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#novelascfz

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Diversão
Transcrição
00:00Morreu?
00:02Meu Deus, coitada da Valéria.
00:05Quando foi isso?
00:07Quando foi o quê?
00:08Que a Valéria, mãe da Isabel, morreu.
00:10Você me contou das cartas que ela escrevia pra mãe,
00:13mas eu não imaginei que ela estivesse morta.
00:16Quando foi que eu te contei isso?
00:18Outro dia.
00:20Outro dia, mas...
00:21Quando que ela morreu?
00:23Como ficou sabendo disso, Maristela?
00:26Ninguém morreu, Clarice.
00:27Não, não falei nada disso.
00:31Nada, nada, nada.
00:32Ai, você tá doida, Clarice.
00:36Vou mandar aumentar seu remédio na dosagem,
00:40lá quando botou pimenta.
00:41Porque as falsas lembranças, elas estão voltando.
00:46Ai, vou cuidar do Basílio, aquele cafajeste.
00:51Vou dar um aperto.
00:55É, não nesse nível.
00:57É, não nesse nível.
01:01Deus, então...
01:02Então a Valéria morreu.
01:07Então...
01:07Será que foi isso?
01:10Será que faz pouco tempo?
01:12E por que a dona Alete não ficou sabendo?
01:14Entendi.
01:18Aquele mesmo falsificador que você contratou pra fazer a certidão de casamento,
01:22te deu de brinde a se eliminar.
01:25Então a Gares aqui é mais falsa do que uma nota de três.
01:28Desculpa, Juliano, mas o nome parece falso.
01:32E não é mesmo.
01:33Não é nem um pouco falso.
01:35Inclusive, doutor Juliano, se eu fosse você, eu já começava a correr atrás dos meus direitos agora.
01:40É só conseguir uma outra eliminar que derrube o efeito dessa.
01:43Ah, mas eu vou.
01:44Eu vou.
01:45Eu vou sim.
01:46Vai lá, vai mesmo, porque agora é a minha vez de sentar nessa cadeira.
01:52Ah, mas não vai mesmo.
01:53Nunca, nunca que eu vou limpar a minha cadeira, o meu lugar, pra um sujeito como você sentar.
01:58Cadê aí, Juliano?
02:00O que foi?
02:01Não, não, não.
02:02Por favor, Juliano.
02:03Sente-se no chão.
02:05Tudo bem, Juliano.
02:07Tudo bem, Juliano.
02:08Pode ir.
02:09Leva a cadeira.
02:11Vai levando as coisas.
02:12Depois eu mando entregar tudo lá.
02:14Tá bom?
02:15Pode ir.
02:15Seu porta-retrato, caneca, seus cacarecos, azelha.
02:18Pode deixar.
02:19Eu mando tudo pra sua sala.
02:21Meu amigo, pode ir também, viu?
02:23Muito obrigado.
02:24Muito obrigado mesmo.
02:26Que conseguisse tudo.
02:28Consegui tudo que eu queria.
02:31Eu ainda não entendi o porquê de ter trazido a cadeira, Juliano.
02:34Zé, ele é simbólico.
02:36É simbólico.
02:38Eu é que não vou deixar esse golpe extraordinário sentado na minha cadeira.
02:44Juliano, veja, eu sei que é muito desagradável quando alguém em determinada situação
02:52precisa lhe pedir calma, mas eu vou ter que lhe dizer calma.
02:55Nós vamos resolver isto na justiça.
03:00Com um laudo que prova a insanidade da Maristela, vai ser mel na chupeta no lar deste casamento.
03:05E até lá eu fico fazendo o quê?
03:06Fico obedecendo o chofer?
03:08Quer que eu leve cafezinho pro doutor?
03:10Basinho?
03:10Mas é melhor estar perto do que ter que vir correndo na hora de aplicar a rasteira.
03:16Eu é que não fico aqui nem mais um minuto.
03:18Alô, Ulisses?
03:22Ulisses?
03:23O Edu já chegou pra trabalhar?
03:26Não?
03:28Avisei que eu liguei pro...
03:29Alô?
03:34Dona Anitta?
03:35Sou eu, Celeste.
03:37Oi, minha querida.
03:38Poderia chamar o Edu?
03:39Por favor, é um pouco urgente.
03:41Edu não tá, não.
03:42O que que tá acontecendo, Celeste?
03:45Claro, eu digo sim que você ligou.
03:48Tá tudo bem com você?
03:49Você tá parecendo nervosa?
03:53Celeste, o seu pai sabe que vocês voltaram a se falar.
03:57O namoro não tava proibido, Celeste.
03:59Alô?
03:59Alô?
04:00Celeste?
04:01Eu não consigo ganhar o Edu.
04:03Só tem um jeito.
04:10Bote, tô preocupado.
04:11Oi, minha querida.
04:13É uma emergência.
04:15Você pode vir até aqui em casa agora.
04:18Rápido.
04:18Em dez minutos eu tô aí.
04:22Oi, minha querida.
04:25Oi, filha.
04:27Não.
04:29Não.
04:31O que foi, filha?
04:33O que aconteceu, Celeste?
04:35Filha, fala comigo.
04:37O que foi, filha?
04:39O que foi, filha?
04:41Mãe.
04:50Se fossem as suas regras,
04:53a senhora estaria chorando desse jeito.
04:56Estou criada.
05:00Celeste, eu tô perdendo teu bebê.
05:03Preciso ter uma palavrinha com o novo presidente.
05:22Chegou de mansinho.
05:25Assim que eu gosto.
05:26Você tem dois minutos.
05:29Quer tirar um dez?
05:30Ai, um homem arrogante, poderoso e debochado.
05:34Fico louca.
05:36Nós vamos deixar as comemorações pra depois.
05:39Eu vim porque eu encontrei a maneira de dar o checkmate nos Alencar.
05:43O que é tu?
05:44Eu sou tudo, filho.
05:45Por favor, me conta.
05:46Nós vamos promover uma grande auditoria interna na Carioca.
05:52Depois disso, convocamos a imprensa.
05:54E dividimos com eles todos os crimes cometidos pela antiga gestão.
05:59Incluindo as fraudes nas licitações, os desvios de dinheiro, tudo.
06:03Imagina, isso será o suficiente para derrotar o Juliano de vez.
06:08E ainda por cima, limpa o caminho da empresa para a nova gestão.
06:11Porque lavou, tá novo.
06:13Que tal?
06:15Zélia?
06:15Genial, Zélia.
06:21Genial.
06:21Seu plano é magnífico.
06:24Eu só não entendi uma parte.
06:26Por que eu precisaria de você pra fazer tudo isso?
06:30Porque nós é muita gente, né?
06:32Como assim?
06:35Zélia.
06:36Isso.
06:37Atualmente, a sua função aqui na empresa é só servir cafezinho.
06:42Entendeu os meus telefoninhos?
06:45Você esqueceu que nós somos parceiros, pomba?
06:49Vou ter que te lembrar que você não chegou até aqui sozinho?
06:53Ou então, pior, que eu tenho meus trunfos muito bem guardados.
06:56Que trunfos?
06:58Aquela história do Broche e da Dona Ivete?
07:00Liga pra ela, Zélia.
07:01Liga pra querida agora.
07:02A gente marca um chá, faz uma conversinha.
07:05Zélia, Zélia.
07:06Eu sou marido da Maristela Alencar.
07:09Eu sou presidente da perfumaria carioca.
07:12Essa história não vai me ameaçar.
07:14Agora.
07:16Realmente, o que eu sei sobre você...
07:19Isso sim.
07:20Isso coloca a sua vida em risco em qualquer situação.
07:25Branca.
07:26Essa mudança é nuvem.
07:27Ninguém vai me pedir de consumá-la.
07:29Fui eu que perdi o amor da minha vida por conta do Alencar.
07:33Fui eu que enterrei meu filho sem nunca ter visto os olhos dele.
07:35Sem nunca ter me pegado no colo.
07:37Sem nunca ter escutado o seu choro.
07:38Tudo por conta dessa família desgraçada.
07:41E justamente isso aconteceu quando eu estava vindo pra cá pra reivindicar o que me pertence.
07:47Todo sucesso dessa empresa é meu, Basílio.
07:50É meu.
07:51E você sabe disso melhor do que ninguém.
07:57Zélia, realmente a sua história é muito forte.
07:59Por que você não escreve um livro?
08:03Um romance.
08:04Mas assim, tenta não exagerar muito no drama, porque pode realmente cair por uma pielice.
08:09E se for por esse caminho, não.
08:13Eu nunca vou esquecer da sua traição, Basílio.
08:19Você não tinha adversários.
08:23Mas agora, você tem uma inimiga.
08:28Não fique pensando que a maré só vai sem nunca voltar.
08:33O que você fez, rapaz, tem troco.
08:39Eu não aguentei esperar até ameitecer.
08:42Eu precisava contar pra vocês o que eu descobri.
08:44Prepare-se.
08:45É uma bomba.
08:46O que foi lá?
08:47Eu aproveitei a confusão mental da Maristela e perguntei como quem não quer nada.
08:53E ela me disse que a Valéria está morta.
08:56A Valéria morreu?
08:58Quando?
09:00E se ela não disse...
09:05Maris!
09:09Mãe?
09:11O que está acontecendo?
09:12Você ficou pálida?
09:16Eu lembrei.
09:18Eu lembrei.
09:19Eu lembrei de uma mulher morta no chão da sala do Juliano no dia do meu acidente.
09:24Só pode ser ela.
09:25Só pode ser a Valéria.
09:28Foi por isso que eu saí correndo da fábrica.
09:29Foi por isso que eu fui atropelada.
09:31Meu Deus.
09:49Isso muda tudo.
09:52Me fala exatamente o que você lembrou.
09:55São flashes tão rápidos que eu não sei te dizer o que veio antes e o que veio depois.
10:03Eu não sei dizer se quando eu cheguei na fábrica a Valéria já estava morta ou se eu vi tudo acontecer.
10:08Dona Clarice, era mesmo a Valéria?
10:12Só pode ser.
10:13Eu lembrei dela e a memória veio.
10:15E do rosto?
10:16Você se lembrou do rosto que você viu?
10:18Eu acho que sim.
10:19Era uma moça jovem.
10:23De cabelos escudos.
10:25Eu posso ver se a dona Leste tem um retrato da filha.
10:27Aí você confirma se é a mesma pessoa.
10:29Pode.
10:31Ai, Celeste.
10:33Você e o Edu, vocês prometeram que não iam?
10:36Eu sei.
10:38Me desculpa.
10:40Tá desculpada, minha filha.
10:41Tá desculpada.
10:41Vamos pro hospital.
10:42Não, não, não.
10:44Eu não posso ir pro hospital.
10:46Meu pai.
10:47Meu pai me desculpe.
10:48Estou grávida e a minha vida vai acabar, Lígia.
10:51É pra mim.
10:53Eu vou estar ao seu lado, teu peguro.
10:55Você não está sozinha, eu estou aqui.
10:58Vamos.
10:59Vamos pro hospital, meu pai.
11:01Vamos.
11:02A Celeste.
11:03Hum?
11:03Ligou pra cá.
11:05Nervosa, não sei.
11:06Ansiosa.
11:07Fiquei preocupada.
11:08Eu tô louca pra Edu chegar em casa pra eu saber o que tá acontecendo.
11:11Vai demorar pra chegar, né?
11:12Vai.
11:13Vou fazer o seguinte, enquanto eu passo aqui o café.
11:15Me fala uma coisa.
11:16Vou aproveitar pra fazer um jogo com você.
11:18Um jogo?
11:19É.
11:20Que jogo?
11:21Meu amor.
11:22Hã?
11:24Dá uma olhada aqui pra minha cara.
11:25Hã?
11:27Que quantos anos, assim, você me daria se eu me conhecesse agora?
11:31Pergunta esquisita.
11:32É diferente, né?
11:33É um jogo diferente.
11:34É de bote pra um.
11:35Ué, você, você, eu acho que você tem trinta e oito anos.
11:38Ah, você tá vendo?
11:40Trinta e sete, quatro meses, tô acabado.
11:42Meu Deus do céu, eu tô ficando...
11:44Tô ficando velho.
11:46Sérgio, me deu trinta e nove anos, você acredita?
11:49Ah, para com ele.
11:50Alfredo.
11:50Não, trinta e nove anos.
11:51Cadê?
11:52Pera, calma.
11:52Cadê aquele Alfredo assim, confiante?
11:55Cadê?
11:55Que bota todo mundo pra cima.
11:57Ah, eu tô procurando os óculos pra ver se você acha o andador.
11:59O andador do velho gaga, que ele precisa de andador.
12:02Meu Deus.
12:03Que exagero, Alfredo.
12:06Exagero, nada.
12:06Que exagero.
12:08Você, meu amor, você tá um coloço.
12:11Coloço?
12:12Você podia, você sabe o quê?
12:13Galã de novembro.
12:15Sabia?
12:15É.
12:16Cadê aí, meu alvo de sorriso?
12:17Olha aqui, meu alvo de sorriso.
12:18Eu gosto assim.
12:20É, o alvo de sorriso tá murchinho demais, porque a Eugênia falou que quer ser advogada.
12:25Quer ser advogada aí?
12:26Como é que vai ser advogada?
12:27Quem que tá aí?
12:28Quem que vai continuar o legado?
12:30Você esqueceu do Sérgio?
12:31Sérgio, seu fio é escudê?
12:32Eu tenho certeza que você e o Sérgio, vocês dois juntos, vão conseguir manter a TV Ondas do Mão.
12:38Eu tenho certeza.
12:39Sérgio, a certeza?
12:40Não tem um manteiga pra mim, porque o Sérgio tá me dando tanto trabalho, tá parecendo uma manteiga derretida.
12:45Depois que a Jacira deu o bilhete azul pra ele, ele tá chorando um dia assim, o outro também.
12:50Ai, coitado do Sérgio.
12:52A Jacira também, né?
12:53Bem que ela podia dar uma colher de chá pra ele.
12:55O Sérgio já tá um bonzinho.
12:56E também o que passou, passou, gente.
12:58Mas a Jacira...
12:59A Jacira gosta do Sérgio, mas ela agora tá focada.
13:02Nos exercícios que o terapeuta passou pra Tereza, pra tentar esquecer essas manias que ela tem.
13:08Tereza tá animada.
13:09Pelo menos tá animada.
13:10Eu torço pra que ela consiga, Alfredo.
13:12A Tereza, ela merece se livrar desse peso, sabe?
13:16E que bom que a Jacira tá ajudando.
13:18Eu não consigo imaginar parceira melhor.
13:20Tereza, casca de cenoura, casca de cenoura, uma meia furada, embalagem de biscoito vazio, cheio de farela.
13:33Olha, um brinco solitário, um brinco solitário sem barco.
13:37Aqui não tem, olha essa almofada, meu Deus do céu.
13:40Uma almofada velha, uma almofada terrível.
13:42Olha, consiga, regi...
13:43Não, não, não, não, não, não.
13:45Chega, chega, chega.
13:46Não aguento mais.
13:48Tá de parabéns, Sônia Tereza?
13:49A senhora tá de parabéns, Sônia Tereza?
13:52No último teste, a senhora tá já se jogando por cima da lata de lixo no segundo item.
13:56Ai, Sônia Tereza, essa terapia lá...
13:58Ela tá mesmo fazendo efeito.
13:59Ah, querida Jacira, você sabe que no início eu não levei fé,
14:04mas agora eu acho mesmo que essa terapia está sendo um divisor de águas em minha vida.
14:08Com certeza.
14:09E a convivência com Clarice, muito inspiradora.
14:13Jacira, que eu quero.
14:14Eu quero.
14:16Eu quero ser uma nova mulher.
14:18Uma nova mulher.
14:20E ela pode falar?
14:21A senhora vai conseguir, Sônia Tereza.
14:22Não, porque a senhora é danada.
14:24A senhora, igual a Eugênia, que é aquela ali também, não veio ao mundo a passeio.
14:27Vamos lá.
14:29Peraí.
14:30Eu sei que tá muito estreito, sim.
14:32Eu odeio, não, não.
14:33Bota pra dentro.
14:35Melhor.
14:37Vamos lá.
14:38Será que o Vini vai gostar dessas fotos mesmo, Eugênia?
14:41Claro que vai.
14:42Eu vou te deixar igualzinho o Marlon Brando.
14:45Só preciso que você incline um pouco a lambreta.
14:48Muito bom.
14:52Desculpa, Eugênia.
14:53Eu tô me sentindo meio ridículo.
14:55Para, você tá lindo.
14:57E o Vini vai ficar ainda mais apaixonado.
14:59Agora, respira fundo, concentra.
15:01Vamos lá.
15:03Vai.
15:06Isso.
15:08Agora, em pé do ladinho.
15:10Em pé, apoia.
15:11Isso.
15:11Vai na lambreta.
15:14Sim, de repente.
15:15Aqui.
15:16Uhum.
15:18Quase.
15:19Exato.
15:22Lá.
15:24Sim.
15:25Isso.
15:25Isso.
15:26Isso.
15:26Tá bom.
15:30Tá bom.
15:33Meu Deus.
15:35O que esses dois estão fazendo?
15:37O Guto tá pousando de galã.
15:40Será que ele vai se tornar artista de TV?
15:42Dona Arlete?
15:58Licencinha.
16:00Oi.
16:01Oi.
16:03Tudo bem?
16:05Oi, Patrícia.
16:06Oi.
16:06Petra.
16:08Com licença.
16:09Você não tava aqui apreciando esse retrato que a Clarice me trouxe.
16:14Não era lindinha a Isabel?
16:17Aqui ela estava um pouquinho maior do que quando foi embora.
16:20É uma criança muito bonita mesmo.
16:23E ela...
16:25Dá licença.
16:26Ela se parecia com a mãe dela, porque com o doutor Juliano não tem nada.
16:31Eu sei.
16:32Talvez um pouco quando criança.
16:35Mas a Isabel adulta que você conheceu ficou bem diferente.
16:39Criança muda muito, não é?
16:40Ah, duvido.
16:41Se se parecia com a mãe.
16:44A senhora tem algum retrato da Valéria?
16:47Que aí eu posso opinar.
16:48Tenho.
16:49Eu tenho algumas revistas onde apareciam reclames das peças que ela fazia.
16:55Guardei tudo.
16:56Eu vou pegar pra te mostrar.
16:59Tá.
17:05Essa aqui é uma peça que foi escrita pelo Walter Pinto.
17:09Se chamava Cabrocha Não Azopa.
17:12A Valéria contrassenava com Araci Cortes.
17:15Ficaram até amigas.
17:17Isso foi em 1941.
17:18Então, você não acha que a Isabel ficou diferente da mãe depois que cresceu?
17:24Ficou.
17:25Ficou.
17:26Ficou bem diferente.
17:28Que vestido lindo esse.
17:30Era eu que costurava.
17:32As meninas gostavam mais de colar.
17:34Mas quem costurava tudo era eu.
17:36A senhora me emprestaria essa revista?
17:43Eu queria mostrar pra Glorinha esse vestido.
17:46Eu achei a cara dela.
17:47A Glorinha?
17:49É.
17:50Será?
17:50Pode levar.
17:54E diz pra ela que se ela quiser eu faço um golzinho.
17:57Só por favor, não demora pra me devolver.
18:01Essa revista é uma das poucas lembranças que eu tenho da minha filha, além dos telegramas.
18:06Ela?
18:07Ela?
18:09Essa mulher que você viu morta?
18:17É ela.
18:19É ela sim.
18:22Meu Deus.
18:22Meu Deus.
18:25Lerita é morta há 16 anos.
18:29E agora?
18:31O que fazemos com essa informação?
18:33Calma.
18:33Calma, calma, calma, calma, calma.
18:34Eu sei que você ter visto a Valéria morta é uma peça indispensável.
18:39É muito importante.
18:40Mas a gente não sabe de quê?
18:42Se ela passou mal, se foi um acidente, se foi um assassinato, a gente não sabe.
18:45Eu acho que foi um assassinato.
18:46É a única opção plausível, Beatriz.
18:49Agora, quem matou?
18:50Doutor Juliano, Dona Maristela, um capanga, um capanga contratado por eles?
18:55Disso eu não consigo me lembrar.
18:57Mas o que podemos concluir, com certeza, é que os telegramas que a Dona Arlete recebe são forjados.
19:01Sim.
19:02Ah, sim.
19:03E o dinheiro que mandam pra ela é uma maneira de fazer ela acreditar que a filha ainda está viva.
19:08Ai, tadinha a Dona Arlete.
19:10Todos esses anos se alimentando de migalhas e ainda por cima falsas.
19:14Meu Deus do céu, essa família lenta.
19:16Eles são uns monstros.
19:20Eu vi que a mãe da Bia é morta.
19:26O meu marido e minha sogra podem ser assassinos.
19:30É muito, é muito, é muita informação pra absorver de uma vez só.
19:36Eu entendo seu choque, mas eu não vou te dizer que eu tô surpresa porque eu não tô.
19:39Tentaram me matar uma noite?
19:42E se eu não tivesse sumido e exposto tudo no senhoritas galantes, eles teriam tentado até conseguir.
19:49Você corre perigo naquela casa, minha mãe.
19:52Concordo, concordo, Clarice.
19:54Acho que chegou o momento de você revelar que você recuperou a memória e você denunciar esses dois pra polícia.
20:00Eles precisam ser presos.
20:01Por qual crime, Glorinha?
20:04Sem corpo não há prova.
20:06Não há prova de que essa moça morreu e muito menos de que foi assassinato.
20:09Por ter inventado um passado falso pra você.
20:12Um nome falso, uma irmã falso, uma filha falso.
20:14Um crime de falsidade ideológica.
20:17Eles vão responder em liberdade.
20:18Talvez, quem sabe, pegar uma pena leve.
20:21Não, não, não.
20:22Isso não dá tanto cadeia quanto o assassinato.
20:25Se eles mataram a Valéria, o que temos que fazer é investigar até botar aqueles dois na cadeia por muitos e muitos anos.
20:33E eu vou fingir que continuo com a amnésia.
20:37E eu não vou conseguir dormir mais sabendo que você tá naquela casa com aqueles bandidos.
20:45Eu posso te perder de novo.
20:48Eu posso, eu posso.
20:49Ó, eu sei de uma coisa que eu vou fazer.
20:53Pra te proteger, nem que seja só um pouquinho.
20:56Basílio.
20:57Boa menina.
21:00Basílio.
21:01Mas, minha deusa.
21:03Dá licença, te atrapalho?
21:05Jamais.
21:05Eu sinto muito tempinho pra você.
21:08O que que houve? Aconteceu alguma coisa?
21:10Eu vim te fazer um pedido.
21:19Como é que é?
21:30A Clarice lembra de ter visto a mãe de sangue da Bia morta aqui na sala?
21:35Uhum.
21:35Meu Deus, eu sabia que tinha um negócio de uma energia ruim aqui.
21:37Mas essa energia ruim não é da pobre moça não.
21:40Eu tenho certeza que é do doutor Juliano.
21:42A mãe da coisinha morreu de quê?
21:44Foi de morte morrido ou foi de morte matada?
21:46Se foi de morte matada, a gente tem que saber quem foi que...
21:48Isso aí minha mãe não se lembra.
21:50Ainda não se lembrou.
21:51Mas, a morte da Valéria prova que tanto o doutor Juliano quanto a dona Maristela
21:58vem mentindo há 16 anos pra dona Arlete.
22:01Mandando telegramas falsos fingindo que é a filha dela, Basílio.
22:05Não acerta pra quê?
22:06Pra justificar a ausência da Isabel, que na verdade é a Bia.
22:10Gente.
22:12Mas essa...
22:12Esse povo, eles são muito doidos.
22:14Eles são muito doidos.
22:15Mas é de uma cara de pau que, meu Deus, que é isso?
22:18Olha...
22:19Vem cá, e o que que a Clarice pretende fazer?
22:22Por enquanto, nada.
22:23Ela está adiando se revelar pra família, revelar que se lembrou de tudo.
22:26Justamente pra entender o que aconteceu nessa noite do acidente dela.
22:31Mas, o cerco contra os alencares está se fechando, meu Deus.
22:36Claro que tá.
22:37Tá.
22:38Olha eu aqui.
22:39Você sabe que eu não engoli essa história, né?
22:42Você ter casado com a dona Maristela, tá aqui de presidente...
22:47Alguma coisa me diz que é por ganância, Basílio.
22:50E se foda?
22:52Você é a única que pode subir na vida, Beatriz?
22:54Você também acha que o meu lugar é na rua, de cabeça baixa, engraxando sapato de bacana?
22:59Você sabe que eu não penso assim, Basílio.
23:01Mas existem outros meios dignos de crescer na vida.
23:05Olha o que essa gente fez com a minha mãe.
23:07Olha o que essa gente fez com a gente.
23:09Eles tentaram nos matar, Basílio.
23:11Eu sei.
23:11Mas talvez essa seja a maneira que eu encontrei de dar uma lição nesses cretinos.
23:17Beatriz, pensa.
23:18Estando aqui, eu consigo ter mais condições pra te ajudar a desmontar toda essa farsa em cima da Clarice.
23:24Sim.
23:24Eu, inclusive, consigo proteger ela estando na mansão.
23:27Sim.
23:28Foi pra isso que eu vim aqui.
23:29E é isso que eu quero te pedir.
23:35Protege minha mãe, por favor, Basílio.
23:38Protejo.
23:40E ainda te prometo mais.
23:41Eu vou revirar aquela mansão toda.
23:45Até eu encontrar esse Dodge Mystic na inglês que eles roubaram pra te incriminar.
23:51Que bom que você chegou, filho.
23:53Eu tava aflita já.
23:54O que que houve?
23:54Fala.
23:55A Salai se ligou.
23:56Ela parecia tão agoniada.
23:57Pediu que você ligasse assim que chegasse.
23:59Tá.
24:11O que que foi?
24:12Ninguém atende.
24:14Me fala mais, mãe.
24:15O que que ela disse?
24:17Tenta.
24:18Tenta lembrar, por favor.
24:19É importante.
24:20O que que tá acontecendo?
24:23Me conta.
24:24O médico disse que a cólica que você estava sentindo eram contrações.
24:31Contrações prematuras.
24:34Sim.
24:34Ele conseguiu inibir as contrações dando uma alta dose de progesterona, que é um tratamento hormonal.
24:40E isso quer dizer?
24:43Quer dizer que a gente fez bem em correr pro hospital?
24:49Quer dizer que foi por um triz?
24:52Mas que está tudo bem.
24:54Está tudo bem com o seu bebê.
24:56Ai, meu Deus.
25:00Que susto.
25:10Obrigada.
25:15Mãe.
25:20Minha mãe.
25:21Minha mãe.
25:29Minha mãe.
25:31Ai, minha filha.
25:43Meu Deus.
25:45Quanto tempo eu esperei pra ouvir isso, filha.
25:50Eu te amo.
25:52Eu te amo.
25:53Eu te amo.
25:54A Celeste tá grávida.
26:04A Celeste tá grávida?
26:06Tá, mãe.
26:08Mas eu não posso acreditar.
26:10A Celeste tá grávida?
26:12Você me prometeu que até vocês casarem...
26:15Eu sei.
26:16Mãe, eu sei.
26:16Desculpa, desculpa.
26:17Desculpa te desapontar.
26:19Mas agora o que que eu faço?
26:20O que que eu faço?
26:20Me diz que tem um bebê.
26:21Tem um bebê a caminho, mãe.
26:23Eu não sei.
26:25O que que a gente faz?
26:27Agora a gente se prepara.
26:29Porque se eu tô em choque, imagino Raimundo, o pai da Celeste, quando ele souber.
26:34Se é que ele já não sabe, né?
26:36Quanto é responsabilidade, meu filho.
26:38Quanto é responsabilidade.
26:39Você não faz ideia da empreitada que é ter um filho.
26:42Você não sabe.
26:43Mãe, eu sei.
26:44Os gastos todos que você vai fazer.
26:45Eu sei que isso vai ser o maior desafio da minha vida, mas agora eu tô mais preocupada com a Celeste, mãe.
26:49Fala abaixo.
26:50Por que você tá preocupado?
26:51Ela vinha sentindo cólicas fortes.
26:55Nós estávamos a caminho do médico quando o doutor Raimundo subiu no bonde, mandou o motorneiro parar e arrastou.
27:00Arrastou a Celeste a força.
27:00Então, eu não sei.
27:02Eu não tenho mais notícias dela.
27:03Ai, que horror.
27:04Que horror, meu Deus.
27:06Vai na casa dela comigo.
27:08Por favor.
27:09Eu vou, meu filho.
27:11Eu vou, eu vou, eu vou.
27:13Mas vamos com o Alfredo.
27:14Porque ele é amigo do Raimundo.
27:16E ele pode ajudar.
27:17Caso a conversa tome um rumo muito difícil.
27:19Tudo bem, tudo bem.
27:20Então, vamos.
27:21Alfredo!
27:23Alfredo!
27:23O Alfredo não tá.
27:24Cadê ele?
27:25Ele não tá.
27:25Ele chega à tarde hoje no estúdio.
27:27Amanhã cedo nós estaremos lá.
27:30Será que a gente consegue revelar o filme ainda hoje?
27:32Eu trouxe a carta pro Vini.
27:33Eu não queria que ele demorasse pra receber minha resposta.
27:36Pra hoje fica difícil.
27:37Mas se corrermos, conseguimos pegar o estúdio ainda aberto.
27:40Então vamos.
27:41Vamos.
27:42O que é isso aqui?
27:55O que é isso aqui?
28:00Uma carta de amor?
28:03Pro Vinicius?
28:04Papagaio.
28:12Guto é o invertinho.
28:22Pombas.
28:23Logo hoje o Celeste e o Jenny não vieram pro boliche.
28:25Deixa pra lá.
28:26Você não queria se divertir?
28:27Vamos aproveitar pra jogar uma partida.
28:30Ah, acho que não quero jogar boliche.
28:34Quem são aquelas?
28:37Você não sabe?
28:38Ah, são da nossa turma na Magnifique.
28:40Desde o início do ano.
28:42Ah, ah, eu...
28:43Não reparei.
28:45Bom, mas...
28:46Mas vai.
28:46Vai, fala alguma coisa.
28:48É...
28:48Tem alguma coisa que você quer saber sobre a minha vida?
28:51Acho que todos são um pouquinho curiosos pra saber um pouco mais, né?
28:54Nem tanto.
28:56Quer dizer, tem uma coisa que eu queria saber sim.
28:59Você pegou o telefone do Cássio Cavalcante quando fez a novela com ele.
29:02Quem?
29:02Ah, ah, o Cássio.
29:06Não, eu não peguei o telefone dele, mas por que eu pegaria?
29:09Ué?
29:09Porque ele é um bom.
29:11Ele é tão bonito ao vivo quanto na televisão.
29:14É, ele é bonito sim, mas...
29:16O Beto é muito mais.
29:19Pra falar a verdade, acho que o Cássio fica até meio feio perto do meu noivo.
29:23E falando em Beto, eu deveria estar vendo as coisas do nosso enxoval.
29:26Não perdendo o tempo desse boliche caído sem ninguém.
29:28Como assim, sem ninguém?
29:31Eu tô aqui com você, garota.
29:34Fazendo o maior esforço pra ter uma conversa minimamente interessante, mas você não faz o menor esforço pra retribuir.
29:39Desde quando o Cássio Cavalcante é interessante?
29:42Olha aqui, garota, eu te contratei pra fingir ser minha amiga, não pra me cobrar.
29:45Ah, é?
29:47Pois então, você, Bia, pode ficar com essa porcaria de colar.
29:53Nem mexendo de joias eu vou conseguir te aturar.
29:56Você acha que o mundo gira em torno do seu umbigo.
29:59E é por isso que tá sozinha.
30:02E é por isso que tá sozinha.
30:32Ninguém gosta de mim, Arnaldo.
30:37Eu sou muito infeliz.
30:39O que que aconteceu?
30:41Seu nego cheque veio mal batido?
30:44Não.
30:47Arnaldo, você me acha tão fútil assim?
30:52Olha, eu não acho.
30:54Você é?
30:55Olha, eu sou nos braços de quem eu vim me consolar.
31:01Um pé de pinguim desses.
31:03Puxa, minha vida é muito injusta.
31:05Ai, Bia, tá bom, também não é pra tanto, vai.
31:08Fala.
31:09Por que que a garota que tem tudo na vida é mais um pouco, não tá infeliz?
31:12Tudo.
31:13Tudo o quê?
31:14Eu gosto de ter vestidos, joias, beleza, mas o amor do Beto é a amizade das meninas.
31:24Arnaldo, você sabia que Celeste e Eugênia não falam mais comigo?
31:27E é tudo culpa sua.
31:29Alto lá.
31:30Nada de culpa minha.
31:31Você está colhendo o que você contou.
31:33Se não tivesse mentido sobre nós, nada...
31:36Arnaldo.
31:36Eu sei que você gosta de mim.
31:44Por favor, me ajuda a reconquistar a amizade das meninas.
31:49Não.
31:51Não ajuda.
31:53Você merece ficar sozinha.
32:06Rodolfo, o que você está fazendo aqui?
32:18É, achei uma coisa na boa que deve ser sua.
32:21É, é meu.
32:22Pode me dar.
32:23Me dá, Rodolfo.
32:24Rodolfo.
32:24Calma.
32:25Me dá.
32:25Calma.
32:26Puta.
32:28Tudo isso é medo.
32:29Que todo mundo descubra que você é um geló.
32:31Rodolfo, me escuta.
32:33É sério.
32:33Se você contar para as pessoas, a minha vida está acabada.
32:40Tudo bem.
32:41Eu prometo.
32:42Não conto nada para ninguém.
32:44Tá.
32:44Agora me dá a carta.
32:45Mas você vai ter que pagar pelo meu silêncio.
32:48Pode ser.
32:50Como você está se sentindo?
32:53Estou um pouco zonza ainda.
32:56O médico disse que era natural você se sentir assim.
32:58O importante é você cumprir direitinho o repouso até a próxima avaliação.
33:03Hã?
33:05Filha.
33:07Nós precisamos contar para o seu pai o que está acontecendo.
33:10Quanto antes, melhor.
33:11Não, não, não.
33:12Eu tenho muito medo da reação dele.
33:15O meu pai vai virar uma onça comigo.
33:19Por que que eu vou virar uma onça?
33:23Desembuchem.
33:24Celeste?
33:27Lígia?
33:29Estou esperando.
33:39Que susto.
33:40Parece uma assombracinha.
33:42Que história é essa de casamento, Basílio?
33:45E de você virar presidente da perfumaria carioca?
33:47Fala.
33:50Eu fiz isso para te proteger do golpe que o doutor Juliano estava te dando e que você caiu feito trouxa.
33:56Ai, Basílio.
33:57Eu já estou morrendo de dor de cabeça.
34:00Agora vem você com essa história do que é que você está falando?
34:03Do que que eu estou falando?
34:05Eu estou falando justamente desse remédio aí que o doutor Juliano trocou.
34:10Isso não é um remédio de pressão.
34:11É um daqueles receitados pelo doutor Pimenta.
34:13O que é que você está dizendo?
34:18Aqui a prova.
34:21Consegui interceptar uma das receitas e descobrir o golpe.
34:25O Juliano está te dopando, Maristela.
34:28Tudo isso para te interditar e tirar você da presidência da perfumaria carioca.
34:32Só que ele não contava com a minha astuça.
34:35De nada.
34:35No próximo capítulo de Garota do Momento.
34:43O Juliano está te dando e se inscreva no canal.