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  • 29/04/2025
A especialista em educação Cláudia Costin concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan. Ele analisou o atual cenário da educação no Brasil, que ainda não retomou os níveis anteriores à pandemia. A desigualdade na aprendizagem continua piorando no país.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=tlSN2R1iT78

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Transcrição
00:00O aprendizado no Brasil, o aprendizagem no nível básico aqui no país ainda não retomou os níveis pré-pandemia.
00:07Quem analisa esse cenário é a professora Cláudia Costin, ex-diretora global de educação do Banco Mundial.
00:13Tudo bem, professora? Como sempre, muito obrigado pela atenção, pela gentileza.
00:17Uma honra receber a senhora aqui.
00:19Obrigada, Tiago. Bom falar com você e com os assinantes da Jovem Pan News.
00:25Bom, a gente já falou muito sobre educação nesse período pós-pandemia, mas esses números do Todos pela Educação trazem mais uma vez um cenário alarmante.
00:34Eu pergunto para a senhora o seguinte, a gente sempre sabe e sempre disse que o que já era ruim ficou pior por causa da pandemia.
00:41Por que o Brasil até agora não conseguiu fazer alguma coisa para amenizar o que veio da pandemia e seguir em frente?
00:51Porque a gente sabe que a correção de rota é muito difícil, não é, professora?
00:55Com certeza. Infelizmente, Tiago, dois anos de escolas total ou parcialmente fechadas trouxeram danos terríveis e não foram só danos na aprendizagem como uma média.
01:11As desigualdades educacionais se aprofundaram de uma maneira importante, porque alguns ficaram em casa com os pais em teletrabalho, com equipamentos, conectividade, enquanto outros, especialmente os mais pobres,
01:27os pais tinham que estar na rua para garantir alguma fonte de renda, alguma coisa, mesmo que em trabalhos informais,
01:35e as crianças, muitas delas na idade de alfabetização, ficaram sozinhas e não tinham nem conectividade, nem equipamentos.
01:45Então, as perdas de aprendizagem foram grandes e a desigualdade educacional, que já era enorme no Brasil, se acentuou. Muito triste.
01:55A senhora acha que na comparação com as instituições privadas, justamente por causa do que a senhora fala da desigualdade,
02:03essa recuperação foi mais rápida, ou os alunos sentiram menos nesse período da pandemia, ou todos sentiram, mas de uma certa maneira, por causa da estrutura, a recuperação foi mais fácil, professora?
02:17Tiago, todos sentiram, porque nada substitui uma escola organizada, bons professores, livro didático, porque os pais, mesmo os pais com mais renda,
02:32estavam dentro de casa, mas estavam dentro de casa trabalhando, né, então a mulher entrou para o mundo do trabalho,
02:39então muitas mulheres também estavam trabalhando e tinham que participar de sessões de, a gente chama tudo de lives hoje em dia, né, e as crianças foram penalizadas com isso.
02:54Mais do que isso, a escola também tem um papel importante que a gente percebeu com a história dos celulares, que é o brincar no recreio também é importante,
03:06porque é uma entrada daquela criança na sociedade mais ampla, então se aquela criança não brinca com outras crianças, agora nós temos cada vez mais famílias com só um filho,
03:18então naquele período foram dois anos sem brincar para muitas crianças.
03:24E também é na brincadeira que a gente aprende, é esperar a vez que a gente aprende, que se eu ofendo o amiguinho, o amiguinho pode te ofender também,
03:34quer dizer, tem uma série de habilidades que a gente desenvolve no recreio, inclusive, e foi um tempo de muitas perdas.
03:43Algumas foram recuperadas, quando a gente compara o resultado do Saeb, que é uma avaliação nacional que é feita a cada dois anos,
03:52de 2021 com 2023, houve melhoras no de 2023 em relação a 2021, mas nós não chegamos, nós não voltamos aos níveis de 2019,
04:07né, para ter um parâmetro de comparação.
04:10E o Brasil não é que estava muito bom em 2019, vinha melhorando muito lentamente.
04:16E rapidamente, professora, para justamente tentar fazer essa recuperação, porque são cinco anos desde o início da pandemia,
04:25em algum momento essas crianças, esses jovens vão terminar a escola e isso, a deficiência vai continuar no período universitário,
04:35enfim, de que forma é possível reduzir essas desigualdades?
04:38Olha, a gente deveria acelerar a introdução de ensino em tempo integral, como, aliás, todos os países que têm bons sistemas têm,
04:49ninguém tem dois turnos, o turno da manhã para uns alunos e o turno da tarde para outros.
04:54Então, acelerar isso para poder ter tempo de recomposição das aprendizagens ou de recuperação dessas aprendizagens,
05:03formar os professores para uma prática mais efetiva e um diálogo muito maior entre a escola e as famílias,
05:14sejam essas escolas públicas ou particulares.
05:18Professora Cláudia Costinho, uma das maiores especialistas em educação aqui do Brasil,
05:22é diretora global de educação do Banco Mundial.
05:24Muito obrigado sempre pela atenção, voltaremos a nos falar, um grande abraço, boa semana, até a próxima.
05:30Para você também, até logo.
05:33Até logo.

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