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Com a pressão da guerra tarifária dos EUA, o Brasil surge como fornecedor estratégico de minerais críticos. Dennis Glória, diretor da Falconi, detalhou os investimentos de US$ 68 bilhões até 2029 e os desafios logísticos e regulatórios para atender à nova demanda global.

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Transcrição
00:00A guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode impulsionar o setor de mineração no Brasil.
00:08O foco deve ser aumentar os investimentos em eficiência operacional, redução de custos e ampliação de programas ambientais
00:16para tornar esse mercado mais competitivo no cenário mundial.
00:20A expectativa é de que os valores passem de 68 bilhões de dólares até 2029.
00:25Sobre esse assunto eu converso agora com o Denis Glória, que é sócio e diretor do segmento de metais da Falcone.
00:34Denis, boa noite para você, obrigado pela disponibilidade em conversar aqui com a gente.
00:38Denis, antes de mais nada, como é que esse tarifácio mexe com a nossa mineração no Brasil
00:43e que oportunidades podem ser essas que eventualmente apareçam aí?
00:48Boa noite, Fábio. Boa noite a todos os telespectadores da CNBC Brasil.
00:52Essa tarifa imposta pelos Estados Unidos mudou a dinâmica e muda a partir de agora a dinâmica global do comércio.
01:04E com isso, os investimentos na mineração têm aumentado.
01:08Nesses últimos quatro anos projetados, de 2025 a 2029, como você bem disse,
01:16estamos esperando e aguardando mais de 68 bilhões de investimento na mineração.
01:23Isso é 6% a mais do que o último quadriênio, de 24 a 28.
01:30Essa é uma expectativa positiva da mineração.
01:33A mineração tem se posicionado principalmente nos minerais estratégicos,
01:40apostado muito nos minerais estratégicos, que vão ajudar e auxiliar a transição energética global.
01:48Então, essa dinâmica global coloca o Brasil, que é uma democracia assegurada,
01:56que é um país que tem diversas outras nações amigas e faz comércio com todos,
02:02como um player estratégico desse setor, podendo fornecer principalmente esses minerais estratégicos
02:08e minério de ferro, que é a nossa principal matriz,
02:12alto teor para economias não só americanas, como também economias europeias.
02:20Denis, a gente tem ouvido falar bastante de minerais críticos,
02:24por conta do início do governo de Donald Trump.
02:28Inclusive, isso entrou na negociação dos Estados Unidos com a Ucrânia
02:32para a manutenção do apoio militar americano aos ucranianos no enfrentamento à Rússia.
02:37Então, houve uma negociação ali de exploração de terras raras, por exemplo.
02:42Isso entra, por exemplo, como parte do interesse de Donald Trump no território da Groenlândia.
02:47Fala-se também ali de minerais críticos.
02:49Quer dizer, isso entrou muito na pauta e os Estados Unidos claramente estão olhando muito
02:54para esse tipo de mineral e buscando formas de ter fontes desses minerais.
02:59Eu queria que você retomasse aqui para a gente exatamente que minerais são esses,
03:03que aplicações eles têm nesse mundo da tecnologia e desse cardápio de minerais,
03:08o que é que o Brasil tem?
03:09Onde é que o Brasil poderia entrar fornecendo, eventualmente, para os americanos?
03:15Perfeitamente.
03:16Tussi, além das terras raras que você citou, que tem a mudança na Ucrânia,
03:21o Brasil tem também, né?
03:22Já as vidas de terras raras, eu cito também o lítio, o níquel, o grafite, o manganês,
03:29que são todos essenciais para a produção de baterias, turbinas e motor elétrico.
03:35E o mundo está passando por essa transição energética.
03:40O mundo necessita dessa transição energética para ficar carbono zero.
03:45Se fala muito hoje em carbono zero.
03:48Então, esses são os minerais de principais apostas.
03:50Agora, não podemos deixar de citar o nióbio, qual o Brasil é o principal fornecedor.
03:55Nós temos uma reserva muito grande, ali em Araxá, de uma empresa brasileira,
04:01e que está apostando também muito forte nesse mercado de bateria.
04:06E a gente tem reservas mapeadas ainda a serem exploradas?
04:12Sim, muitas reservas, principalmente desses minerais críticos.
04:16O Brasil, acredito que, por causa da rentabilidade, explorou muito o minério de ferro
04:22que nós temos em abundância, aqui em Minas Gerais, agora no Pará,
04:27onde tem o minério de alto teor.
04:29Mas o Brasil tem descoberto esses minerais nos últimos tempos.
04:33Eles têm uma incidência muito forte aí no Brasil.
04:36E eu tenho certeza que, nos próximos anos,
04:39o setor mineral vai gerar, vai desenvolver projetos de mineração
04:45ainda maiores para esses minerais críticos, porque a aposta do mundo está aí.
04:50E nós temos uma boa chance de competitividade no mundo
04:53quando a gente fala dos minerais críticos.
04:56E aí, além desse interesse já manifesto dos Estados Unidos,
05:01imagino que a China também, que é outro grande player hoje
05:05da tecnologia mundial, grande antagonista econômico dos Estados Unidos,
05:10além desses dois mercados, a gente teria outras frentes aí
05:13para explorar também possíveis demandas por esses minerais?
05:19Eu acho que são os dois principais mercados.
05:21Eu diria que China, a Ásia como um todo, os Estados Unidos.
05:25E os Estados Unidos entram como um player que pode começar a comprar do Brasil.
05:30É aí que está, talvez, o peso da balança que não havia antes.
05:35Porque até então a gente exporta muito para a China.
05:38A Ásia, principalmente China, o nosso minério de ferro.
05:41A maior parte do minério produzido aqui é exportado.
05:44E para a Ásia.
05:45Com os Estados Unidos, com o interesse dos Estados Unidos,
05:48essa balança tende a se equilibrar de uma certa forma
05:52e tende a aumentar a demanda, porque o mercado americano
05:54é um mercado muito importante no mundo.
05:58E a gente teria, a gente tem hoje capacidade instalada,
06:03se vier um aumento de mercado lá fora, para entregar?
06:08Eu diria que essa capacidade instalada, Tucci,
06:11ela vai vir desses investimentos que nós citamos anteriormente.
06:15O mercado da mineração, para conseguir produzir mais,
06:21não é do dia para o outro.
06:23Você precisa investir e é um investimento de longo prazo.
06:28Ao mesmo tempo, eu diria que os nossos dois principais gargalos
06:31ou riscos para que a gente consiga atender
06:34seria licenciamento, onde as empresas têm que investir muito em ESG,
06:40em inovação e também em logística, modal da logística,
06:43para a gente conseguir escoar.
06:45Então, mais do que a capacidade instalada,
06:48a prevenção de se ter o licenciamento feito
06:54e ter o escoamento também, o modal logístico para se escoar,
06:59eu diria que são os dois principais desafios
07:00para a gente conseguir atender toda essa demanda.
07:03Denis Glória, sócio e diretor do segmento de metais da Falcone.
07:07Obrigado, Denis, pelas suas explicações aqui.
07:10Boa semana para você.
07:11Boa semana.
07:12Um abraço a você e um abraço a todos os telespectadores.
07:15Um abraço. Obrigado.
07:16Um abraço.
07:28Um abraço.

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