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  • 15/04/2025
Larissa Wachholz, sócia da Vallya Participações, analisou as estratégias da China para driblar a guerra tarifária com os EUA. De Pequim, ela destacou a busca por estabilidade, novas parcerias e o impacto global das tensões comerciais.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00E o presidente da China, Xi Jinping, faz visitas a países do sudeste asiático com o objetivo de fortalecer relações comerciais.
00:08A gente vai fazer uma análise sobre as oportunidades de negócios para a China em meio a essa guerra tarifária com os Estados Unidos,
00:16com a Larissa Vahout, ela que é sócia da Vale a participações e também coordenadora do programa Ásia e do grupo de análise da China.
00:25Larissa, a China quer se mostrar um parceiro estável, ela tem se mostrado um parceiro estável,
00:32tanto é que tem feito esses elos e esse fortalecimento com outros países asiáticos e não só asiáticos.
00:38Bom dia para você e obrigada por participar com a gente aqui do Agora.
00:45Obrigada, Paula. Estou falando aqui de Pequim, então aqui já é a noite. É um prazer estar com você.
00:51Eu acho que essa viagem do Xi Jinping e a aproximação, de forma geral, dos países aqui da Ásia,
01:00e combinado a isso, os editoriais que têm saído nos jornais chineses indicam que a China de fato conclama
01:07aqueles países que precisam do mercado internacional funcionando a manterem o seu funcionamento.
01:15É o caso dela própria, a China que é o principal parceiro comercial de mais de 140 países no mundo
01:21e que depende de um comércio internacional que funciona ativo, saudável, para que a sua própria economia também continue funcionando.
01:31Então, essa tem sido de fato uma estratégia, não apenas, digamos assim, dita, mas também manifestada a partir agora de viagens
01:40e também na recepção de líderes estrangeiros aqui em Pequim.
01:45Marissa, Mariana aqui falando com você, a gente entrevistou algumas pessoas aqui também que estão na China
01:51e um pouco da sensação é que tem uma certa serenidade na resposta da China em relação aos ataques que vêm dos Estados Unidos.
01:58E aí desse lado, por um lado, tentando buscar uma diversificação de mercados, como a Paula falou,
02:03de outro também entendendo que pode ter um impacto, ou seja, vai bater na economia, mas tem uma visão positiva para o futuro.
02:11Você sente esse ambiente de confiança, apesar das turbulências, que a China tem um ambiente de entender
02:18que ela vai conseguir sair desse momento, apesar do presidente Donald Trump?
02:22Mariana, sim, existe sim essa sensação de uma certa calma, uma certa cautela, um pragmatismo para responder a esse tarifaço,
02:37que não é exatamente dessa semana, é claro que ele se intensificou, mas como ele já estava muito presente na retórica,
02:44não só no primeiro mandato do presidente Trump, mas em todo o processo agora da corrida presidencial,
02:50estava ficando bastante claro que haveria um impasse comercial importante em China e Estados Unidos.
02:56Então, digamos que os chineses tiveram, de fato, o tempo de se preparar para isso, pensar em diferentes medidas tarifárias e não tarifárias,
03:04para também mostrarem a sua capacidade de resistir a um momento mais difícil.
03:10Algumas pessoas falam, inclusive, na aplicação de uma certa paciência estratégica,
03:15no sentido de vamos pensar em estratégias que nos ajudem a sobreviver a esse momento, a esse mandato, digamos assim,
03:24a esses quatro anos para que a gente consiga, depois disso, passar por essa fase difícil e rever aqui como é que a gente vai se estruturar.
03:32Mas, de fato, sem perder de vista que a economia chinesa ainda depende muito do comércio internacional.
03:40Então, é verdade que a dependência dos Estados Unidos como parceiro no comércio internacional se reduziu do primeiro mandato do presidente Trump para cá,
03:49mas a China, de forma geral, tem consciência de que ela precisa muito do mercado internacional.
03:55Ela tem uma base industrial, uma base produtiva, uma manufatureira muito grande, muito ativa, a maior do mundo, de longe,
04:02e esse mercado para os produtos não está aqui dentro da China, esse mercado está fora da China.
04:10Então, ainda que faz parte da estratégia chinesa também desenvolver o mercado interno, desenvolver o consumo interno,
04:17eles ainda não chegaram no patamar em que esse consumo esteja tão desenvolvido a ponto de não precisar se preocupar com o que acontece lá fora.
04:24Mas é uma mistura dessas coisas, sabe? Cautela, pragmatismo, mas, ao mesmo tempo, a sensação de que vão superar esse momento,
04:32nem que para isso precisem esperar os quatro anos do termo completo da presidência.
04:38Larissa, você está em Pequim, a gente aqui no Brasil, então você vai saber explicar melhor para a gente isso.
04:44A gente tem visto aqui nas notícias que a China fez uma corrida nas exportações agora em março,
04:50justamente para poder evitar e pegar o momento que as tarifas americanas iriam entrar em vigor, né?
04:56Mas o que acontece depois agora? Essas remessas devem recuar nos próximos meses
05:02ou, de fato, agora fica a critério da China cada vez mais fortalecer e estabelecer essas novas parcerias
05:08para conseguir desovar, não sei se é essa palavra certa, mas para poder mandar essa remessa, então, para outros países?
05:15Sim, e eu acho que isso representa um elemento também de duas mãos, né?
05:24Por um lado, os exportadores chineses buscando exportar os produtos o quanto antes para que não fossem atingidos pelas tarifas
05:32e, por outro lado, também os importadores numa estratégia ativa de buscar importar produtos antes que essas tarifas fossem aplicadas.
05:42Então, acho que é um movimento ali de duas mãos, né?
05:46Que resultou, de fato, num aumento dessas exportações nesse mês.
05:51É muito difícil, nesse momento, dizer como é que as coisas vão ficar ao longo das próximas semanas, né?
05:56A gente está todo mundo testando as águas, tirando a temperatura para ver qual vai ser o efeito real nas diferentes cadeias,
06:04principalmente na medida em que algumas cadeias sejam colocadas em algumas excepcionalidades, por exemplo,
06:11ou a depender de como a China venha a reagir por meio de barreiras também não tarifárias, né?
06:17Como foi o caso da restrição às exportações de alguns metais estratégicos.
06:23Eu acho que vai ser um elemento muito importante para esse próximo passo entender como que a sociedade,
06:29principalmente a americana, né?
06:31Que, no final das contas, vai ser uma das mais atingidas por essa pressão inflacionária, né?
06:38Como é que a sociedade vai reagir a isso, se ela vai tolerar essa inflação ou não?
06:43E como é que vão reagir as empresas?
06:45A gente já está vendo alguns setores se manifestarem, algumas isenções e algumas separações, né?
06:52Da regra geral de tarifas já começam a acontecer, mas são muitas as cadeias impactadas
06:58na medida em que você tem, nos Estados Unidos, um mercado que produz uma grande gama de multinacionais.
07:06Então, você tem multinacionais americanas que estão espalhadas ao redor do mundo,
07:10produzindo em diferentes regiões e que têm cadeias de fornecimento extremamente complexas.
07:15Na medida em que a gente começa a ter um pouco mais de clareza
07:19sobre quais são os setores que vão conseguir conquistar alguma negociação à parte,
07:25a gente vai conseguir entender um pouco melhor esse cenário, como é que ele vai se materializar.
07:31Entretanto, o que eu queria destacar é esse elemento da instabilidade, né?
07:36Da quebra de regras do jogo no comércio internacional,
07:41de como que isso é nocivo para uma economia como a brasileira, né?
07:45Todos esses elementos que a gente está discutindo são oriundos justamente dessa instabilidade, né?
07:52Uma economia como a brasileira, que não está entre as maiores economias do mundo,
07:57que é uma economia média, em desenvolvimento, uma economia grande, importante,
08:01porém em desenvolvimento, a gente precisa de estabilidade,
08:04a gente precisa de regras do jogo e nós somos beneficiários de um sistema mais organizado.
08:10Então, essas são provas concretas de como que a instabilidade também
08:15coloca economias como a nossa numa situação particularmente difícil.
08:20Muito obrigada, viu?
08:22Pela sua gentileza, Larissa Vaholtz, sócia da Vale a participações
08:26e coordenadora do programa Ásia e do grupo de análise da China.
08:31Você que está aí, né, na China.
08:32Então, uma ótima noite para você e uma ótima semana também.
08:37Obrigada, viu?
08:41Obrigada a todos nós.
08:42Obrigada.
08:43Obrigada.
08:44Obrigada.

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