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  • 12/04/2025
A tensão comercial entre China e Estados Unidos volta a se intensificar por conta das taxações que só aumentam entre os países, com novos desdobramentos que podem impactar a economia global. A bancada do Linha de Frente comentou os movimentos estratégicos das duas potências.

Assista o programa na íntegra: https://youtu.be/nvNM3WW3Rto

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Transcrição
00:00Fazendo um panorama geral, Kobayashi, o que que acontece, né?
00:03Essa questão da guerra tarifária, da guerra comercial,
00:07ela tem início não agora só, mas ela começou desde o primeiro mandato do Donald Trump.
00:14Por quê?
00:15Porque os Estados Unidos, ele tem um percentual que ele cobra dos países, tá?
00:19Uma regra de tarifas.
00:22E os países também cobram dos Estados Unidos, de acordo com as suas exportações e importações.
00:27Só que existe um desequilíbrio nessas cobranças,
00:30tanto da parte dos Estados Unidos, como da parte dos países que compram ou que vendem para os Estados Unidos.
00:37Então, o que que isso significa?
00:38Tem gerado um grande desequilíbrio na balança comercial americana.
00:43E aí, o presidente Donald Trump, o que que ele tem que fazer, né?
00:48Tem buscado a fazer?
00:49É querer equilibrar esse déficit comercial, buscando tarifar, em maior parte, os países que os Estados Unidos vendem ou compram.
00:59E isso tem causado um grande problema na economia como um todo, né?
01:03Principalmente para os países.
01:05Quero também a sua opinião.
01:06André Paiva Ramos, também economista.
01:09Hoje, vocês viram aqui que a gente está recheado de especialistas...
01:11Exatamente.
01:11...sobre essa questão, porque se engana quem pensa que essa guerra comercial, principalmente entre Estados Unidos e China, não afeta o brasileiro.
01:20Afeta, né?
01:22Tem impacto direto aqui para o cidadão brasileiro, para o trabalhador, principalmente?
01:26Tem, tem um impacto muito grande, acho que para o mundo inteiro, né?
01:29Para todos os países.
01:31O que a gente verifica é que não só as medidas estão sendo colocadas,
01:35mas a forma como elas estão sendo apresentadas tem gerado um grande grau de incerteza.
01:41E hoje, na economia, o que a gente tem?
01:43Uma inter-relação muito grande entre mercados financeiros e economia real, né?
01:48Então, no mercado financeiro, o que a gente tem visto aí, né?
01:51Oscilações muito grandes nas bolsas de valores e também nas cotações das principais moedas, né?
02:00E, na esfera produtiva, as tomadas de decisões que as empresas têm em termos produtivos,
02:07elas demandam um tempo para poderem serem feitas.
02:11Então, tem gerado um grau de incerteza muito grande para que as empresas consigam aí entender o que está acontecendo
02:17e como que elas vão se colocar.
02:19Então, em um cenário, né?
02:20Trazendo para os brasileiros.
02:24Acho que um dos principais impactos que a gente já pode trazer,
02:26além da incerteza e dessa deterioração das expectativas para as empresas
02:30em termos de realização de investimentos,
02:33o impacto aí, uma projeção de impacto para a nossa inflação, né?
02:37Então, uma desvalorização da taxa de câmbio que já vem ocorrendo
02:41vai ter um impacto aí direto nos preços aos consumidores.
02:48Ô, Mônica Rosenberg, e a questão política envolvendo aí a figura do Trump?
02:52Porque isso parece, parece, pode gerar uma grande onda de impopularidade também, né?
02:59Porque o resultado imediato, me corrija se eu estiver errado, é a inflação nos Estados Unidos.
03:04É falta de acesso a produtos nos Estados Unidos, né?
03:06É dificuldade de um país que se formou pela, justamente pela globalização e cresceu em cima disso,
03:13é dificuldade de acesso a materiais básicos, a muitos dos produtos que hoje são importados,
03:21principalmente da China e da Ásia, para os Estados Unidos,
03:24e isso vai começar a gerar uma insatisfação na população. Explica.
03:28Pois é, Koba, muito bom estar aqui com vocês todos, com você que nos acompanha aqui na Jovem Pan,
03:33mas é importante entender o contexto, o que está acontecendo hoje nos Estados Unidos.
03:37Não está uma maravilha a economia lá. Eles já estão preocupados.
03:41A alta da inflação já foi o que fez com que o Biden não conseguisse eleger a Câmara.
03:47O Trump entra nessa narrativa de que ele vem para reconstruir a América, para reindustrializar.
03:53Ele tem um problema de preços muito altos lá.
03:56Então, a impopularidade consequente desse aperto que o americano certamente vai sentir
04:03vai ser contrabalanceada por essa história toda de que ele está fazendo isso para lutar pela indústria americana.
04:09Então, sim, certamente ele vai ter uma dor do americano que se a inflação crescer
04:17ou se vier uma recessão, porque agora depende de como o Banco Central dele vai reagir
04:21e o que eles vão fazer com os juros, para saber o tamanho da dor que o americano vai sentir.
04:25De qualquer jeito, essa narrativa de que ele está fazendo isso pelo americano,
04:29pela indústria americana, continua funcionando.
04:32E aí a gente tem que ver o que vai ser o passo seguinte.
04:34Porque essa briga com a China, até onde isso vai escalonar,
04:38até onde isso vai crescer e para onde isso vai levar os Estados Unidos?
04:41É capaz que ele esteja dando um passo atrás para dar dois à frente.
04:45E se for isso, o americano vai ficar bem feliz.
04:47Priscila Silveira, minha amiga, como eu, advogada também, assim como a Mônica,
04:51qual a sua visão sobre isso tudo?
04:53Porque o Donald Trump parece ser um jogador, ele é, de fato, alguém que vem desse mercado,
04:59da iniciativa privada, tem esse estilo de negociação, de fazer apostas, de trocar.
05:06Inclusive, ele usa muito esse tipo de linguagem de ter ou não ter as cartas, enfim.
05:10E você acha que ele está blefando em algum momento?
05:14Ou o Trump pode levar até as últimas consequências?
05:17Olá, Koba, meus colegas aqui da bancada, toda a nossa audiência,
05:21satisfação estar com vocês.
05:23Koba, ele já fez isso, salvo o melhor juízo, no ano de 2018,
05:26com essas questões de colocar uma questão mais aguerrida e depois tirar um pouco o pé.
05:33A gente observa que ele tem aí o mesmo modus operandi.
05:36Então, eu não acho que é bem um blefe, mas também não deixa de ser um blefe.
05:39Eu acho que é uma forma dele trazer de novo ou tentar trazer novamente o poder econômico,
05:45a importância que os Estados Unidos teve e tem na questão global.
05:48Então, ele faz isso não só para poder voltar à relevância, segundo ele, dos Estados Unidos,
05:54mas ele entende que há uma questão deficitária também, num desequilíbrio fiscal.
05:59Então, ele coloca isso para poder... como se ele estivesse trucando mesmo.
06:03Mas a gente observa que quando ele coloca, por exemplo, valoração, tarifas, porcentagens em determinados países,
06:11ele tira um pouco o pé, ele vai colocando, hora sobe, hora desce.
06:15Ele, eu acho... eu vejo o Trump como um jogador mesmo, eu vejo um jogo, né?
06:20E aí ele tira... e ele é muito inteligente.
06:22A gente não pode deixar de levar em consideração que ele é realmente inteligente,
06:26mas eu não sei se, neste momento, a forma como ele tem feito aí para incentivar a produção doméstica, né?
06:31Dos produtos internos, elevar o nome dos Estados Unidos,
06:35se está sendo realmente a melhor cartada, a melhor jogada a ser feita,
06:39porque ele está mexendo, como a gente tem observado, com uma outra potência.
06:43Os Estados Unidos tinham uma potência muito grandiosa mesmo, a gente vê que perde espaço.
06:47Talvez seja isso a vontade do Trump, devolver aquela relevância mundial dos Estados Unidos,
06:53só que ele está mexendo nesse meio tempo com a China,
06:55que hoje, na minha opinião, é uma grande potência, talvez, a maior que a gente tem mundial.
07:00Pediu, Mônica.
07:01É que, em relação a essa questão do blefe, claro que a gente já viu que é blefe,
07:04porque ele já foi, já voltou mais de uma vez.
07:06Então, ele fala, vou taxar tanto e volta para trás.
07:09E esse vai e vem é típico de quem realmente está tentando ver até onde dá para ir.
07:14Mas tem um jornalista americano do New York Times, que se chama Ezra Klein,
07:18que fez uma análise que eu acho muito válida.
07:21Quando o Trump fez aquele discurso para o Congresso americano,
07:24o Ezra falou, ele está medindo lealdade.
07:27Ele quer ver quem está com ele e até onde quem está com ele vai.
07:30Porque ele está falando umas coisas tão radicais,
07:33e tem gente ainda batendo palma, e esse é o jeito que ele está separando.
07:36Quem continua batendo palma para ele, agora, no Tarifácio Mais ainda,
07:40as pessoas que continuam lá batendo palma,
07:42ele sabe que são as pessoas absolutamente leais.
07:45E acho que é mais nesse sentido que ele está testando o limite da lealdade a ele
07:49do que realmente o blefe do jogo.
07:52O blefe a gente está vendo que está lá, mas tem alguma coisa por trás,
07:55porque o Trump não dá pontos sem nó, a Priscila falou bem,
07:57ele é muito inteligente, mas ele também é muito doido, né?
07:59Com todo o respeito ao presidente dos Estados Unidos,
08:01ele é capaz de coisas que a maioria das pessoas não faz.
08:04Ele vai em lugares onde os outros não vão,
08:06e ele está um pouco vendo até onde vai a lealdade do americano que está com ele.
08:10Ô, Rodrigo, agora eu quero entender do outro lado,
08:13dessa queda de braço, desse cabo de guerra.
08:18Porque do outro lado, principalmente China e União Europeia,
08:21estão intensificando esta guerra.
08:25Eles têm mantido ali retaliações em algum nível,
08:28não vai e vem de ameaças, enfim, e de medidas.
08:33Até onde vai também o poder da União Europeia e principalmente o poder da China
08:37de estabelecer tensão nesse relacionamento com os Estados Unidos.
08:41Bom, muito bem, Kubayashi.
08:42Eu concordo aqui com algumas colocações dos nossos colegas.
08:46E assim, o Donald Trump, ele tem uma experiência de empresário, né?
08:51Mas ele não conhece a China.
08:53A China tem 5 mil anos.
08:55Donald Trump é empresário há 40 anos.
08:58E a China, ela é paciente na busca pelos seus planos.
09:03E a China tem um plano de desenvolvimento econômico que foi feito de 2020 a 2050.
09:10Então, como bem disse aqui a Mônica, né?
09:14O Trump, ele está esticando a corda para poder testar, ver quem está do seu lado e quem não está.
09:20Mas só que este não é o caminho que esse mundo hoje em dia, ele precisa.
09:26O mundo hoje precisa de relações diplomáticas, equilibradas e de apoio mútuo.
09:33Por quê?
09:33Depois da pandemia e principalmente depois desses conflitos que a gente vê em toda essa questão geopolítica,
09:39até mesmo na questão da Rússia, mexeu muito nas cadeias produtivas, desequilibrou.
09:46Hoje você tem insumos e produtos que às vezes você só tem um fornecedor no mundo ou dois no máximo.
09:53Isso desequilibrou totalmente os preços e a inflação e fez o quê?
09:57Que a inflação subisse em todos os países.
09:59Então, o que acontece?
10:01Não só a China, mas a União Europeia, eles vão se organizar.
10:05Os países vão se reorganizar porque é impossível você seguir numa parceria com um país
10:12onde ele taxa demasiadamente porque isso vai gerar inflação interna para cada um desses países.
10:20E assim, Donald Trump tem todos os seus méritos, mas eu acredito que ele é um jogador
10:26que eu acho que ele não está no lugar certo.
10:29Eu acho que a política você tem que deixar para os políticos e os empresários ficarem com as empresas.
10:33Qual é a grande diferença que você enxerga nesse método empresarial sendo utilizado na política
10:39e principalmente na presidência dos Estados Unidos?
10:42O André.
10:43Eu complementaria o que o Rodrigo trouxe.
10:46Numa questão que desde a... principalmente da década de 90, você tem um processo de globalização.
10:52Então, as empresas, principalmente as empresas norte-americanas, passaram a operar sob uma lógica global.
11:00E não sob uma lógica de um país só.
11:03Então, como o Rodrigo colocou, é grande parte de partes, peças e componentes que as empresas norte-americanas
11:10e todas as empresas, principalmente as transnacionais, as empresas multinacionais, passaram a adquirir,
11:18são compradas de vários países, são produzidas em vários países diferentes
11:21e são montadas, geralmente, muito próximo ao país que vai ser comercializado.
11:28Então, quando o Trump, ele cria esse nível de incerteza e aumenta sobremaneira as tarifas,
11:36ele não só está esticando a corda com os outros países e confrontando a maior parte dos países,
11:44principalmente uma grande potência como a China, que hoje é o principal país que opera no comércio internacional,
11:50internacional, mas também ele está impactando as empresas norte-americanas.
11:56É porque as empresas norte-americanas, elas importam e produzem partes, peças e componentes
12:01em vários países do mundo, principalmente na China, que é um grande parceiro.
12:05Então, isso vai encarecer sobremaneira, vai encarecer muito a aquisição desses componentes
12:14que são utilizados e que as empresas vão ter que repassar para preço ao consumidor final
12:19e, muitas vezes, se subir muito o preço, não só a inflação vai aumentar, como os juros nos Estados Unidos
12:26podem ser pressionados, como pode diminuir a capacidade de consumo de itens e bens
12:33que os americanos entendem como essenciais.
12:36Então, é uma jogada que, ao não entender a lógica global, ao não considerar toda essa lógica global,
12:44acaba impactando muito o próprio país dele.

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