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O “fluxo” de usuários de drogas na Cracolândia, que chegou a ter centenas de usuários no Centro da capital paulista, diminuiu nos últimos dias. A prefeitura informou que atua na Cracolândia com ações integradas voltadas à saúde, assistência social, trabalho, zeladoria e segurança pública, e que o resultado foi a redução de pessoas nessa área. Para falar sobre o assunto, o Morning Show entrevista o secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando.

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00:00Vou dar aqui o pontapé inicial do programa de hoje, até pra falar da região que, sem dúvida alguma, é considerada sensível ao extremo,
00:08historicamente, os holofotes voltados da cidade de São Paulo pela crise civilizacional, social e cultural, por que não,
00:15da Cracolândia na cidade de São Paulo, que, pelo visto, tá bem diferente, pelo menos desde ontem.
00:20É o chamado fluxo. Essa é a terminologia que tá sendo repercutida por aí, entre autoridades e a sociedade,
00:25o tal fluxo, que chegou a reunir centenas de usuários na Cracolândia, região central da maior cidade da América Latina,
00:33pelo visto diminuiu, e bem nos últimos dias. O fato é que os governos municipal e estadual, pessoal,
00:39elencam os motivos do tal sumiço repentino dos usuários, como têm chamado os moradores e comerciantes da região.
00:46Antes da gente seguir aqui, a gente já vai sonando o nosso repórter Bia Manfredini. Já já esteve por lá, tem todos os detalhes.
00:52Só um abre-alas breve aqui com a delegada Raquel Galinati, por favor.
00:55Bom dia, delegada.
00:57Bom dia, bom dia, Mano, bom dia, Jess, bom dia, Marinho e aos nossos ouvintes e espectadores.
01:03Quando a gente fala de Cracolândia, é algo realmente muito complexo, porque a gente lida com essa problemática,
01:09não só no Brasil inteiro, mas no mundo.
01:12É claro que algumas situações fazem com que aquelas pessoas que estão em vulnerabilidade social,
01:17moradores de rua, saiam. Por quê?
01:20Porque muitas vezes existem ali criminosos infiltrados que tentam, inclusive, explorá-los.
01:28E quando o Estado está presente, é muito conhecida a teoria das janelas quebradas.
01:34Quando o Estado está presente, não há espaço para bandidagem, criminalidade, vandalismo e essa sensação de insegurança.
01:43Então, é muito eficaz que as células que atuam, não só no desenvolvimento social, na assistência social, na saúde e na segurança,
01:53estejam concatenadas.
01:55Então, eu acredito que esse trabalho, esse trabalho que muitas vezes pode ser silencioso, mas contínuo,
02:01traga o resultado, sim, mostrando a presença do Estado.
02:05Inclusive, ontem, eu vi um mutirão que começou, antes de ontem, na Praça da Sé, de atendimento social,
02:11não só de saúde, mas inclusive de emissão de documentos, atendimento social, lá em frente à igreja da Praça da Sé.
02:20Então, são várias nuances que a gente tem como consequência, dispersão dos moradores em situação de rua.
02:28Muitas vezes, 80%, são usuários de drogas.
02:31E a gente tem uma problemática também desse cenário, e que essas pessoas, muitas, são vítimas de crimes sexuais.
02:37Crimes sexuais dentro dos lares, quando a gente fala de menores, até de 13 a 14 anos.
02:42Então, é uma gama muito extensa para a gente falar que é um problema policial.
02:47Pelo menos da rua dos protestantes, pessoal, onde realmente foi, historicamente, uma rua muito concentrada,
02:52com os usuários de crack ali, da Cracolândia, pelo visto, houve uma dispersão ali para a Praça Marechal Deodoro,
02:58também para a região do Minhocão. A gente vai entender exatamente aqui, ninguém melhor que a Bia Manfredini,
03:03que esteve por lá e traz agora todos os detalhes aqui no Morning Show. Vamos conferir.
03:07Exatamente. A gente fala aqui da esquina da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões.
03:13Local em que, até poucos dias atrás, nós tínhamos um fluxo de pessoas da Cracolândia,
03:19então, de dependentes químicos e usuários de drogas que estavam instalados aqui nessa região
03:24desde o fim de 2023, com algumas mudanças pontuais de endereço, mas sempre retornando para cá.
03:31Acontece que agora o cenário anda bem diferente, ficou completamente vazio.
03:36Nós não temos nenhuma pessoa concentrada nessa esquina que ficou tão conhecida por tanto tempo.
03:43São diversas as versões, tanto do Governo do Estado, quanto da Prefeitura de São Paulo,
03:49para esse esvaziamento. Mas o fato é que foi um esvaziamento repentino.
03:53De acordo com moradores e até mesmo com dados da Prefeitura, até uma semana antes,
03:59mais ou menos 200 pessoas ainda estavam aqui, neste que era a cena de uso aberto de drogas
04:06mais conhecida da cidade de São Paulo.
04:09Então, como eu disse, são diversas versões. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes,
04:15falou sobre o assunto recentemente, disse que a questão, apesar desse esvaziamento,
04:19não está resolvida e que a gestão monitora se não houve um espalhamento dessas pessoas
04:25para outras localidades. Vamos acompanhar.
04:27A gente tinha lá em 2016 4 mil usuários. É bom registrar isso. 4 mil usuários em 2016.
04:33Foi fazendo um trabalho. Começamos mais fortemente em 2021.
04:37Em 2022, reforçamos bastante com a ampliação da presença da ciência social,
04:42equipe de saúde, polícia municipal, polícia militar, polícia civil.
04:47E aí foi gradativamente diminuindo. Não quer dizer que resolveu.
04:50Não está resolvido. Vamos ter essa ilusão que resolvemos.
04:53A gente tem uma série de situações ainda para poder desenvolver.
04:57Mas aumentou muito aquelas pessoas que a gente conseguiu convencer para ir a tratamento.
05:04Como a gente pode ver, apesar do esvaziamento, ainda há viaturas da Guarda Civil Metropolitana
05:09aqui no local. São pelo menos quatro que estão trabalhando,
05:13mas nós não temos nenhuma pessoa, além de moradores, comerciantes e trabalhadores locais,
05:19passando, então, por essas ruas. Elas estão completamente vazias.
05:22Nesse contexto todo, é importante a gente tentar dissecar ponto a ponto
05:28para entender como que cada fator vai influindo um no outro.
05:31Não tem jeito, pessoal. Afinal de contas, é uma situação que vem se alastrando
05:35com diferentes abordagens de política pública, pelo menos desde o início dos anos 90,
05:40de Erundina, Anunes e todos os outros muitos prefeitos no meio do caminho.
05:44Vamos aqui com o Mano Ferreira. Isso vem também no contexto, né, Mano,
05:47que a gente repercutiu aqui, que aquele acordo do governo de São Paulo
05:51com os moradores da favela do Moinho, estabelecido, chancelado, validado ali no final de abril,
05:56houve já as primeiras famílias saindo da favela do Moinho, que para muitos
05:59é o ponto central ali do tráfico de drogas que abastecia a Cracolândia.
06:03Então, parece que há movimentos concretos e exitosos em curso, pelo menos é o que tudo indica, né?
06:08Longe de estar resolvido, mas, pelo visto, algo valoroso está sendo realizado.
06:14Pois é, Marinho. Problemas complexos como a Cracolândia, a gente precisa ter cautela
06:18antes de cravar que chegamos a uma solução, porque justamente são diversos os fatores
06:25e o comportamento desses usuários, ele é dinâmico.
06:29Vale contextualizar, esses usuários, eles estão ali de uma forma agregada,
06:36mas há uma espécie de ordem espontânea, né?
06:40Ou seja, não é que tem, eles não obedecem a uma ordem que vem de cima para baixo
06:46e todos têm exatamente o mesmo comportamento.
06:49Então, muitas vezes, quando há, é claro que existem fatores que os levam a se agregar
06:55em alguns lugares.
06:57Entre outros fatores, o próprio incentivo do tráfico, né?
07:00Então, o acesso à droga, quando ele é facilitado num lugar,
07:05é quase como um efeito de você colocar o açúcar e as formigas vão se aglomerar ali.
07:11Ou seja, ninguém está mandando nas formigas, mas elas estão sendo atraídas
07:16por aquela fonte de desejo, né?
07:19Para pessoas que estão numa situação de vulnerabilidade e vício.
07:23Quando você tem o desmantelamento de uma logística associada ao tráfico,
07:30que pode estar acontecendo com essa mudança na favela do Moinho,
07:34você desarticula um pouco essa rede.
07:37Mas aí, a gente precisa, de um ponto de vista de política pública,
07:41de cuidado com a cidade, de cuidado com as pessoas,
07:44fazer um mapeamento mais global.
07:46Porque me parece que há o alastramento de mini-cracolândias
07:52em outras regiões da cidade de São Paulo.
07:56Como embaixo de alguns viadutos.
07:58Aquele viaduto ali embaixo da Praça Roosevelt está cheio de usuários, por exemplo.
08:03Então, ou seja, o que é que eu estou dizendo?
08:07Mais do que termos resolvido a Cracolândia,
08:10o fato de o lugar onde a Cracolândia estava estar vazio,
08:14também nos leva à necessidade de fazer esse mapeamento.
08:19Onde estão os usuários?
08:21Qual a porcentagem de usuários que, de fato,
08:24está fazendo tratamento, está melhorando de vida,
08:27está num rumo de sair da dependência de drogas?
08:31Qual o nível de usuários que, na verdade, apenas se dispessou,
08:35mudou de lugar, como você desfez aquele fluxo da logística do tráfico.
08:41Naquela região, a coisa se espalhou e não está concentrada no único ponto.
08:46Ou seja, a gente precisa continuar apurando tudo isso
08:50e ir fiscalizando o trabalho das políticas públicas.
08:54Precisamente. Não poderia ser diferente.
08:55Jess Peixoto, a gente já vai estar aqui trazendo muito em breve
08:58o secretário de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo, Orlando Morando.
09:02Foi prefeito de São Bernardo.
09:03Dois mandatos. Confere, produção.
09:05Confere, minha querida delegada Raquel Galinati.
09:08Mas, Jess, quero te ouvir também.
09:09Até porque, enfim, são movimentos concretos,
09:12postos realmente de acordo com a própria Prefeitura,
09:16que vem comemorando que só em maio,
09:18notícia de uma semana atrás,
09:20a gente imagina que já tem aumentado até essa contagem,
09:23já está havendo recorde de atendimentos voluntários
09:26de pessoas realmente nessa situação
09:28que se zumbificaram, reduzidas a nada,
09:31só gerando caos de destruição por onde passam,
09:33principalmente para si mesmos.
09:35E aí que a gente pensa os direitos humanos de si mesmos
09:37e de todas as pessoas ali no entorno, né?
09:39Mas foram 60 atendimentos voluntários
09:41partindo das próprias pessoas nos CAPES,
09:43os Centros de Atendimento Psicossocial da Prefeitura.
09:46E, enfim, parece que são boas notícias
09:48se acumulando uma atrás da outra.
09:49Como é que você está vendo tudo?
09:51Com ressalvas, André,
09:52porque a realidade é que por mais que um dia
09:55a Rua dos Protestantes tenha amanhecido, esvaziada,
09:59que tenha tido esse fluxo para outros lugares,
10:01a realidade é que as drogas e a Cracolândia
10:06ela ainda é um problema dentro do Brasil,
10:08aqui dentro da cidade de São Paulo.
10:10Porque esses usuários, eles estão em algum lugar.
10:13Claro, a Prefeitura tem feito um bom trabalho,
10:16o Governo do Estado tem feito um bom trabalho
10:17em combater, por exemplo, o tráfico na região,
10:20que é um passo importantíssimo
10:23para realmente desarmar esse problema.
10:25E também com as casas de acolhidas,
10:27com os centros de reabilitação,
10:29outro passo fundamental,
10:31porque esse não é um problema só de segurança pública,
10:33esse é um problema de saúde também
10:34e deve ser interessado como tal.
10:36Então tem um bom trabalho.
10:37Mas a realidade é que um sistema muito difícil
10:40é onde novas células surgem
10:43nas mais variadas lugares da cidade.
10:45E estranha que do nada isso aconteceu.
10:48Então eu acho que também tem um trabalho
10:49de investigação dessas razões.
10:52O prefeito de São Paulo disse que foi pego
10:53com surpresa com essa notícia.
10:55Eu imagino que tanto a Guarda Civil
10:57quanto a APM está ali olhando bem isso,
10:59a Polícia Civil está olhando bem isso
11:01e vendo essas movimentações.
11:03E aqui, André, tem uma questão que você abordou,
11:06que é a questão da Favela do Moinho.
11:08Sim.
11:08E essa questão da Favela do Moinho,
11:10ela é tida pelas autoridades do Estado de São Paulo
11:13como um fator primordial
11:14para o combate ao tráfico de drogas
11:16e para endereçar problemas como a Cracolândia.
11:19Há cerca de um dia,
11:21o Governo Federal, ele caçou a sessão
11:23da Favela do Moinho ao Governo de São Paulo.
11:27E qual que foi a justificativa?
11:29Truculência, polícia, então todo esse discurso.
11:32Então, à luz do que está acontecendo agora,
11:34ainda tem essa situação entre o Governo Federal
11:37e o Governo do Estado de São Paulo
11:39em relação à Favela do Moinho,
11:41que estava ali tendo uma adesão muito alta
11:44voluntária de saída.
11:45Os dados afirmam que mais de 90% ali
11:48estaria tranquilo, estaria aceitando
11:51aquela solução, mas nesse momento
11:54houve essa sessão ali anunciada
11:56pelo Ministério da Gestão.
11:58Então, é toda uma configuração
12:00que a gente precisa ver,
12:02e é estranho isso,
12:03porque parece que, em vez de trabalhar,
12:05o Governo Federal trabalhar
12:06para ajudar o Governo de São Paulo
12:07a fazer um bom trabalho,
12:09aqui, nesse caso,
12:10eles estão colocando uma barreira
12:12para esse bom trabalho,
12:13para esse plano ser bem executado,
12:15mesmo diante dados que estão mostrando
12:17que, de fato, o plano tem funcionado,
12:19o que é lamentável.
12:20Eu espero e tenho certeza
12:21que falo pelos meus pares aqui,
12:23de coração,
12:24que essa nova tentativa
12:25de acabar com a Cracolândia
12:27e deixá-la como uma página
12:28trágica da história
12:29da cidade de São Paulo,
12:31não fique só no gogói,
12:33não fique só no paliativo,
12:34na coxa de retalhos,
12:35na maquiagem,
12:36porque de nada adianta você
12:37encerrar a Cracolândia
12:38como ela é tida e conhecida
12:40no momento,
12:41e dispersar para 10 outras
12:42zumbilândias menores
12:43ao longo da cidade.
12:45Mas, para realmente trazer clareza aqui,
12:47realmente entender o que está
12:48sendo empreendido, de fato,
12:50por quem realmente tem essa missão,
12:52ninguém melhor que o secretário
12:53de segurança urbana
12:54da Prefeitura de São Paulo,
12:55Orlando Morando,
12:56se juntando a nós aqui
12:57para um papo no Morning Show
12:58para ajudar exatamente
12:59o que está acontecendo, secretário.
13:01Obrigado pela presença.
13:02Como a gente colocou aqui,
13:04secretário,
13:05a gente nota que,
13:07desde Luísa Erundina,
13:08passando por Maluf,
13:09Pita, Marta,
13:10Serra,
13:11Cassab,
13:12Haddad,
13:12Dória,
13:13Covas e Nunes,
13:14não houve uma resolução
13:15por completo.
13:16Mas, os últimos movimentos,
13:18com recorde de apreensões,
13:19abordagens,
13:20mas também de acolhimento,
13:21parece que está indo
13:22na direção certa.
13:23Mas, como faz
13:23para só não ficar
13:24nessa dispersão geográfica
13:26que só vai agravar o problema
13:27e não resolvê-lo?
13:28Bom dia.
13:30André, Marinho,
13:31muito bom dia,
13:32muito obrigado pela oportunidade,
13:34complementando o Jess,
13:36a delegada Raquel
13:37e também o Mano Ferreira.
13:38Olha, primeiro,
13:39você reproduz aí
13:40um quadro de total realidade, né?
13:43Não é um problema simples,
13:45já se passaram
13:45várias administrações,
13:48dentre essas administrações,
13:50precisamos lembrar
13:51que uma tragédia
13:52foi feita no passado
13:53quando na gestão do Haddad
13:54criaram o Bolsa Crack.
13:56Olha que absurdo,
13:57no lugar de tratar as pessoas,
13:59preferiram dar benefício social
14:01que eles acabavam
14:02usando recursos
14:03para comprar a droga.
14:04Então,
14:05esse problema,
14:06infelizmente,
14:06foi alimentado
14:07ao longo de várias gestões
14:08e efetivamente,
14:10agora,
14:10o prefeito Ricardo Nunes
14:12e o governador Tarcísio
14:13uniram forças
14:15para buscar
14:16uma solução
14:18que não é simples.
14:20Eu estou à frente
14:20da secretaria
14:21desde 1º de janeiro
14:23e a gente trata
14:24esse tema
14:24quase que diariamente.
14:27Não vou aqui
14:27ser abusivo
14:28em falar todos os dias,
14:29mas para se ter uma ideia,
14:31tem uma reunião semanal
14:32onde reúne
14:33o vice-governador,
14:34o Felício,
14:35o vice-prefeito
14:36Coronel Mello,
14:37os secretários responsáveis
14:39para a gente tratar
14:40exclusivamente
14:41sobre as cenas
14:44abertas de uso.
14:45O que a gente
14:46vem trabalhando
14:47e recolhendo resultados
14:49desde fevereiro
14:50é, sim,
14:51um aumento
14:52de pessoas
14:53que aceitaram
14:53o tratamento,
14:55que diariamente
14:55buscam as internações.
14:57Então,
14:58esse é o primeiro fato
14:59verdadeiro
15:00e uma realidade.
15:02Contra fatos
15:03não tem contra-argumento.
15:05Isso é um fato
15:06que vem acontecendo.
15:07Segundo,
15:07a presença
15:09mais ostensiva
15:10das forças de segurança,
15:12tanto da nossa
15:13Guarda Municipal
15:14quanto da Polícia Militar.
15:16Terceiro,
15:17um volume de droga
15:18apreendidos
15:19como nunca havia existido
15:20sendo feito
15:21pela Polícia Civil,
15:23pela Polícia Militar
15:24e pela nossa GCN.
15:25E agora,
15:27nos últimos dias,
15:28realmente a gente
15:30tem percebido
15:31uma diminuição
15:32do tráfico
15:33em toda a região.
15:35E o porquê
15:36que a partir de sábado
15:37teve esse esvaziamento?
15:39Foi exatamente
15:40concomitante
15:41com a intervenção
15:43que está sendo feita
15:44dentro da favela
15:46do Moinho,
15:47que historicamente
15:48todos que acompanham
15:49esta tragédia social
15:51que é as cenas
15:52abertas de uso,
15:53conhecida como Cracolândia,
15:54sabe que o tráfico
15:56da favela do Moinho
15:58é que historicamente
15:59alimentava,
16:00infelizmente,
16:01a rua dos protestantes.
16:02Então,
16:03quando você interrompe
16:04o grande fornecedor
16:05e essa interrupção
16:07vem se dando fortemente
16:08desde o começo do ano.
16:10No mês passado,
16:11a nossa GCN
16:12prendeu três balanças
16:13digitais,
16:14pedras grandes de Cracolândia
16:16que seriam
16:16comercializadas
16:18ali dentro.
16:19Então,
16:19tem ações transversais
16:21sendo feitas
16:22pela administração municipal,
16:24pela administração
16:25do governo do Estado
16:27que vem combatendo.
16:28E quando você consegue
16:30interromper
16:31o fornecimento
16:32da droga,
16:34obrigatoriamente
16:35o usuário,
16:37que é com quem
16:37nós temos
16:37uma enorme preocupação
16:39em recuperar
16:39essas vidas,
16:40ele procura historicamente
16:42o atendimento médico,
16:44porque a abstinência
16:45faz com que ele
16:46procure o tratamento.
16:48Ele não encontrou a droga,
16:50não está conseguindo
16:51comprar,
16:52muito menos usar.
16:52e naturalmente
16:54ele aumenta
16:55a sua demanda
16:56por isso.
16:57Quero aqui
16:58parafrasear
16:59o prefeito
16:59Ricardo Nunes,
17:00nós temos convicção
17:01de que o problema
17:02não está resolvido
17:04definitivamente,
17:06mas não podemos
17:07negar que nós
17:08estamos neste momento
17:10vencendo
17:11a batalha
17:12dentro desta guerra
17:14que não acabou.
17:15Agora,
17:16tem uma parte
17:17triste da imprensa
17:18que parece que torce
17:20pela Cracolândia,
17:21onde eu falei
17:22com diversos jornalistas
17:23e a maioria deles
17:25assim,
17:26aonde estão
17:26os usuários?
17:27Teve um que eu falei,
17:28se você identificar
17:29me conta.
17:30Quer dizer,
17:30também tem um ponto
17:32de que melhorou
17:33a assistência social,
17:34melhorou a assistência
17:36médica
17:36e tem uma ação
17:37integrada,
17:38uma ação integrada
17:39para realmente
17:40buscar
17:41uma nova vida
17:42para essas pessoas,
17:44proteger o comércio
17:45da Santa Efigênia,
17:47não permitir
17:47que novos pontos
17:48se acumulem.
17:49André,
17:50usuários,
17:51nós vamos ter,
17:52toda cidade grande
17:53tem usuário de droga,
17:54infelizmente.
17:55Você vê isso
17:55em Nova York,
17:57você vê isso
17:57na Europa,
17:58você vê isso
17:59em diversos lugares
18:00do mundo,
18:00né?
18:01O que não pode ter
18:02é uma zona franca,
18:04como existia em São Paulo
18:06e não existe mais,
18:07aonde naquele
18:08quadrilátero
18:09da cidade
18:09passava-se a impressão
18:11que todo mundo
18:12podia ir lá
18:12usar a droga
18:13que estaria acima
18:14da lei.
18:15Então,
18:16o que nós estamos
18:16trabalhando
18:18de maneira
18:18muito acentuada
18:19é para tirar
18:21este ambiente
18:22hostil
18:22que era
18:23a rua
18:24dos protestantes,
18:26um lugar
18:26que eu visito
18:27diariamente,
18:28tenho até
18:28por obrigação
18:29fazer isso.
18:30E por vezes
18:31a gente
18:32se sentia
18:33desanimado,
18:33né?
18:34Desde fevereiro,
18:36a gente percebeu
18:37claramente
18:38que a insistência
18:39nas forças
18:40de segurança
18:41coibir a chegada
18:42de droga
18:43e oferecer
18:44uma nova vida
18:46para essas pessoas
18:47é buscar sim
18:48uma solução
18:49buscando um fim
18:51que ainda
18:52nós não vemos
18:52ele próximo
18:53para uma solução
18:54definitiva
18:55do problema.
18:56E eu estou
18:56muito confiante
18:57de que nós demos
18:58o passo
18:59mais importante
19:00para por fim
19:02as cenas
19:02abertas de uso.
19:03Tem muito
19:04por fazer ainda,
19:05mas temos a certeza
19:06de que estamos
19:06no caminho certo.
19:07As imagens
19:08não nos deixam
19:09mentir
19:09ou não restam
19:10dúvidas.
19:11Rua dos Protestantes,
19:12esquina ali
19:12com a Rua dos Gusmões
19:13também dispersadas,
19:15vazias praticamente.
19:17Agora fica aquela
19:18história, né Mano Ferreira?
19:19Não dá para também
19:19você tirar o ar
19:21de um lado do balão
19:22porque vai encher
19:22do outro lado.
19:23Então a gente tem
19:23que tomar cuidado
19:24para não haver
19:25essa dispersão
19:25e ter muita clareza
19:26em qual esforço
19:27que está sendo empreendido
19:28como o secretário
19:29está trazendo aqui,
19:30mas a palavra é sua
19:30para a gente seguir
19:31explorando no detalhe.
19:32Secretário,
19:33em primeiro lugar,
19:33obrigado por estar
19:34aqui com a gente
19:35conversando sobre um tema
19:36tão importante
19:37e que do ponto de vista
19:37de política pública
19:38é tão complexo, né?
19:39Não tem espaço
19:40para populismo
19:41num tema tão complexo
19:42como esse.
19:43Parabéns por essa
19:44abordagem multifatorial.
19:46A minha pergunta é
19:47não há dúvida
19:48de que aquele ponto
19:50era a maior
19:52cracolândia
19:53que nós tínhamos
19:53e uma grande
19:54preocupação
19:55para todo cidadão
19:56de São Paulo.
19:57Mas também já há
19:58muitos outros pontos
20:00na cidade,
20:02por exemplo,
20:02embaixo de viadutos,
20:04aquele viaduto ali
20:04da Praça Roosevelt,
20:05por exemplo,
20:06é um dos lugares
20:07onde a gente tem
20:08em menor volume,
20:10em menor quantidade,
20:11pessoas que estão
20:12aglomeradas
20:13numa situação
20:14também parecida,
20:16de cena aberta
20:17de uso.
20:17A minha primeira
20:18pergunta é,
20:19a prefeitura
20:20tem um mapeamento
20:21de quantos,
20:22digamos assim,
20:23pontos de
20:24menos volume
20:26de pessoas,
20:27mas preocupante,
20:28porque se não
20:29houver um trabalho
20:30continuado,
20:31isso pode acabar
20:32se ampliando,
20:33ainda mais
20:34num contexto
20:35de dispersão,
20:36como estava
20:36falando o Marinho,
20:37ou seja,
20:38qual o mapeamento
20:39hoje da prefeitura
20:40a respeito
20:40de outras cenas
20:41abertas de uso?
20:44Mano,
20:45a sua pergunta
20:45é muito importante,
20:48especialmente
20:48naquela parte
20:50sobre,
20:50debaixo da Praça
20:51Rússio,
20:52que faz a conexão
20:53com a parte
20:54baixa do Minhocão.
20:55Primeiro,
20:56nós já antecipamos,
20:57e se você observar,
20:58tanto que foi polêmica,
20:59o Coronel Melo,
21:01que tem liderado
21:02este processo,
21:03o vice-prefeito,
21:04anunciou que vagas
21:05de estacionamento
21:06seriam abertas ali.
21:07Então,
21:07a gente tem mantido
21:08um policiamento
21:09ostensivo 24 horas
21:11naquela região,
21:12não apenas
21:13para não permitir
21:14a concentração
21:15de usuários de droga,
21:16mas também não permitir
21:17que as pessoas ali
21:18depositem inservíveis
21:20e principalmente
21:21em Túlio.
21:22Se você olhar,
21:23ali estava uma região
21:23muito ruim,
21:25feia,
21:25até sugeria ao Coronel Melo
21:27que faça pintura
21:28de toda aquela parte
21:29sob o Minhocão
21:32conhecido elevado,
21:33exatamente para a gente
21:34mudar a condição urbanística.
21:36Quando você melhora
21:37a condição urbanística,
21:38naturalmente,
21:39você impõe
21:41que as pessoas
21:41não se concentrem
21:42de maneira equivocada
21:43naquele local.
21:44Respondendo a sua pergunta,
21:46a gente tem áreas
21:46mapeadas, sim,
21:48um dos pontos
21:48é a Avenida Roberto Marinho,
21:50que a gente também
21:50monitora,
21:52e outros pontos
21:52da cidade.
21:53O que a gente tem
21:54que fazer é uma separação
21:55do que é
21:56uma cracolândia,
21:57como essa que existia,
21:59as cenas abertas de uso
22:00aí na Rua dos Protestantes,
22:02esquina com a Gusmões,
22:03aonde ficava claro
22:05que as pessoas
22:06iam para lá
22:07alusar
22:07porque ali
22:08tinha a venda.
22:09Além disso,
22:10as pessoas ali
22:11viviam.
22:12Era permitido
22:12barracas,
22:13acomodações,
22:15um ambiente
22:15extremamente
22:17impróprio
22:18para um ser humano
22:18viver.
22:19Nós estamos
22:20seduzindo
22:22essas pessoas,
22:23essa é a melhor palavra,
22:24convencendo
22:25essas pessoas
22:26de que existe
22:27uma vida melhor.
22:28E o mesmo
22:29nós estamos fazendo
22:30em outros pontos.
22:31Então,
22:32além da ação integrada
22:33de proteção
22:34através das forças
22:35de segurança,
22:36é oferecer assistência.
22:38Se você observar,
22:40não tem nenhum vídeo
22:41reproduzindo
22:42qualquer ato
22:42de violência
22:43para inibir
22:45usuários ali
22:46na Protestantes.
22:47O que nós temos
22:47é cuidado,
22:49ostensividade
22:50para não deixar
22:51entrar em ser vives
22:52armas
22:52e principalmente
22:53a droga.
22:54e esta mesma ação
22:56nós estamos fazendo
22:57com as patrulhas
22:58da Polícia Militar,
23:00da GCM,
23:02com o apoio
23:02da Polícia Civil
23:03em toda a região.
23:04Se você olhar
23:05o patrulhamento
23:06que tem
23:07em toda
23:07Santa Efigênia,
23:09ele não é diferente
23:10do que você tem
23:10no entorno
23:11da Protestantes.
23:13Então,
23:13é uma ação
23:13pensada,
23:15é uma ação
23:15deliberada
23:16pelo comitê
23:17que a gente
23:17tem feito
23:18com critério,
23:19com muita
23:19responsabilidade
23:20para exatamente
23:22inibir
23:22e não permitir
23:23o espalhamento.
23:25Secretário Orlando Morando,
23:26a gente segue aqui
23:26para a pergunta final
23:27da nossa entrevista
23:28com a delegada
23:28Raquel Galinati.
23:29Vamos lá.
23:30Secretário Orlando,
23:31parabéns para você,
23:32para o prefeito
23:32Ricardo Nunes
23:33e também
23:33para o coronel
23:34Melo Araújo,
23:35vice-prefeito.
23:36E é excelente
23:37o que foi falado
23:38agora por você,
23:39essa atuação policial,
23:40tanto da Polícia Municipal,
23:42da Polícia Militar,
23:43da Polícia Civil,
23:43em situações
23:44de práticas criminosas
23:46como a Cracolândia.
23:47Não só o uso de drogas,
23:48mas o tráfico de drogas.
23:49É uma abordagem
23:50completamente diferente
23:51quando a gente fala
23:52em vulnerabilidade social.
23:53E nesse sentido,
23:54a cidade de São Paulo
23:56detém programas
23:57de reabilitação
23:58daqueles que são usuários
23:59para que eles possam ali
24:01ser inseridos
24:02na vida
24:03de forma
24:03a ter dignidade?
24:05Essa é a minha
24:06última pergunta.
24:07E parabéns mais uma vez,
24:08é um exemplo para o Brasil.
24:10Doutora Raquel,
24:11tem programas
24:11de assistência médica,
24:13sim.
24:14Primeiro,
24:14para a gente buscar
24:15um caminho
24:15para tirar
24:16essa pessoa
24:16da dependência.
24:18Depois,
24:18você tem
24:19o trabalho social
24:20e, efetivamente,
24:22um programa
24:23criado pelo prefeito
24:24Ricardo Nunes,
24:25que é o POT,
24:26que é um auxílio financeiro
24:28para estimular
24:29essas pessoas
24:30a trabalhar
24:30para a própria prefeitura
24:32enquanto eles
24:34arrumam
24:34outro emprego
24:35na iniciativa privada.
24:37Então,
24:37se você olhar,
24:38são quatro ações
24:39deliberadas.
24:40Primeiro,
24:40as forças de segurança
24:41para inibir o tráfico
24:43e não se permitir
24:44um consumo deliberado
24:45em qualquer ponto
24:46da cidade.
24:47Depois,
24:47é um encaminhamento
24:48médico
24:49para buscar
24:50uma solução
24:50para essa pessoa
24:51deixar a dependência,
24:53o que não é fácil.
24:55Depois,
24:55o trabalho social
24:56e, por último,
24:58a oportunidade
24:59de emprego
25:00e, aí,
25:00efetivamente,
25:01uma nova vida.
25:02Então,
25:03você tem um ciclo
25:04completo
25:05criado pela
25:06prefeitura de São Paulo,
25:08eu insisto,
25:08com o apoio
25:09do governo do estado,
25:10liderado
25:11de maneira
25:12muito contundente,
25:13é uma obsessão
25:14do prefeito Ricardo Munes,
25:16dar assistência
25:16às suas pessoas,
25:17dar o cuidado.
25:18Porém,
25:19doutora Raquel,
25:19a gente não pode
25:20deixar de fazer
25:21a crítica.
25:23Eu estou
25:23indo para seis meses
25:25cuidando diariamente
25:26do tema.
25:27Foi ter essa intervenção
25:29dentro da favela
25:30do Muinho,
25:31espantando,
25:32literalmente,
25:32prendendo traficantes?
25:34Ontem,
25:35nós vimos a turma
25:36do PSOL lá
25:37com a narrativa
25:38de dar apoio social.
25:40Quer dizer,
25:41parece que quando
25:42a gente consegue
25:43encaminhar
25:44para Porfirio
25:45na Cracolândia,
25:46acabar com o tráfico,
25:47uma força reacionária
25:49sempre aparece
25:50para atrapalhar
25:51e criar dificuldade,
25:53inclusive liderado
25:54pelo Guilherme Boulos,
25:55que foi o adversário
25:57derrotado pelo prefeito
25:58Ricardo Munes
25:59nas últimas eleições.
26:00Então,
26:01aquilo que para a maior
26:02parte da sociedade
26:03é óbvio,
26:04tratar,
26:04cuidar,
26:05apender traficante,
26:06muitas vezes
26:07não é óbvio
26:07para alguns partidos
26:08políticos,
26:09lamentavelmente.
26:10Mas nós vamos
26:11continuar o nosso trabalho,
26:12liderado pelo prefeito
26:14Ricardo Munes,
26:15para buscar, sim,
26:16dar uma nova vida
26:17para essas pessoas
26:18e devolver o urbanismo
26:20e o convívio social
26:21e a ordem pública
26:23em toda a região
26:24da Santa Efigênia.
26:26Esse foi o secretário
26:27de Segurança Urbana
26:28da Prefeitura de São Paulo,
26:29Orlando Morando,
26:30se juntando a nós aqui,
26:30trazendo os esclarecimentos
26:31em caráter oficial,
26:33aí com a autoridade
26:34que ele tem hoje
26:35nessa função importante.
26:37E a gente realmente
26:38só espera,
26:39realmente para fazer valer
26:40o lema da nossa bandeira,
26:41porque não,
26:42um pouquinho mais de ordem
26:42e progresso
26:43nas vidas,
26:45em tantas vidas,
26:46tão sofridas,
26:47que foram tomadas
26:49pelo regresso,
26:50a verdade é essa.
26:51E ir contra
26:52todos aqueles fotógrafos
26:54da miséria,
26:55aquele pessoal
26:55que quer ficar tirando
26:56foto disso,
26:57quer ficar colocando
26:58como se fosse
26:59num museu
27:00do sofrimento alheio
27:01para poder satisfazer
27:03o próprio ego
27:03e achar que tem
27:04o coração bonzinho.
27:05Aí não dá.
27:06Nesse sentido,
27:07a gente está
27:07na mesma página.
27:08Fala por mim,
27:09secretário.
27:09Obrigado pela presença aqui.
27:12Bramarinho,
27:12muito obrigado a você,
27:13aos participantes,
27:14todos que acompanham
27:15o Morning Show
27:15da Jovem Pan,
27:17me colocando sempre
27:17à disposição de todos vocês.
27:18Muito obrigado
27:19pela oportunidade.
27:21Receito o que é verdadeiro.
27:22Obrigado, secretário.
27:23A gente segue adiante
27:23aqui com o nosso Morning Show
27:24pessoal.
27:25Não sei antes,
27:25fazer um rápido break
27:26só para quem está nos ouvindo
27:27pela rede Jovem Pan
27:27de rádio.
27:28Morning Show volta já já.
27:30Chespechoto,
27:30quero muito ouvir
27:31teu comentário aqui também
27:32sobre tudo que foi colocado,
27:34especialmente sobre essa parte
27:36realmente desses setores
27:37da imprensa
27:38que não resistem
27:40em tentar colocar
27:41a Cracolândia
27:41de alguma forma
27:42como, não sei,
27:43um movimento de resistência
27:44territorial urbana
27:45quando, na verdade,
27:47o que eles querem
27:48não é serem citados,
27:49eu digo os cracudos,
27:51os usuários de crack,
27:52serem os craqueiros,
27:54serem citados
27:54num TCC
27:56de pós-graduação
27:57de sociologia,
27:57eles querem cama,
27:58comida
27:59e realmente uma chance
28:00de virar esse jogo.
28:01Não, sim, André,
28:02eu lá atrás
28:03eu tive um trabalho
28:04com jovens,
28:06com pessoas que estavam
28:06aí na reabilitação
28:08e no final do dia
28:09eu acho que o que a gente
28:10tem que notar
28:10é que o trabalho
28:11de reabilitação
28:12ele inclui, sim,
28:14um papel muito importante
28:16do Estado
28:16que é ter centros
28:18de reabilitação
28:19que tenham qualidade,
28:21que tenham ali
28:22sua eficiência
28:22em que essas pessoas
28:23possam se reabilitar,
28:25mas exige um trabalho
28:26também de convencimento,
28:27porque, como a gente sabe,
28:29aqui no Brasil
28:30a situação da internação
28:31involuntária,
28:32da internação forçada
28:34é muito difícil,
28:35é muito raro
28:36que a gente veja
28:37decisões judiciais
28:37que levem a isso,
28:39mas a realidade é
28:40estas pessoas
28:41elas estão doentes
28:42e me impressiona muito
28:44quando eu vejo
28:44um partido,
28:45um partido,
28:46principalmente os partidos
28:47de esquerda
28:47que quase querem
28:49defender o direito ao acesso,
28:51o secretário
28:51mencionou muito bem
28:53o programa
28:53enquanto prefeito
28:54do Fernando Haddad
28:56que foi um programa
28:57que fez o custo,
28:59que fez até o valor
29:00do crack
29:01ser inflacionado,
29:02por quê?
29:03Porque todo mundo
29:04tinha suporte ali,
29:06pegava aquele valor
29:07e comprava em droga,
29:08ah, mas eles,
29:10a gente tinha expectativa
29:11que eles iam comprar alimentos,
29:12outras coisas,
29:13eles são viciados,
29:15você não pode ter
29:15esse tipo de expectativa,
29:17e eu acho que esse é um ponto
29:18que a gente tem que marcar aqui
29:20que é,
29:20a prefeitura
29:21e o governo do estado
29:22estão fazendo um ótimo trabalho
29:23nesse momento,
29:24que esse ótimo trabalho
29:25não seja interrompido
29:26por um novo governo,
29:28porque essa é a história
29:29do problema da Cracolândia,
29:31vem governo,
29:31vem novo programa,
29:32vem governo,
29:33vem novo programa,
29:33vem cada governo,
29:35cada prefeitura
29:35é um novo programa,
29:36não tem política de estado
29:38e sem política de estado
29:39não se combate problema nenhum,
29:41então vamos dar continuidade
29:42aos bons programas
29:44e reconhecer os avanços,
29:46ah, mas tem um excesso,
29:47ah, mas tem um problema,
29:48ah, mas não é perfeito,
29:49bem-vindo ao mundo real,
29:50no mundo real
29:51as coisas não são perfeitas,
29:52e eles precisam pegar
29:54essas melhorias sugeridas,
29:56que são diversas,
29:57que são importantes,
29:58em que a sociedade civil
29:59tem um papel
30:00endereçando,
30:01mas não existe
30:02resposta perfeita pronta,
30:04como sociedade
30:05a gente precisa entender
30:06que problemas vão acontecer
30:08e cabe aos órgãos competentes
30:10endereçá-los.
30:12É isso aí, pessoal,
30:13enquanto a prefeitura
30:14e as autoridades constituídas
30:15estão aí botando o pé na lama,
30:17botando o braço ali no concreto
30:18e tentando realmente resolver,
30:20ou pelo menos desarmar
30:20essa bomba que está aí engatilhada
30:22ali no centro histórico
30:24de São Paulo
30:24há quase 40 anos,
30:26enfim,
30:27a gente realmente tem que vir,
30:28tem que lidar ainda
30:29com certos setores
30:30acanalhados da imprensa nacional,
30:32que ficam ali
30:33esses jornalistas de ar-condicionado
30:34e colunistas sociais
30:35achando que trata-se
30:37de um território
30:38de resistência urbana.
30:39Não é resistência
30:40coisíssima nenhuma,
30:41é miséria,
30:42não é cultura alternativa,
30:43Mano Ferreira,
30:44é realmente o fim
30:45da dignidade
30:46que restou dessas pessoas.
30:47Então algo precisa ser feito,
30:49porque elas só querem
30:49cama, comida, tratamento
30:50e uma chance
30:51de virar esse jogo.
30:52Não poderia ser diferente,
30:53mas claro,
30:53quando tiver o excesso,
30:54a gente vai estar aqui
30:55expondo, fiscalizando
30:56e cobrando.
30:56Pode ter certeza
30:57nesse sentido
30:58e nesse sentido
30:59vocês podem contar
31:00invariavelmente
31:01com nós aqui
31:02no Morning Show
31:02e na Jovem Pan.
31:0310 horas e 33 minutos.
31:05Falando ainda
31:05da segurança urbana,
31:06Mano, pode comentar
31:07e a gente segue a gente.
31:07É muito curto,
31:09é muito fácil sonhar
31:10no pesadelo dos outros.
31:12Essa frase
31:13é do escritor
31:13Samarone Lima
31:14depois de uma viagem
31:16que ele fez a Cuba
31:17e eu acho que se aplica
31:18muito bem
31:18em parcelas
31:20da esquerda brasileira
31:21que adoram sonhar
31:22no que é o pesadelo
31:24dos outros,
31:24romantizando a miséria,
31:26o sofrimento
31:27e o momento ali
31:29de maior vulnerabilidade
31:30social
31:31e sofrimento
31:32de famílias
31:34inteiras
31:35que ficam
31:36despedaçadas
31:37por uma condição
31:38de dependência
31:39de um integrante
31:41e que precisa,
31:43portanto,
31:44de apoio.
31:46Difícil de discordar
31:47baita frase
31:47que traz ele
31:48pelo Mano Ferreira.

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