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  • 29/04/2025
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, comentou o relatório de estabilidade financeira, destacando a incerteza sobre os efeitos das tarifas dos EUA e o cenário de volatilidade. Ele também reafirmou o compromisso com a meta de inflação e a agenda de inovação da instituição.

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Transcrição
00:00E o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fala agora, ao vivo, sobre o relatório que faz um diagnóstico das condições de estabilidade financeira do sistema nacional.
00:10Vamos acompanhar, então, agora a coletiva de imprensa do Banco Central. Nesse momento é uma pergunta feita pelos jornalistas. Vamos ouvir.
00:19O que saiu sobre volatilidade no mercado de trégios ali. Eu acho que ele simplesmente registrou ali algo que parecia estar bastante presente nas discussões que a gente ouviu, estando em Washington, né, Diogo ali.
00:36Eu cheguei ontem a comentar que eu acho que fiz uma historinha de como foi que a gente chegou nesse momento, dos três momentos ali, porque eu ia falar na CAI também, sobre os três momentos.
00:49Que a gente foi passando ali sobre interpretações do que é o governo Trump. E comentei que eu acho que a gente está naquele momento de James Carville aqui, da história desse processo.
01:02Onde, quando perguntaram para ele como é que ele queria voltar numa próxima encarnação, ele falou que já pensou em voltar como Papa, voltar como presidente, como jogador de beisebol.
01:11Mas, de verdade, o que ele gostaria de voltar é como mercado de títulos. Porque, assim, ele pode intimidar todo mundo.
01:16Acho que a gente passou pelo cenário onde a volatilidade do mercado de títulos provocou algum tipo de reação do ponto de vista da política econômica norte-americana.
01:28E o que o relatório de estabilidade do FED parece estar registrando é o que foi essa volatilidade e mudança nos preços ali.
01:36Para o lado dos desenvolvidos, como eu comentei ontem, eu acho que os reflexos que isso se dão do ponto de vista das percepções dos agentes econômicos,
01:49estão registrados ali nas expectativas de inflação, demonstrando que existe uma desancoragem, uma expectativa um pouco mais alta para o ano de 2025,
02:01mas não para os demais anos, o que parece refletir uma leitura de que os impactos da tarifa ficariam mais para este ano de 2025 e para os demais anos não.
02:12No caso das economias emergentes, não estou falando aqui especificamente do Brasil,
02:16que o Brasil tem um caso particular em função do dinamismo doméstico e tem uma participação maior,
02:21até uma economia mais dirigida pelo lado doméstico do que pelo drive exportador,
02:27a gente tem visto que a desvalorização nas moedas que eram esperadas em momentos como esse,
02:33de maior volatilidade, eu acho que era isso que a Marta se referia quando falava da volatilidade dos preços,
02:37como é que se dá o mecânico de transmissão para países emergentes,
02:40a desvalorização das moedas que costumam ser esperadas em momentos de aversão a risco como esse
02:45não foram observadas na maior parte dos países emergentes,
02:49o que tem levado a algum questionamento de outras autoridades monetárias,
02:53desses outros países emergentes, de o porquê não ver uma redução também nas expectativas de mais longo prazo,
03:00se na ausência da desvalorização da moeda, você ficaria predominantemente com os efeitos
03:06de uma eventual desaceleração e uma desinflação.
03:10Mas eu acho que ainda tem bastante incerteza nesse sentido para entender qual é o saldo final de todos esses efeitos,
03:16ou seja, o que já foi anunciado e feito terá um efeito perene, vamos dizer assim,
03:22do ponto de vista de atividade econômica e de confiança e credibilidade,
03:27e o que é passível de ser revertido num processo de desescalada da guerra tarifária,
03:34e qual é o saldo disso, desses diversos vetores,
03:37seja do ponto de vista do canal de transmissão do câmbio,
03:40seja do ponto de vista de atividade e preços internacionais.
03:43Vou passar depois para o Diogo, mas deixa eu só cobrir aqui as demais.
03:48O BC raramente está satisfeito, para responder a pergunta do Fábio aqui,
03:52com algum tipo de indicador, no sentido de que a gente se dê para o satisfeito
03:57e entenda que não é preciso fazer mais.
03:59O BC está sempre buscando melhorar, evoluir, produzir melhores resultados para a sociedade,
04:07esse é o objetivo aqui do BC.
04:09Então, claramente, a gente vem numa agenda que não vem só de hoje,
04:13ela é uma agenda de longo prazo, de aumentar a competitividade, fazer inovações.
04:18A própria agenda que o Ayrton comentou aqui, de a gente buscar aumentar a participação do baixo custo,
04:23do crédito de baixo custo, relativamente ao crédito de alto custo,
04:28com a colateralização e aumento das garantias,
04:31dialoga diretamente e tem uma herança óbvia com a agenda de redução de spread bancários,
04:36que vem lá desde o Armínio, por exemplo.
04:38Então, essa é uma agenda que a gente, sim, pretende continuar evoluindo
04:43e boa parte dos anúncios que a gente fez,
04:45do que são as agendas essenciais que a gente vem buscando,
04:48do ponto de vista de competitividade, os pilares que a gente comentou ali,
04:51seja a normalização da política monetária,
04:53seja a elevação da participação do baixo custo com maior colateralização,
04:58seja a questão de a gente buscar novas estratégias de funding para o mercado imobiliário,
05:02como o Geneu falou aqui, tudo isso se alinha nessa ideia de dar acesso à funding,
05:07de dar acesso à colateralização, para que a gente possa ter inovações que vão neste sentido.
05:13E aí eu acho que dialoga também com o que a Adriana comentou.
05:17O Banco Central é reconhecido mundialmente pela agenda dele de inovação de competitividade.
05:24O nível de demanda que o Banco Central recebe de outras autoridades monetárias
05:31para firmar tipos de convênio e transferência de tecnologia do Banco Central
05:35para essas outras autoridades é gigantesco.
05:39E eu não estou falando só de bancos centrais de países emergentes,
05:42de países de economias de baixa renda, mas também de economias avançadas.
05:47É muito comum que o próprio BAS solicite profissionais aqui do Banco Central
05:52para passar um tempo lá e poder transferir a expertise que o Banco Central tem aqui.
05:56Então, sim, eu tenho muito orgulho do trabalho que o Banco Central faz e fez.
06:03É absolutamente normal que ao longo de qualquer tipo de processo
06:07e que dialoga com o que o Fábio comentou,
06:10que a gente vá fazendo ajustes conforme as coisas vão andando.
06:13Isso é um processo de qualquer empresa, devia ser de qualquer pessoa também.
06:19É normal, você vai implementando as coisas e, conforme você vai implementando,
06:23você vai observando como aquilo vai ocorrer na prática e vai produzindo esses ajustes.
06:28O processo de velocidade de produção desses ajustes,
06:32ele se dá a partir de uma governança que a autoridade monetária tem,
06:36que já está, que é bastante bem consolidada e funciona bem,
06:39e que a gente tem que respeitar.
06:44Isso é importante para a estabilidade monetária e estabilidade do sistema financeiro,
06:51que exista uma previsibilidade, uma continuidade, um respeito às regras
06:55e um respeito a esta governança que o Banco Central tem aqui.
06:59Nós estamos ouvindo, então, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
07:02em coletiva de imprensa, após a apresentação do relatório de estabilidade financeira.
07:07Ao longo da programação, nós voltaremos com mais detalhes dessa coletiva,
07:11mas só para fazer um amarrado, o que Gabriel Galípolo falou de mais importante,
07:16portanto, ao apresentar o relatório de estabilidade financeira?
07:19Disse que o Banco Central não tem nenhum tipo de desconforto com a meta de inflação de 3%.
07:24Nós sabemos que ainda estamos bem distantes dessa meta.
07:27O que o Banco Central faz é apertar as condições financeiras para chegar ao objetivo.
07:31Também disse que as expectativas sugerem que as tarifas seriam mais inflacionárias em 2025,
07:38mas que ainda há muita incerteza em relação ao saldo final desse tarifato,
07:42ou seja, o que realmente vai ficar.
07:44E, para finalizar, o presidente do Banco Central diz que ainda há dúvidas
07:48sobre o quanto das tarifas é perene e o quanto dá para ser revertido
07:54com política monetária ao longo do tempo.
07:57Então, a palavra que resume, talvez, essa fala de Gabriel Galípolo
08:02a respeito do tarifácio de Donald Trump é incerteza.
08:05Então, ao longo da programação, vamos, claro, continuar repercutindo
08:08essa coletiva de imprensa com os três diretores do Banco Central,
08:11Gabriel Galípolo, que é o presidente,
08:13diretor Ailton, de fiscalização,
08:15e diretor Diego Gillen, de política econômica.

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