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  • 14/04/2025
Uma pesquisa do Datafolha, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (13), apontou que 58% dos brasileiros afirmam ter reduzido a quantidade de alimentos que compram por conta da inflação. A bancada do Morning Show debateu o assunto.

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Transcrição
00:00Eu proponho que a gente vire a página aqui, seguindo adiante,
00:01vamos aqui fazer realmente um diagnóstico do momento da economia, tá?
00:05Até porque essa alta dos preços que segue a todo vapor,
00:08segue galopando pra cima sem nenhuma perspectiva de reversão,
00:13especialmente nos supermercados, quem frequenta os supermercados,
00:16você e eu, todos nós, vem fazendo o brasileiro médio repensar os hábitos, vai?
00:21Isso porque logo agora, em véspera de feriado,
00:24sexta-feira santa tá logo aí,
00:26um levantamento do data folha mostrou
00:27que a inflação levou 58% da população brasileira
00:31a reduzir a quantidade de alimentos que costuma comprar.
00:37Se isso não é, talvez, ali o melhor, a melhor medição
00:40do estresse econômico sendo imposto a todos os brasileiros,
00:45com o perdão do trocadilho, meu mano, Fê,
00:47me explica isso aqui, por favor.
00:49Pois é, Marinho, você sabe que a inflação é o pior tipo de imposto que existe,
00:53justamente porque é um imposto pernicioso que rouba o poder de compra dos brasileiros.
00:59E é isso que a gente vê demonstrado nessa pesquisa.
01:04Na prática, a inflação levou mais da metade dos brasileiros
01:09a mudarem o seu hábito de consumo de alimentos,
01:13diminuindo a compra de alimentos.
01:16E quando a gente faz um recorte social dessa pesquisa,
01:22olhando para os mais pobres, a situação é ainda maior.
01:26Oito em cada dez brasileiros mais pobres
01:29teve uma diminuição do volume de alimentos.
01:33Quando você pergunta se você tem na sua geladeira
01:36alimentos suficientes para passar o mês,
01:40as pessoas dizem não, as pessoas estão faltando comida
01:45para alimentar a sua família.
01:49E outro detalhe, a pesquisa também pergunta para as pessoas
01:54qual o grau de responsabilidade do governo a respeito dessa situação.
02:01E a imensa maioria das pessoas diz que o governo tem muita responsabilidade.
02:07E é verdade, porque o problema da inflação
02:10é sempre um problema de desajuste das contas do governo.
02:14Posso trazer só um enfoque central dessa fala do ano?
02:19Porque 54% garantem que o presidente Lula
02:23tem influência direta na inflação dos alimentos.
02:2754%.
02:28Outros 29% acreditam que não tem tanta influência
02:31e o restante acredita que o Planalto não tem realmente influência alguma
02:35sobre o preço dos alimentos.
02:36Acho que é importante salientar esses dados
02:40na pesquisa da Tafolha, né?
02:42Bom, não sei se esses outros 46 estão morando em Narnia ou não,
02:45mas o fato está posto.
02:46Essa crise fiscal só se acentuando,
02:48ficando cada vez mais aguda
02:49e as pessoas tendo que cortar na própria carne
02:52enquanto o governo não dá o mesmo exemplo lá em cima.
02:55E não é que o buraco é mais embaixo dessa vez,
02:57o buraco pelo visto é mais em cima.
02:59E é dali que o exemplo deveria estar vindo, né?
03:01Aninha.
03:01Não, Marinho, com certeza,
03:03mas eu queria propor um outro enfoque
03:05com relação a essa questão dos alimentos,
03:06que é a seguinte,
03:07a partir do momento em que eles sobem os preços
03:10da forma que tem acontecido,
03:12as pessoas acabam fazendo substituição de alimentos
03:15por coisas ultraprocessadas,
03:18coisas não saudáveis,
03:20e isso lá na frente ainda vai gerar um impacto enorme na saúde.
03:23Ou seja, é mais um motivo pelo qual o governo
03:26deveria estar preocupado com essa questão,
03:28não só no curto prazo,
03:29porque tem eleições no ano que vem,
03:30mas também no médio e longo prazo,
03:32porque essas substituições,
03:34essa redução no consumo dos alimentos
03:36vai levar a uma crise de saúde lá na frente.
03:39E eu estou avisando.
03:41São esperanças depositadas numa recuperação econômica,
03:45Rodolfo Maris,
03:45que não chega.
03:47O mau humor vai se instalando,
03:49as pessoas começam a procurar,
03:51enfim, os bodes expiatórios,
03:53ou os culpados para tentar depositar,
03:55enfim, essa frustração crescente,
03:56e naturalmente eles percebem uma classe política cada vez mais,
04:01enfim, só atuando em causa própria,
04:03essa sim com um apetite voraz por emendas
04:06e ficar ali se perpetuando no poder,
04:08enquanto pouco exemplo ou pouca disposição
04:11para cortar na própria carne
04:12e dar o mínimo de exemplo
04:13vindo da pasta da fazenda, da economia
04:16e também do comando em Brasília.
04:19Claro, Marinho, se você me permite,
04:22eu estou à frente de uma pesquisa
04:23com alguns universitários do Mackenzie,
04:26que nós estamos avaliando justamente
04:28esse tipo de pesquisa.
04:29Quem são as pessoas que são escutadas
04:31quando vem uma pesquisa dessa para a gente?
04:33Ou seja, está lá no GC,
04:3458% dos brasileiros reduziram as compras alimentares.
04:38Nós estamos falando de três tipos de classes aqui,
04:40a classe A, a classe B e a classe C.
04:43A classe A, com um pouco mais de informação,
04:45entenda dessa forma,
04:46eles veem a economia de uma forma totalmente diferente
04:49da classe B e da classe C.
04:50A classe B,
04:51é aquelas pessoas que emergiram da classe C.
04:55Ou seja, ela já tem uma visão
04:57um pouco diferente sobre a economia do país
05:00e fazem parte.
05:0150% das pessoas que são escutadas
05:03fazem parte da classe B.
05:05Agora, a maioria esmagadora, de verdade,
05:08fazem parte da classe C,
05:09que são as pessoas de periferia.
05:11E aí, eles não trocam os alimentos.
05:13Muito pelo contrário,
05:14eles permanecem com o arroz, feijão e o ovo
05:16e muitas poucas vezes ali
05:18uma carne, um frango
05:20e é na gôndola no supermercado
05:22onde as pessoas devem ser escutadas.
05:24Não é nas ruas,
05:26pegando pessoas de classe B e classe A.
05:28Porque quem movimenta a economia
05:30de verdade é a classe C,
05:31é a classe operária.
05:33É a classe que sai lá dos extremos
05:34da Zona Sul e da Zona Leste,
05:36da Zona Norte,
05:37para fazer a economia girar
05:38em São Paulo, principalmente, tá?
05:40Estou sendo bem geográfico aqui,
05:42trazendo para São Paulo.
05:43Essas pessoas,
05:44que têm aí 58% de vazio,
05:46reduzem as compras,
05:47realmente,
05:47elas não estão comprando
05:48a bolacha,
05:49em muitos lugares é biscoito,
05:51elas não estão comprando
05:52uma sobremesa,
05:54um iogurte,
05:55um tipo de outras coisas.
05:56Eles vão direto no necessário.
05:58O que é o necessário?
05:59O que tem na cesta básica?
06:00Arroz, feijão,
06:01açúcar,
06:02óleo e ovo.
06:04Esse é o básico.
06:05Eu queria deixar...
06:05Mas a pesquisa atrás, né,
06:06esses dados detalhados.
06:07Sim, sim, sim, sim.
06:08Porque, por exemplo,
06:09há mudança de comportamento
06:10em relação à saída das famílias,
06:12mas de 60% disseram que,
06:13olha,
06:13estamos deixando de sair
06:14para comer fora.
06:15tem também mudança
06:16em relação...
06:17Relacionada à classe B,
06:19que ele está falando.
06:19É, então,
06:20mas a marca do café,
06:21a pessoa que comprava
06:22uma marca X,
06:23ela está comprando
06:23uma mais em conta.
06:25Outra situação,
06:26até bebidas.
06:27Então, refrigerante,
06:28suco, cerveja,
06:29seja o que for.
06:30Vamos deixar aqui desenhado,
06:31David Itaço,
06:32vamos desenhar aqui,
06:33vamos ilustrar
06:33da forma mais didática possível
06:35quais foram as ações
06:36adotadas por famílias
06:37que ganham até
06:38dois salários mínimos, tá?
06:39Dois salários mínimos,
06:41mas vale lembrar aqui
06:41que essa mudança,
06:43como a gente bem nota,
06:44o Rodolfo trouxe aqui
06:44com propriedade,
06:45atingiu todas as camadas sociais
06:47do nosso Brasil
06:48em algum grau.
06:49Dois salários mínimos,
06:50naturalmente,
06:50eu me refiro em números
06:52de 2025
06:53como algo em torno
06:55de R$ 3.036 por mês, tá?
06:58Que já é muita coisa
06:59acima do que a maioria
07:00consegue ter acesso, certo?
07:02A gente consegue notar aqui
07:04que 63% diminuiu
07:06a quantidade de vezes
07:07que come fora de casa,
07:08como o David Itaço
07:09bem colocou,
07:10enquanto 67% reduziu
07:13a quantidade de alimentos
07:14que costuma comprar.
07:15Enquanto isso,
07:16vale a pena nós reforçarmos
07:17aqui também
07:18que 58%
07:19até trocou a marca
07:20de costume de café
07:22por uma mais barata.
07:23E é nesse espírito pessoal
07:25que eu quero sentir
07:26o pulso da nossa audiência aqui
07:27e lançamos a pergunta
07:28no nosso site,
07:29até para engajar vocês aqui,
07:30a gente medir também
07:31o ônibus do nosso povo
07:33e do nosso público,
07:34por que não?
07:35Se você do outro lado,
07:36seja da tela ou do rádio,
07:37acha que políticas do governo
07:38influenciam no preço
07:39dos alimentos,
07:40sim ou não?
07:42Muito simples,
07:42acessa o nosso site
07:43www.jovempan.com.br
07:45e deixa lá o seu voto
07:46para a gente também ter uma...
07:48conseguir medir
07:48e fazer o nosso próprio diagnóstico
07:50da extensão desse buraco.
07:52Rodolfo Marício.
07:53Tem uma semiótica
07:54nessa pesquisa aí
07:55que é interessante de falar.
07:57Semiótica para traduzir
07:58aqui para o nosso querido
07:59é um simbolismo, vai?
08:00Sim, exatamente.
08:01É um simbolismo
08:02que a grande maioria
08:04desfavorecida,
08:05economicamente falando,
08:07que é a classe operária,
08:08elas são maiorias
08:09nessa pesquisa
08:10e é onde
08:11a popularidade
08:13do atual presidente
08:14tem caído.
08:15Então, assim,
08:16a popularidade
08:16está ligada
08:18indiretamente
08:19aos preços
08:20dos alimentos, sim.
08:22Ah, mas aí
08:22o agro vai começar
08:23a ser culpado.
08:24Eu já estou vendo
08:25as projeções.
08:25Sabe por quê?
08:26Pode ser.
08:26Será?
08:27Saiu uma reportagem
08:28no jornal britânico,
08:30inclusive nesse domingo,
08:31destacando que
08:32o agronegócio brasileiro
08:33pode ser um dos principais
08:34beneficiados em relação
08:35à taxação imposta
08:36pelo Trump,
08:37porque o Brasil
08:37já está na liderança
08:38em exportações
08:39de alimentos para a China,
08:40houve até um crescimento
08:41no primeiro trimestre
08:42em relação à carne bovina,
08:43exportação de carne de frango
08:45e soja.
08:45Boa.
08:46E a União Europeia
08:48também deve ser abastecida
08:49pelo agronegócio brasileiro.
08:51Aí eu faço a seguinte pergunta,
08:52vai abastecer os mercados
08:53e uma das preocupações
08:54dos produtores
08:55é de conseguir ter oferta
08:57para todos esses mercados
08:59e ainda o mercado interno,
09:00porque a gente também
09:01se alimenta
09:02do nosso agronegócio.
09:04A gente está com taxas
09:05de juros elevadíssimas,
09:07não tem como investir
09:07em mais tecnologia
09:08para a gente otimizar
09:10a produção no campo
09:11e aí o produtor
09:12realmente ele fica naquela.
09:13Será que eu invisto?
09:14Mas aí os juros
09:15podem me comer
09:16e às vezes eu tenho
09:17adversidades climáticas
09:18e isso também
09:18me prejudica lá no futuro?
09:20Ou eu realmente
09:22lanço mão
09:23de tentar as exportações
09:24e deixo de abastecer
09:25o mercado interno?
09:26E aí o culpado
09:26vai ser o agronegócio
09:27que é o único
09:28que tem potencial
09:29para exportação
09:30e também para abastecer a gente.
09:31Então você pode ter certeza
09:33que o discurso
09:33a partir do ano que vem
09:34ou até no segundo semestre
09:36vai ser o agronegócio
09:37tido como o grande vilão
09:39e o grande culpado
09:40em relação a essa alta
09:41dos alimentos.
09:42Vamos aplaudir essa fala.
09:44Olha o cara fez dever de casa,
09:46está afiado.
09:46Um belo resumo.
09:47Um belo resumo
09:48do nosso beijo de taço.
09:50Não é bem,
09:51não é bem,
09:51estou impressionado.
09:52Mas é bem por aí mesmo,
09:53é bem por aí mesmo.
09:54Porque eu não impressiono.
09:56Não, você impressiona.
09:57Mas na hora do tiro
09:59e porrada de bomba.
09:59Eu chamaria.
10:00Na hora do tiro
10:01e porrada de bomba
10:02eu te chamo, pô.
10:02Ela ficou tão impressionada.
10:04Alô, galera.
10:05Eita.
10:05Às 10h20 da manhã, galera.
10:07Eu que queria ser impressionado agora.
10:08Nasce um economista.
10:11Não, estou brincando aqui, pessoal.
10:12Mas é porque realmente
10:12mostra que
10:13realmente não há outra alternativa
10:15a não ser
10:16realmente a gente se propor
10:17a entender
10:18o que está mais aflingindo
10:19e o nosso compromisso aqui
10:20de toda a bancada,
10:21vocês sabem,
10:22sem rodeio,
10:23sem maquiagem,
10:24sem disse-me-disse,
10:25sem rabo preso,
10:26dá o diagnóstico mais claro
10:27e verdadeiro do Brasil real.
10:29É o que a gente se propõe
10:30aqui dia após dia.
10:31Sem alarmismo,
10:31sem fatalismo,
10:32como se nada fosse
10:33acontecer de melhor.
10:35Mas essa é a situação
10:36que está posta.
10:37Mano Ferreira complementando.
10:38Eu diria que o David
10:39está coberto de razão,
10:41mas o povo brasileiro
10:42é esperto,
10:43é inteligente,
10:44não vai cair
10:45nessa ladainha
10:46de culpar o agro
10:47pelo problema
10:48da inflação
10:49de alimentos.
10:50É aquela história.
10:51Quando o preço muda
10:53em um item,
10:54exclusivamente,
10:55você pode ter
10:56uma série de fatores
10:58daquele mercado.
10:59Você pode ter tido
11:00uma chuva
11:01que ninguém é culpado
11:02pela chuva.
11:03Você pode ter
11:04uma praga
11:06que acabou
11:07com a plantação.
11:08Ninguém pode ser culpado
11:10por uma praga.
11:11Mas não é isso
11:11que a gente está falando.
11:12Não é um item.
11:14São os alimentos
11:15de forma ampla.
11:16E não é apenas
11:16os alimentos.
11:17É uma inflação
11:18que nós estamos vivendo
11:20em razão
11:21do descontrole
11:22das contas
11:23do governo.
11:24É claro que também
11:25tem fatores internacionais.
11:27Mas eles aumentam
11:29a responsabilidade
11:30do governo
11:31em fazer o dever de casa
11:33que não está sendo feito.
11:35Então,
11:35as pessoas sabem
11:37e isso é demonstrado
11:38na pesquisa
11:39que o problema,
11:41a responsabilidade maior
11:42a respeito
11:44do desajuste
11:46da inflação
11:47nos alimentos
11:48que prejudica
11:49a mesa
11:50do brasileiro
11:51na prática
11:52é do governo
11:53federal
11:54que precisa
11:55virar de chave
11:56parar de inventar
11:57culpados
11:58de se esquivar
11:59da responsabilidade
12:00e começar
12:01a trabalhar
12:02com realismo.
12:04parar de negacionismo
12:06econômico
12:07e fazer
12:08o seu dever de casa
12:09ajustando
12:10as contas públicas.
12:11Isso aí tem nome.
12:12É a sabedoria
12:13subjacente
12:14do povo.
12:14É a sabedoria
12:15que o povo
12:15realmente não é bobo
12:16e sabe onde o calo aperta.
12:18Naturalmente,
12:19eu acho que é
12:19o melhor
12:20grupo de pessoas
12:22indicado
12:22para saber
12:23dos próprios problemas.
12:24Não é isso?
12:24Do que propriamente
12:25essa casta
12:26de economistas
12:27que tem todo
12:28um retrospecto
12:29de realmente
12:30previsões apocalípticas
12:31ou pelo menos
12:32projeções
12:33ultra otimistas
12:34e no final do dia
12:35o que vale
12:36mesmo
12:37é o preço
12:37na prateleira,
12:38o preço
12:39dos combustíveis
12:40na bomba
12:41de combustível
12:41e do nosso
12:42dia a dia
12:43na farmácia.
12:43Então nem se fala
12:44não é isso?

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