Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, o professor de Relações Internacionais Danilo Porfírio de Castro Vieira analisou o possível encontro entre Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, previsto para ocorrer na Turquia. A reunião, mediada por Recep Tayyip Erdogan, pode representar um passo decisivo para o fim da guerra na Ucrânia.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/Vh13zchipVY

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalJP

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00O encontro na Turquia pode selar uma possível trégua ou cessar fogo na Ucrânia.
00:05O presidente falou de Mirzelense, que afirma que só participa da reunião
00:08se Vladimir Putin estiver presente.
00:11O nosso entrevistado agora, professor de Direito e Relações Internacionais,
00:15Danilo Porfirio de Castro Vieira.
00:17Uma honra receber o senhor aqui, professor, mais uma vez.
00:19Boa noite, bem-vindo.
00:21Eu que agradeço, meu caro Tiago, e estamos à disposição.
00:25Bom, professor, tem esses dois pontos, né?
00:27Primeiro, que o Zelensky disse que só participa dessa reunião ainda nessa semana na Turquia
00:32se o presidente Vladimir Putin for.
00:35E o governo da Ucrânia disse que, pelo menos, pediu para o Brasil intermediar
00:41para ver se o presidente da Rússia esteja presente ou estará presente nessa reunião dessa semana.
00:47Por que a Ucrânia está, obviamente, cobrando a presença de Vladimir Putin?
00:52Será que há uma possibilidade de um cessar fogo?
00:55Ou, finalmente, o término dessa guerra que já passa de três anos, professor?
01:01A Ucrânia, por mais de uma vez, né, Tiago, busca fazer exigências para o acordo de cessar fogo
01:11ou para se sentar na possibilidade da constituição de um futuro processo de pacificação?
01:21Entretanto, há sempre uma não correspondência a essas exigibilidades
01:28e, com eles, o quê?
01:30Novas, vamos dizer, reivindicações.
01:33Nós começamos com a primeira reivindicação do Zelensky,
01:35que só tentaria a mesa se tivesse um cessar fogo.
01:40Agora, já não.
01:42Porque o processo de cessar fogo só vai acontecer em função de uma mediação
01:47e agora se exige a presença do presidente.
01:51Existe uma ideia, por parte do presidente Zelensky,
01:55que a situação de pacificação passa por um diálogo franco
02:00entre Putin e o presidente ucraniano.
02:05Entretanto, essa situação já ocorreu em tempos passados
02:10e o que nos parece é que toda vez que Zelensky e Putin sentaram a mesa em diálogo,
02:17houve um certo aborrecimento ou insatisfação por parte do presidente russo.
02:24Eu não sei se isso acontecerá, não é?
02:28Mas, entretanto, isso mostra, sim, um empenho por parte da Turquia,
02:35um empenho dos próprios norte-americanos
02:38em se tomar uma situação, pelo menos provisória, de pacificação
02:43e também mostra um certo protagonismo brasileiro nesse processo.
02:49Ou seja, o Brasil é reconhecido como um país
02:52que é ouvido dentro do palco internacional
02:58e isso é reforçado com esse processo de aproximação muito forte e institucional,
03:05como uma parceria estratégica entre o Brasil e a Rússia
03:10e o Brasil e, obviamente, com a China que nós percebemos aí.
03:15Então, vamos contar aí com o placê, o consentimento de Putin,
03:23mas acredito eu que as negociações se iniciarão o mais breve possível,
03:29pois a Ucrânia está numa situação muito complicada.
03:32Professor Danilo pergunta aos nossos comentaristas.
03:34O Nelson Kobayashi faz a próxima.
03:36Nelson.
03:36Professor, um prazer te receber aqui no Jornal Jovem Pan.
03:40Boa noite.
03:41A pergunta é em relação ao Trump, que lá atrás foi o grande mediador,
03:44se colocou como aquele que solucionaria esta crise entre Ucrânia e Rússia.
03:50E agora, nesse momento, como é que fica o presidente americano?
03:52O presidente Kobayashi, primeiro, boa noite.
03:57O presidente Kobayashi, ele trabalha com retóricas, não é?
04:03Com retóricas fortes, com retóricas virizes.
04:07Trump trabalha com retóricas impactantes.
04:09Isso nem sempre corresponde à realidade, à real política.
04:15Entretanto, isso não significa que o governo americano
04:19esteja menos ou mais empenhado nesse processo.
04:23Os americanos estão comprometidos, sim.
04:26Entretanto, modularam, vamos dizer assim,
04:30a sua ação no processo de mediação.
04:34Inicialmente, havia uma impressão
04:37que os americanos estavam alinhados
04:41dentro de uma condição incondicional
04:44a um posicionamento pró-rússia,
04:47enfraquecendo a Ucrânia.
04:49E aí percebemos que Trump coloca freios
04:54e estabelece uma certa retórica
04:59de solidarização ao governo Zelensky,
05:03obviamente acompanhado com tratados e acordos
05:07de cooperação e de exploração de minerais na Ucrânia.
05:13Então, o que nós vamos perceber aqui
05:16é que Trump age,
05:18mas age agora contando com certas parcerias,
05:24entre eles o retorno do papel mediador
05:27do governo turco nesse, vamos dizer aí,
05:31processo de acomodação.
05:33Professor, agora a pergunta de Cristiano Vilela
05:36aqui nos nossos estúdios.
05:37Vilela.
05:37Professor, boa noite.
05:39Professor, o Brasil divulgou, juntamente com a China,
05:42uma declaração em apoio a essa eventual reunião
05:46entre Putin e Zelensky,
05:49no sentido de procurar um caminho para a paz.
05:51Essa medida ou o Brasil tem algum papel relevante nessa costura
05:57e o fato dessa ida recente do presidente Lula à Rússia,
06:01num momento bastante questionado, inclusive internacionalmente,
06:05é algo que de alguma forma enfraquece um papel
06:07que o Brasil poderia ter nessa construção da paz?
06:10Vilela, pelo contrário,
06:13Eu acredito que hoje o Brasil reafirma um processo
06:19de parceria estratégica com a China e com a Rússia.
06:24Não é à toa que Lula foi às comemorações
06:29do dia da vitória patriótica,
06:33que é a vitória da Segunda Guerra Mundial
06:36no lado outrora soviético.
06:39Como também percebemos que o papel de protagonismo
06:42do Brasil se mostra pelo apelo do governo ucraniano
06:47junto ao governo russo, ou seja,
06:50o Brasil intermedia isso.
06:52E, obviamente, nós temos uma tradição diplomática
06:57de moderação e de composição,
07:00que reforça aí a nossa importância.
07:03Volto a insistir.
07:06Observamos, principalmente diante
07:09de certas frustrações, ao meu ver,
07:14dentro da política internacional norte-americana
07:18no governo Trump,
07:20houve certas medidas equivocadas.
07:25Nós percebemos que agora
07:27países que fazem parte
07:31dessa nova opção de alinhamento político,
07:35que são os BRICS,
07:36eles vão o quê?
07:37Se fortalecer e se alinhar ainda mais,
07:41obviamente,
07:42sobre protagonismo chinês e russo.
07:44E o Brasil tem um papel importante nisso.
07:47Professor Danilo,
07:47uma última questão que eu faço para o senhor
07:49em relação à guerra tarifária.
07:52A gente vê agora
07:53o recuo do presidente dos Estados Unidos
07:55e esse acordo com a própria China.
07:58Claro que, como estava,
08:00não dava para ficar.
08:01Agora, uma visão interessante
08:02que surgiu nessa semana
08:04é que os países aqui da América do Sul,
08:06América Latina como um todo,
08:07estão preocupados
08:08porque viam nesse talifácio
08:11uma oportunidade de negociar
08:13principalmente com a China,
08:13tanto é que o presidente dos Estados Unidos,
08:15o presidente Lula,
08:16está lá na China
08:18fazendo essas negociações.
08:20O senhor acha que essa visão
08:21realmente é verdadeira?
08:24Ou seja,
08:24há um prejuízo,
08:25mas, de uma certa maneira,
08:27da forma como estava,
08:29não tinha como seguir.
08:30Era uma guerra tarifária absurda,
08:32maluca.
08:34O Trump equivocou.
08:36O governo de Trump
08:37foi extremamente,
08:39vamos dizer,
08:40impulsivo.
08:42Eu entendo que, talvez,
08:44eles tiveram, Thiago,
08:46uma intenção de mostrar
08:49que essa política de tarifácio
08:53não era destinada necessariamente
08:57a um único país,
08:59mas a todo o palco econômico global,
09:03todo o espaço global,
09:06dando uma noção de,
09:08vamos dizer,
09:10de pretenimento
09:12dentro das relações comerciais globais
09:15aos interesses norte-americanos.
09:18Entretanto,
09:18fica bem claro
09:20que a China
09:22possui uma relação
09:25imprescindível
09:27de acesso
09:28a bens,
09:29a recursos
09:30manufaturados
09:32ou não
09:32ao mercado americano.
09:36E os chineses,
09:37e isso que os americanos
09:39não contavam,
09:40é que os chineses
09:42têm uma noção
09:43de tempo,
09:45vamos dizer,
09:46próprio da índole
09:48taoísta,
09:49própria da índole
09:50confucionista
09:51da cultura chinesa,
09:54em que eles
09:55esperaram
09:57uma situação
09:58de aflição
10:00do próprio mercado
10:02norte-americano.
10:03E isso fez com que
10:05Trump
10:05revesse a situação.
10:07Mas em casos
10:08ainda
10:09pontuais.
10:10então eu não vejo
10:12necessariamente
10:13uma situação
10:15de perda
10:17de oportunidades
10:18por parte
10:19de outros
10:20países.
10:21Pelo contrário,
10:22eu vejo
10:23um fortalecimento
10:25na expansão
10:27das ações
10:29econômicas
10:29chinesas,
10:30inclusive
10:31no espaço
10:33latino-americano.
10:34Espaço
10:35que não é novidade,
10:37a presença
10:37chinesa,
10:38mas que se
10:39intensificará
10:40cada vez mais.
10:42Ou seja,
10:43o processo
10:44de protagonismo
10:45chinês
10:46ainda
10:47se desenvolverá.
10:49Professor Danilo
10:50Porfírio de Castro Vieira,
10:52de Relações Internacionais
10:53e também de Direito
10:54Internacional,
10:55muito obrigado,
10:55como sempre,
10:56pela atenção,
10:56professor,
10:57e volto sempre.
10:57Um abraço.
10:59Muito obrigado,
10:59meu caro.
11:00Obrigado.
11:01Obrigado.
11:02Obrigado.
11:03Obrigado.
11:04Obrigado.
11:05Obrigado.
11:06Obrigado.
11:07Obrigado.

Recomendado