O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (13) que anunciará, na próxima semana, a tarifa sobre semicondutores importados, acrescentando que haverá flexibilidade para algumas empresas do setor. Deysi Cioccari e Cristiano Beraldo comentaram.
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NotíciasTranscrição
00:00Em novo capítulo da guerra comercial, os Estados Unidos devem anunciar nos próximos dias novas tarifas sobre semicondutores.
00:07E, mais uma vez, o principal alvo da taxação é a China, que busca novos mercados e fornecedores, beneficiando o agronegócio brasileiro.
00:17Acompanhe aqui a reportagem da Aline Beckett.
00:20A Casa Branca divulgou o resultado do primeiro check-up geral do presidente Donald Trump.
00:25De acordo com a avaliação médica, Trump, de 78 anos, está com excelente saúde cognitiva e física.
00:33E é totalmente capaz de desempenhar as funções de comandante e chefe de Estado.
00:38A boa disposição demonstrada pelos exames parece ser a mesma para a guerra comercial.
00:44Após um recuo ao isentar eletrônicos de forma temporária, Trump disse ontem que prepara uma nova tarifa para celulares, computadores e outros dispositivos.
00:56As tarifas entrarão em vigor em um futuro não muito distante, porque, como vocês sabem, assim como fizemos com o aço, como fizemos com os automóveis,
01:05como fizemos com o alumínio, que agora estão totalmente em vigor.
01:09Faremos isso com os semicondutores, com os chips e muitas outras coisas.
01:14Isso acontecerá em um futuro muito próximo.
01:17Tudo vai acontecer muito rápido.
01:19Vou anunciar isso na próxima semana.
01:22Mais cedo, em entrevista ao programa This Week, da ABC,
01:26O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, já tinha dito que os eletrônicos seriam incluídos em breve numa categoria de taxação sobre semicondutores.
01:38Não podemos ficar presos e depender de países estrangeiros para coisas fundamentais de que precisamos.
01:45Não podemos depender da China.
01:47Nossos medicamentos e semicondutores precisam ser fabricados nos Estados Unidos.
01:52O presidente Donald Trump está cuidando disso.
01:54Ele vem alertando.
01:57Então, vocês devem entender que esses itens eletrônicos estão incluídos nas tarifas sobre semicondutores que estão chegando,
02:06assim como os produtos farmacêuticos.
02:09Essas tarifas chegarão nos próximos um ou dois meses.
02:12Portanto, isso não é uma isenção permanente.
02:15São itens de segurança nacional que precisamos fabricar nos Estados Unidos.
02:20A China havia chamado a isenção temporária sobre smartphones e computadores de primeiro passo e pedido aos Estados Unidos que eliminassem todas as tarifas recíprocas.
02:32Mas Trump reforçou que ninguém, muito menos Pequim, está livre de taxas e prometeu analisar toda a cadeia de suprimentos de tecnologia para aplicar tarifas específicas.
02:44O ex-secretário do Comércio Exterior, Lucas Ferraz, avalia que as transações entre os países estão entrando num cenário cada dia pior de ausência de regras.
02:56Para Ferraz, que é coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da FGV, a entrada em vigor da Lei de Reciprocidade ajuda o Brasil a se proteger.
03:07Sem esse projeto, a única coisa que o Brasil poderia fazer como membro da OMC é abrir um painel na OMC, mas evidente a OMC está totalmente enfraquecida, o seu órgão de apelação não funciona e seria totalmente sem efeito.
03:20Então eu entendo que foi um passo adiante, eu acho que foi uma medida positiva, correta, mas evidentemente ela tem que ser usada com muita cautela.
03:29E no caso específico dos Estados Unidos, eu entendo que o melhor caminho nesse momento é a negociação.
03:34O ex-secretário do Comércio Exterior diz ser difícil prever o final de uma disputa em que Estados Unidos e China não dão sinais claros de que vão baixar a guarda e negociar.
03:45A China hoje deixou de ser aquele país que exportava aqui em Quilharias, né?
03:49A gente está falando hoje de um país que exporta produtos de alto valor agregado, altamente integrado em cadeias globais de produção.
03:56Então a China pagou para ver, dobrou a aposta e hoje você tem basicamente uma relação entre China e Estados Unidos que alcançou aquilo que os economistas chamam de tarifa proibitiva.
04:08Os Estados Unidos está com uma tarifa de 145% contra os produtos chineses e a China aplicou uma tarifa de 125%.
04:15Isso basicamente significa que ficou inviável transacionar entre essas duas economias.
04:19Ao mesmo tempo que preocupa o mundo e gera receio de uma alta global de preços, a guerra comercial pode abrir uma janela de oportunidades para o agronegócio brasileiro.
04:30A avaliação é do jornal britânico Financial Times.
04:34Em reportagem deste domingo, a publicação avalia que o tarifaço de Trump prejudica os produtores americanos enquanto impulsiona o setor agrícola do Brasil,
04:44à medida que Pequim busca na maior economia da América Latina uma gama de produtos, da soja à carne bovina.
04:52Segundo o jornal britânico, o Brasil foi um dos grandes beneficiados na primeira guerra comercial entre americanos e chineses,
05:00ao se tornar o principal fornecedor de alimentos para a China.
05:04E agora, a tendência é de que o país avance ainda mais.
05:09E aqui no Jornal da Manhã, a gente segue conversando também com os nossos comentaristas de hoje,
05:13Deise Siocari e Cristiano Beraldo.
05:16Começar contigo, Beraldo, porque o que a gente percebe aí é que há um conflito aberto,
05:22mais com a China, efetivamente, ainda que o Donald Trump proponha tarifas para todo mundo,
05:26mas me parece que o isolamento chinês talvez seja o objetivo final.
05:31E quando as autoridades americanas dizem que nós estamos muito dependentes dos chineses,
05:35acho que o mundo todo hoje está muito interligado e dependendo um de um país, o outro do outro e por aí vai.
05:42E quando se fala em fortalecimento interno, isso também demanda tempo.
05:45Não é da noite para o dia que você constrói uma industrialização ou uma indústria que possa suprir aquilo que era importado, por exemplo.
05:51E na esteira disso, Beraldo, o Brasil poderá aproveitar esse cenário, como destaca aí na parte final a nossa reportagem,
06:01especialmente o que diz respeito ao agronegócio.
06:03Resta saber que caminho nós vamos tomar para aproveitar isso, não, Beraldo?
06:07Pois é, Nonato. O que está em jogo não é simplesmente uma questão comercial.
06:12Há ali uma redefinição estratégica para os Estados Unidos para o futuro.
06:16Afinal de contas, essa dinâmica comercial que está em vigor no mundo, ela foi desenhada a partir da Segunda Guerra
06:23e vem prevalecendo no sentido de ter alimentado a China para se tornar a maior ameaça à soberania norte-americana
06:35no sentido da sua importância estratégica para o mundo.
06:39Agora, o Brasil, essa reportagem do Financial Times é uma leitura enviesada de uma situação que, na verdade,
06:50coloca o Brasil ainda mais dependente da China, o que é algo, para o Brasil, muito preocupante, na minha opinião.
06:59O Brasil precisa diversificar os seus mercados internacionais ao invés de ficar se entregando, como tem feito, a um único parceiro.
07:08A China, inclusive, vem pressionando muito o Brasil para que entre no que eles chamam da nova rota da seda,
07:16que basicamente são centenas de bilhões de dólares chineses que estão sendo investidos em países
07:23onde a China tem interesse comercial para que ela domine a infraestrutura.
07:29O Brasil não pode se submeter a isso.
07:31Então, tem coisas bastante mais amplas do que simplesmente esse aspecto mais barulhento da disputa comercial
07:39que agora está sendo travada a partir dos Estados Unidos com a imposição dessas tarifas.
07:45Pois é, Beraldo.
07:46Essa imposição de tarifas sobre os semicondutores, ela vai impor algumas consequências para o planeta inteiro,
07:54principalmente para a China.
07:55Então, a gente vai ter alguns pontos que a gente tem que destacar, alguns efeitos colaterais
08:00na economia doméstica dos Estados Unidos e também nas relações comerciais internacionais.
08:04Então, só para a gente não se estender muito, mas o que a gente pode esperar agora?
08:09Volatilidade nas bolsas, isso deve aumentar, com certeza.
08:13A gente deve ter também um aumento nos preços dos produtos eletrônicos, isso óbvio.
08:18E os países afetados, com certeza, vão adotar medidas retalhatórias, como a gente já tem visto.
08:25Aqui no Brasil, o que o mercado já tem percebido é uma escassez no setor automobilístico.
08:32Mas, como o Beraldo falou, também isso pode ser uma oportunidade para a gente avaliar as nossas estratégias
08:38e não ficar tão dependentes desses semicondutores que vêm dos outros países.
08:42É como a gente tem dito desde que o Donald Trump começou com essas retaliações e com essas imposições tarifárias.
08:47O Brasil pode ver nisso ou uma oportunidade, ou um copo meio cheio, ou um copo meio vazio.
08:53Vai depender de como que a gente vai reagir a isso.
08:56A gente pode abrir caminhos e definir estratégias ou simplesmente reagir ao que vem de fora.