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  • há 6 dias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a vacina contra a chikungunya desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. A aplicação, ainda sem data agendada, terá primeiramente a população acima de 18 anos como alvo. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Gustavo Mendes, diretor-executivo de Assuntos Regulatórios, Qualidade e Ensaios Clínicos da Fundação Butantan.

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Transcrição
00:00Assunto importante agora para a área da saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o pedido para o registro definitivo da vacina contra a chikungunha.
00:09A repórter Camila Yunis tem os detalhes.
00:13A Anvisa aprovou o pedido de registro definitivo do imunizante contra a chikungunha.
00:18A solicitação foi feita pelo Instituto Butantan em parceria com uma farmacêutica franco-austríaca.
00:24A vacina já foi aprovada pela Agência Reguladora dos Estados Unidos e também da União Europeia.
00:31Nos Estados Unidos, os estudos foram feitos com 4 mil voluntários entre 18 e 65 anos de idade.
00:38E mostraram que em 98% dos casos, as pessoas que receberam a vacina produziram anticorpos contra o vírus.
00:47O infectologista e professor da Unesp, Alexandre Naime, diz que esse é um passo importante no combate à doença.
00:53As pessoas que receberam nos estudos essa vacina produziram anticorpos, que são substâncias que conseguem neutralizar o vírus,
01:02conseguem impedir com que ele se reproduza, numa quantidade bastante alta.
01:07Então, mais de 99% das pessoas vacinadas produziram uma quantidade bastante robusta de proteção.
01:14A vacina será aplicada em pessoas maiores de 18 anos, mas ainda há um processo a ser seguido,
01:20antes que ela esteja disponível para a população, como destaca o infectologista.
01:25Essa doença, essa arbolirosa, vem fazendo um estrago muito grande no Brasil.
01:30Como eu disse, em 2024, mais de 250 mil casos de chikungunya, com 160 óbitos confirmados e mais 150 em investigação.
01:42É uma doença que afeta muitas pessoas e que leva ao óbito também de muitos brasileiros.
01:49Esta é a primeira vez que uma vacina contra a chikungunya é aprovada.
01:53No ano passado, a doença afetou cerca de 620 mil pessoas em todo o mundo.
01:58Os países com maior incidência da doença são Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.
02:04A expectativa é de que essa vacinação se inicie pelos locais que têm situação endêmica.
02:11O Instituto Butantan também está produzindo uma versão própria da vacina.
02:15E a expectativa do governo do estado é de que essa primeira aprovação abra caminhos para que o imunizante do instituto
02:22também seja aprovado.
02:26Sobre esse assunto, aqui no Jornal da Manhã, a gente conversa com Gustavo Mendes,
02:30que é diretor de Assuntos Regulatórios, Controle de Qualidade e Estudos Clínicos da Fundação Butantan.
02:36Gustavo, obrigado por atender a Jovem Pan.
02:37Bem-vindo, hein?
02:40Bom dia, Alberto.
02:40Bom dia a todos.
02:41Antes da gente entrar especificamente na questão da vacina, a chikungunha tem preocupado as autoridades brasileiras.
02:49Por que isso tem ocorrido, Gustavo?
02:51Porque, que eu me lembro, a gente não falava tanto assim de chikungunha há alguns anos.
02:56Pois é, a chikungunha é uma dessas doenças que a gente chama de arboviroses e que, no caso específico dela,
03:06comparado também com a zika, são doenças que têm situações ou surtos episódicos, né?
03:12Apesar de ser considerada uma doença endêmica no Brasil, o que significa que ela é uma doença que tem uma constância
03:19no número de casos e no número, inclusive, de mortalidade.
03:23Só esse ano já são 50 mil casos prováveis e mais de 50 mortes.
03:28Então, a gente está falando mais e agora com essa notícia da publicação do registro dessa vacina,
03:36a gente começa a refletir da importância de ter vacinas para doenças como essa,
03:42que são consideradas negligenciadas em vários aspectos, né?
03:45São doenças que atingem países pobres em desenvolvimento e que, se não tem a participação de laboratórios públicos
03:52como o Butantan, a gente não tem vacina.
03:56Agora, Gustavo, com essa aprovação de registro, quais são os próximos passos, né,
04:01para que essa vacina, então, chegue e esteja disponível para a população?
04:07Agora, com a aprovação da Anvisa, que foi a revisão dos dados de eficácia, segurança e qualidade dessa vacina,
04:13a gente tem algumas etapas que são, primeiro, a definição do preço, né?
04:18Esse preço máximo ao consumidor, ele é definido pela Câmara de Medicamentos,
04:23que é uma Câmara interministerial que avalia os custos, avalia a inovação da tecnologia
04:29e tudo isso para definir o preço máximo ao consumidor.
04:32Com esse preço, a gente começa a negociação com o Ministério da Saúde.
04:36A gente já está conversando com o Ministério da Saúde desde antes,
04:40porque a gente sabe que é uma vacina destinada a programas públicos, né,
04:45e disponibilização no SUS, e a gente sabe do Ministério que essa etapa de incorporação
04:52no Programa Nacional de Imunização vai depender dos recursos e da estratégia, né?
04:57Mas o que a gente já pode adiantar é que a gente sabe que essa vacina, inicialmente,
05:01vai ser destinada para aquelas regiões que têm maior incidência e que têm maior risco de surto,
05:07porque é ali que está a preocupação maior nesse momento.
05:12Gustavo, aproveitando, quais são essas regiões, hein?
05:16Então, a gente usa alguns modelos matemáticos para calcular a probabilidade de surtos
05:22baseada no volume de chuvas e quantidade de mosquitos circulantes, né?
05:26Hoje a gente tem visto muitos casos, São Paulo é um estado que tem um número de casos considerável,
05:31norte e nordeste, né, e algumas regiões do centro-oeste.
05:37Mas como é uma doença que ela é transmitida pelo Aedes aegypti,
05:42o mesmo mosquito que transmite a dengue,
05:44a gente pode ter essa transmissão, como o Brasil é um país que esse mosquito
05:49encontra as condições ideais de clima,
05:51e muitas vezes de negligência também com os criadouros,
05:57esse vírus pode circular para outras regiões.
05:59Então, assim, no momento em que se fechar essas negociações e o Ministério fizer esse plano,
06:04ele vai fazer essa estratégia para vacinar essas regiões,
06:07mas ficar atento para as outras, porque isso pode circular também.
06:12E assim como você disse, Gustavo, quando a gente pensa em chikungunya, né,
06:15que tem esse mesmo vetor que transmite a dengue,
06:18que é o mosquito Aedes aegypti,
06:20o Butantan pensa na possibilidade de uma co-administração das vacinas, né,
06:26para combater aí essas duas doenças ao mesmo tempo?
06:29Existe essa possibilidade?
06:32Existe. A gente está trabalhando já há algum tempo muito forte nessa questão das arboviroses, né,
06:38e inclui chikungunya, dengue e zika.
06:43A vacina da dengue a gente já desenvolveu, foi um desenvolvimento todo nacional,
06:49que foi algo bastante inovador para a nossa ciência.
06:53Já está com a Anvisa, a Anvisa deve tomar essa decisão aí como um próximo passo.
06:57E a gente planeja um estudo que a gente chama de co-administração,
07:03administrar junto dengue e chikungunya.
07:05Tem que fazer um estudo, porque a gente sempre precisa avaliar
07:08se não vai ter nenhuma reação cruzada,
07:10se uma vacina não pode inibir o efeito da outra.
07:13Então, são estudos que precisam ser realizados,
07:16a gente já planejou para fazer esse estudo,
07:18e quando tiver os resultados, a gente vai poder anunciar a administração conjunta.
07:23Quanto à zika, a gente já tem pesquisadores que estão trabalhando nessa tecnologia,
07:28porque parte de uma lógica parecida, né,
07:30essas tecnologias de vacinas para arboviroses
07:32partem dessa ideia de que a gente tem que modificar
07:35aquele vírus original para que ele não cause a doença,
07:39mas ative o nosso sistema imune.
07:41Então, esperamos em breve também ter bons resultados aí com essa nova.
07:46Gustavo Mendes, diretor de Assuntos Regulatórios,
07:49Controle de Qualidade e Estudos Clínicos da Fundação Butantan.
07:52Muito obrigado por nos atender nessa manhã.
07:54Um ótimo dia para você.
07:56Obrigado para vocês. Bom dia.
07:58Obrigado.
07:59Obrigado.
08:00Obrigado.
08:01Obrigado.
08:02Obrigado.
08:03Obrigado.
08:04Obrigado.
08:05Obrigado.
08:06Obrigado.
08:07Obrigado.
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08:25Obrigado.

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