.
14:46O Brasil está preso em contratos e na constituição.
14:50Não pode usar a tecnologia nuclear para armas, para pesquisas bélicas.
14:56Então, há limites no enriquecimento e tal, e que é preciso renegociar isso aí.
15:01Então, energia e mineração.
15:02O Brasil saiu daqui muito preocupado com grandes investimentos da China na África para concorrer com os produtos brasileiros do agro.
15:13Eles levam a tecnologia daqui, matrizes, para produzir na África, porque lá tem um clima parecido.
15:20Então, precisa de investimento, dinheiro lá, e a China estava fazendo isso.
15:24Se o presidente Lula conseguir barrar isso, aí tudo bem.
15:27O lado negativo, sim, dessa história toda, é que muita gente está dizendo que, olha,
15:32os Estados Unidos vão ficar com ciúmes, vai ter um viés China nessa história.
15:39E no discurso do presidente, quando ele disse que o bloco sul do planeta tem que ser respeitado,
15:46a ideia aqui é de que ele fez uma opção.
15:47E no discurso do planeta tem que ser respeito.