O futebol e o carnaval sempre tiveram laços. Nos principais grupos do Brasil, como Rio de Janeiro e São Paulo, há diversas escolas que seus estão atreladas a clubes, como Dragões da Real e Mocidade Independente de Padre Miguel. E aqui em Belém, dois apaixonados pelo esporte e pela cultura transformaram a paixão em uma escola de samba, a Mocidade Botafoguense.
Na última sexta-feira (11) foi comemorado o Dia da Escola de Samba e o Núcleo de Esportes de OLiberal foi conhecer a agremiação que tem no nome uma referência ao time carioca.
Repórter: Aila Beatriz Inete
Imagens: Ivan Duarte
Edição: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)
Na última sexta-feira (11) foi comemorado o Dia da Escola de Samba e o Núcleo de Esportes de OLiberal foi conhecer a agremiação que tem no nome uma referência ao time carioca.
Repórter: Aila Beatriz Inete
Imagens: Ivan Duarte
Edição: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)
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NotíciasTranscrição
00:00Eu tinha um tio, que hoje pertence a Deus, e ele veio de Manaus pra cá.
00:04E a gente tinha um time de futebol chamado Botafogo, lá do bairro do Marisal.
00:09Como naquele tempo não existia bloco lá na Ferreira Pena, ele me chamou e disse
00:14Carlos, eu vou fundar uma escola de... vou fundar um bloco.
00:17Como nós temos o time Botafogo, a gente vai fazer assim,
00:20Associação Carnavalesca e Moçada de Botafoguense.
00:23Tá com esse nome?
00:24E vai, excelente, tu me ajuda, hora de ajudar.
00:26Então, nesse tempo aí, formou uma diretoria.
00:30Foi o José Carlos, o Marcelo, que foi o presidente, o Marcelo Farias.
00:35O José Carlos, a professora Júlia, a Maria Olívia, que hoje também pertence a Deus.
00:41O doutor José Maria, o doutor Wilson Farias e o doutor Bartos Farias.
00:46Era toda essa equipe quando começou a escola.
00:52Então, o barracão da escola era lá na Ferreira Pena, lá no colégio.
00:56Tinha um colégio que era da minha tia.
00:58Aquela barracão da escola, lá que a gente fazia todas as profissões, a pedaria, tudinho.
01:03E naquele tempo, nós chamamos o Pedro Paulo.
01:06O Pedro Paulo era ritmista, ritmista do... quem são eles?
01:11Ele era o primeiro em repito.
01:13Então, ele era o sobrinho do seu Marfão, que morava lá na Ferreira Pena.
01:17E me chamou, cara, tu não queres o meu sobrinho pra ensaiar esse menino, bater rica.
01:23Manda ele vir aqui. Ele foi o Pedro Paulo, hoje em dia é o Paulinho.
01:26Ele foi pra lá e o que aconteceu?
01:29Ele chamou toda aquela galera lá da comunidade e começou a ensinar a bater caixa, bater surto, bater rica.
01:35Nós chamamos o Paulinho, Paulinho, tu te garante ser o chefe de bateria?
01:39Era um garoto ele.
01:40Eu me garanto.
01:41Então, nesse momento lá, como o meu tio tinha um conhecimento na Matinha, fizemos uma parceria com a Matinha.
01:47A gente tinha vários instrumentos, mas a Matinha não tinha instrumento.
01:50A gente emprestava os instrumentos e eles sentiam os animistas pra gente.
01:54Foi aí que o Pedro Paulo, do 15º, começou a ir sendo chefe de bateria da nossa cidade botafoguense e chefe de bateria da Matinha.
02:02Foi aí que ele começou, mestre de bateria.
02:04Aí que ele começou, surgiu daí, da botafoguense.
02:08E nós fomos pra luta.
02:09Fomos como bloco, fizemos um bom trabalho.
02:12Fomos campeão do bloco de enredo.
02:14Fomos campeão do Nuraquitã.
02:16E como a gente vinha se apresentando muito bem na avenida,
02:19a gente era tipo uma escola de samba, só faltava carros agora.
02:22Então, como o prefeito viu que a gente vinha apresentando um trabalho bom,
02:27um trabalho bem organizado,
02:28aí o prefeito chamou a gente pra gente ser bloco do enredo, enredo B.
02:34Aí nós fomos pro bloco do enredo B.
02:35E dali, nós fomos pro grupo A de enredo com campeão.
02:39E depois nós fomos, passamos pra escola.
02:42Aí foi que nesse tempo de escola, nós fizemos, tinha um carnavalesco, o Paulo Melo.
02:48Paulo Melo era um carnavalesco excelente.
02:50O cara tinha uma visão de tudo, como a escola ia.
02:54Aí foi nesse tempo que nós saímos pro enredo Cruz Credo.
02:59Esse Cruz Credo aí, ele falava sobre as sobrações em visagem.
03:04Era até do Vossinho Monteiro.
03:07Aí nós, o que é que nós fizemos?
03:09Ele fez uma escola, bem dizer, tudo no preto, tá?
03:13Com um carro, uma tinta pereira.
03:15E nós fomos atrás do Vossinho Monteiro.
03:17Uma amiga minha disse, esse carro do Vossinho Monteiro tava lá em casa.
03:20Então vai lá experimentar com a gente, pra mostrar o que vai acontecer.
03:23Aí ele se emocionou vendo aquele carro lá, tudinho.
03:26O cemitério, tudinho, a mulher morta.
03:29Aquele negócio todo aí, ele se emocionou.
03:31Aí ele disse assim, e aí?
03:33Aí que tu vai, aí um desse carro, aí tu queres ir.
03:35Aí o homem doidor, eu quero.
03:37Mas foi um desfilo, nesse tempo, a Graça já tava com a gente, né?
03:41A Graça.
03:41O que que o jogo abisou?
03:43A Graça que tava com a gente, aquela do Grupo C.
03:46E o seu desfilo, quando a gente foi o vice-campeão, eu ensinhei.
03:49Mas, por exemplo, deixa eu falar, se não me engano, pouca coisa com menino.
03:53Mas a escola desfilava muito bem.
03:54Aí depois, o Marcelo foi devido à idade, né?
03:57Aí deixou na...
03:58Aí a Graça sumiu, né?
04:00A Graça sumiu.
04:01Até hoje, ela tá aí lutando pra não cair à escola.
04:05Tentando aqui, né?
04:06Em 2007, nós conquistamos o vice-campeonato.
04:09Foi um ano, assim, aquilo aí que foi bem apertado.
04:13Por que que apertado?
04:14O Marcelo tava doente.
04:15Tava pé inchado, tudinho.
04:17E o Bel já tinha depositado ajuda já na conta da Botafoguense.
04:23Aí o Marcelo me chamou e disse,
04:24cara, a gente tem que sair, porque como é que eu vou prestar conta desse dinheiro todinho?
04:28Se a gente não sair para o ano, a gente não tem a dar da Fulbel.
04:31Faltavam 15 dias para o Carnaval.
04:3315 dias para o Carnaval.
04:35Aí eu disse, Marcelo, se a gente tem dinheiro em 15 dias,
04:37a gente vai fazer esse Carnaval.
04:38Tu te garante ou me garante?
04:40Aí nós fomos atrás de um carnavalejo com o Natan.
04:43Hoje também pertence a dele.
04:44O Natan era um cara da cultura.
04:46O cara amava Carnaval.
04:47Você olha, Natan, tá acontecendo isso, isso, isso aí.
04:50Porra, cara.
04:51E a gente não tem samba, a gente não tem nada.
04:53Aí eu disse, né, Carlos, fala o seguinte.
04:55Fala com o Davi das Pedreiras.
04:56Davi das Pedreiras?
04:57É isso, isso.
04:58É, Carlos, tem um samba.
04:59Que eu tirei em terceiro lugar, lá no Xodó da Negra.
05:03Tu conhece?
05:03Pessoal, só conheço.
05:04Então, se eles autorizarem.
05:06Para mim, não está esse samba na avenida,
05:08eu vou botar esse samba na avenida.
05:10Encantos, encantos.
05:11Eu sempre falava das crianças, entendeu?
05:13Aí eu disse, tá.
05:14Aí eu disse, olha, eu fui lá no Xodó da Negra,
05:17conheço o Careco.
05:17O Careco, não, né, Carlos, tudo bem.
05:19Falei com o Davi, tudo bem.
05:20Aí eu levei para o Natan.
05:22Aí o Natan disse, cara, peraí.
05:24Ele foi lá, viu uma revista, olha,
05:26a condição de frente é essa aqui,
05:27está aqui a roupa.
05:28O resto da roupa eu vou levar para ti mais tarde.
05:30Eu levo.
05:30Aí o Pan, costureira.
05:32Nesse tempo, a Dona Alia Senna estava viva, né, rapaz?
05:34Ela sempre, são 15 dias para costurar isso aqui.
05:36Não, pode trazer, tá?
05:37Todo mundo mantendo a outra da relação.
05:38Eu fui para o comércio e botei.
05:40Aí, rapaz, foi um show.
05:41Foi um show.
05:42Essas meninas deram show, era só criança.
05:44Era da, era da...
05:46Essas meninas faziam balé na aldeia.
05:49A minha filha participava de, lá da aldeia, né, de dança.
05:53Aí tinha uma menina, uma moça também que ajudava muita gente.
05:57Agora eu não estou lembrado o nome dela.
05:59Mas ela pegou, porque ela era professora lá da aldeia,
06:02e chamou a menina para fazer a comissão de frente.
06:04Era só criança de 12, 13, 14 anos a comissão de frente.
06:08Mas foi um sucesso.
06:09Foi um sucesso mesmo, tá entendendo?
06:11E aí nós, eu abracei a situação.
06:14O Marcelo já meio, meio tombando assim.
06:17E foi para o Avenida que o Marcelo adorava o carnaval.
06:19A paixão era uma cidade batafoguense.
06:21Não tinha outra coisa que fosse a batafoguense.
06:24Aí depois, né, a Graça assumiu.
06:26Tá, eu vou chamar a Graça aqui para falar alguma coisa do Batafogo também,
06:30que ela está nessa história aí desde, sabe, toda a nossa família de Batafogo.
06:35Então, o meu tio, que era deficiente,
06:38ele que organizou esse time lá da rua.
06:40Mas era muita gente, era muita gente para jogar no Batafogo.
06:44O ônibus saia lotado.
06:45O nosso campo era lá na colônia de Marituba, tá entendendo?
06:49E ia todo mundo onde era mulher de jogador, não era parede.
06:53Então ia todo mundo lá para a colônia.
06:55E lá a gente jogava a bola enquanto voltava da bola.
06:59Aí tinha o momento da gelada,
07:01que não tomava cerveja, mas devia refrigerante,
07:04comia um pão lá com alguma coisa qualquer,
07:07um tiragosto, entendendo?
07:08Aí depois, quando o Marcelo veio para cá, para Belém,
07:12queria, agora nós vamos botar uma escola edição,
07:15porque o Marcelo já era apaixonado por carnaval.
07:17O Marcelo, ele saia vestido de mulher, de mulher no carnaval.
07:21Então tá me entendendo?
07:21Ele me deu uma coisa, até hoje eu tenho em casa.
07:24Ele me deu, olha, Carlos, isso aqui vai ficar para ti,
07:27então me dá para ir aqui.
07:28Uma peruca.
07:29Uma peruca, ele me deu essa peruca.
07:30E essa peruca, tempo carnaval, eu ponho ela,
07:32saio lá na rua.
07:33Então a paixão começou aí do futebol para o carnaval.
07:37E eu como gosto muito da cultura,
07:39eu tive uma quadrilha junina em Cantos do Pará.
07:43Nessa quadrilha junina, em Cantos do Pará,
07:44eu botei um bloco,
07:45Associação Carnavalística Cultural e Cantos do Pará,
07:49parceria junto com o Botafogo,
07:50totalmente dentro.
07:51Então tudo é apaixonado pelo carnaval,
07:53puxando pela cultura, vamos dizer assim, tá?
07:55Eu gosto de ver, eu gosto de ver muito ver,
07:57eu gosto de ver os pássaros, tá?
07:59Os pássaros eu gosto de ver muito.
08:01Eu adoro ver pássaros.
08:02Pássaros juninos, né?
08:04Quero dizer, no tempo agora.
08:05Sim.
08:06Mas sendo que esses pássaros não tem assim um apoio bacana,
08:11não tem esse apoio para os pássaros, tá?
08:13Quer dizer, falta mais respeito.
08:15Sabe por quê?
08:15São artistas da cultura,
08:17são artistas da cultura,
08:18são pessoas que fazem teatro,
08:20amam de fazer aquilo,
08:21gostam de fazer aquilo.
08:22Eu gosto de ver uma pessoa,
08:24um pássaro,
08:25que a minha filha foi porta-pássaros,
08:27foi do Irapuru,
08:29que era do seu carro, se eu não me engano, né?
08:31Pois é, minha filha foi porta-pássaros do seu Carlos.
08:33Eu andava com tudo,
08:34eu andava com ele,
08:35eu gostava de ver,
08:36gostava de ver o Rochinol,
08:38Tem-Tem,
08:39você tá entendendo?
08:40Pô, o Wanderlei,
08:41que é um cara da cultura também,
08:43um cara que briga pelos pássaros,
08:45mas não tem apoio político,
08:46não tem alguém para dar aquele apoio cultural legal.
08:49Quer dizer, eles não são respeitados,
08:50na verdade é essa,
08:52não são respeitados.
08:53Se os governadores olharem mais para a cultura do parque,
08:56tem muita coisa.
08:57Eu me sinto muito orgulhoso,
08:59porque tem uma escola
09:01de um grupo de avaliação,
09:03onde tu não pega um centavo do governo para ajudar,
09:08tem que gostar muito do carnaval,
09:10então nesse momento aí,
09:12eu parabenizo a Graça Abril,
09:14que ela pegou a escola,
09:16lá no grupo de avaliação,
09:18desceu junto,
09:18nós descemos juntos,
09:19porque não desce só a Graça,
09:21desce o Zé Carlos,
09:22desce todo mundo que participa.
09:24Nós pegamos a escola lá embaixo,
09:25e ela, com o dinheiro dela,
09:27comprando aqui,
09:28o Wanderlei também ajudando.
09:30Sabe onde foi feito o carro alegórico
09:33do Arda Botafogo?
09:34É isso na frente da minha casa.
09:35Com todo o material reciclado que eu tinha,
09:38juntamos a reciclagem com o material atual.
09:40Então tá me entendendo?
09:41Quer dizer, com todo aquele carro lá,
09:44nós tiramos 9,8 nessa outra coisa.
09:46Então, isso aí é um orgulho.
09:48Nossa, como eu tô te dizendo,
09:50pra gente não cair e pra gente subir,
09:53nós temos que trabalhar.
09:55Então tá me entendendo?
09:55Porque naquele tempo,
09:57o que é que acontecia naquele tempo?
09:58Tempo do Coutinho Jorge,
09:59do prefeito.
10:00O carnaval era em fevereiro.
10:02Quando chegava no início de janeiro,
10:0410 do quinto de janeiro,
10:05a superversão saía.
10:06Tava na conta.
10:07Quer dizer,
10:08tu tinha aquele dinheiro
10:08pra saber onde procurar mais barato.
10:10Então tá me entendendo?
10:11Quer dizer,
10:12comprava e guardava,
10:13comprava e guardava.
10:13A gente ia trabalhando bacana,
10:15que tem dinheiro na conta,
10:16mas trabalhando.
10:17Quer dizer,
10:17isso aí evita.
10:19Sabe por que
10:19esse pessoal
10:21tudo faz carro na rua?
10:22Você pode,
10:23não sei se você conseguiu ver
10:24o pessoal lá na rua,
10:25na Pedrimeirão,
10:26no cara pregando,
10:27passando cola.
10:27É porque o dinheiro
10:28sai em cima da hora.
10:29Você tá entendendo?
10:30O dinheiro sai em cima da hora.
10:31As escolas não tem barracão
10:33pra botar os carros.
10:34São poucos que tem.
10:35Tantos terrenos aí
10:36da prefeitura
10:37podendo abrir.
10:38Olha,
10:39tá aqui,
10:39esse barracão aqui,
10:41grande pra todo mundo.
10:42todo mundo vem trabalhar aqui.
10:43Será porra legal.
10:45Sabe por que te alugar
10:46um barracão desse?
10:47É dois mil reais,
10:47três mil reais.
10:48Lá vai o dinheiro todinho.
10:50Tá,
10:50então,
10:50como eu tô dizendo,
10:51pra gente permanecer
10:52no Grupo B,
10:53pra gente,
10:53pro Grupo A,
10:54nós temos que trabalhar.
10:55O trabalho não é um trabalho
10:57de começar
10:58três meses antes do Carnaval,
10:59não é esse o trabalho.
11:00Tem que começar muito longe.
11:02Ou começa agora,
11:02ou não começa.
11:03Nós temos até o enredo
11:04agora pra 2026.
11:06Qual é o enredo aí,
11:07seu Wanderlei?
11:07Olha aí,
11:13é nosso enredo.
11:14Escreveu aí?
11:15É forte enredo.
11:16Porque a gente vai mexer
11:17com todo mundo da cultura,
11:19tá entendendo?
11:19Todo mundo da cultura.
11:20Então,
11:21isso aí vai ser muito bom,
11:22vai ser um espetáculo,
11:23vai ser um escândalo.
11:24O escândalo que fizeram
11:25é o Carnavalesco
11:26da Sujinha Negrão.
11:27E o que deram o escândalo?
11:29É o cara que trabalha muito bem.
11:30É um Carnavalesco,
11:33é um respeitado.
11:34Então,
11:34eu me sinto orgulhoso.
11:36Desde criança,
11:36eu sempre trabalhei
11:37com a escola de samba.
11:38Então,
11:39eu morava em Bragança,
11:40eu já fazia a escola de lá.
11:41Aí eu conheci o Marcelo,
11:43foi meu esposo.
11:44Conheci o Marcelo,
11:45que foi o fundador da escola.
11:46E aí eu fui pegando,
11:47dando o macete da escola
11:48daqui de Belém,
11:50que era diferente
11:50da do interior.
11:51E com o tempo,
11:52em 2000,
11:53foi em 94,
11:54nós fomos vice-campeão,
11:56eu fazendo a comissão de frente,
11:59ajudando o Paulo,
11:59que o Paulo era um ótimo
12:00Carnavalesco,
12:01que passava tudo pra mim.
12:02E aí eu fui pegando
12:03mais macete ainda na escola.
12:05Com o tempo,
12:05o Marcelo mudou
12:06pra Mosqueiro
12:07e entregou a escola
12:08na minha mão.
12:09Aí eu fiquei aqui,
12:10mas aí sempre por trás,
12:11ajudando.
12:11E foi assim,
12:12em 2014,
12:13nós fomos campeão,
12:14o enredo,
12:15falava,
12:16nunca foi,
12:17não sei o que,
12:17não sei o que,
12:17não sei o que,
12:17não sei o que.
12:17em 2014,
12:18em 2015,
12:20que foi em 2015,
12:20nós fomos campeão,
12:21liberdade,
12:22é um tema da maçonaria.
12:24Aí nós fomos,
12:25nós fomos campeão,
12:27aí passamos a trabalhar aí,
12:28como ele vem falando,
12:30a subvenção,
12:31demora muito a chegar,
12:33e a gente,
12:33mas a gente tá aí na luta.
12:35E quanto ao futebol,
12:36sim,
12:36a minha família toda
12:37é botafoguense,
12:38meu esposo,
12:39que agora é presidente,
12:40é botafoguense,
12:41meu filho é botafoguense,
12:42nós estamos apaixonados
12:43pelo Botafogo,
12:44dando um livro em casa,
12:45tudo é botafogo,
12:46tanto o Botafogo,
12:47como eu falei,
12:48que veio até um jogador
12:49do Botafogo,
12:50o Éder,
12:50ele veio aqui pra nossa festa,
12:52fez uma entrevista com a gente,
12:53participou junto,
12:55levou camisa pro Rio,
12:56e assim,
12:57a gente tem esse carinho
12:58muito grande
12:58pelo Botafogo,
12:59pela escola.
13:00A gente sempre junta
13:01com os diretores,
13:02aí a gente pensa no enredo
13:04que,
13:04esse ano nós vamos falar,
13:05tá o enredo,
13:06e esse ano,
13:07o enredo veio
13:08do Wanderlei,
13:09nosso samba foi gravado
13:11na Imperatriz,
13:12na Podidência,
13:13o cantor era de lá,
13:15e fez,
13:15mas nós não podemos trazê-lo
13:16porque não tinha verba apagar,
13:18mas ele que criou
13:19algum samba,
13:20passou de lá pra gente,
13:21com toda a estrutura
13:22da Imperatriz,
13:23aí nós fomos pra Avenida,
13:25mas a gente reúne
13:26todos os diretores
13:27e vê qual é o melhor enredo
13:28pra levar pra Avenida,
13:29nesse caso agora
13:30nós vamos falar
13:31sobre os pássaros,
13:31lá no passado,
13:32que foi inspirado,
13:33a gente viu em relação
13:34a Copa,
13:34esse ano em relação
13:35aos pássaros,
13:36porque a gente tá vendo
13:36a situação dos pássaros
13:38que eles estão desaparecendo,
13:39e a gente não quer também
13:40que essa cultura acabe,
13:41aí acho que é melhor
13:43fazer esse enredo
13:43pra levantar,
13:44pra dar um ap,
13:45né,
13:45nos pássaros aí.
13:46Nosso desafio maior
13:47é barracão,
13:48né,
13:48que antigamente funcionava lá,
13:50mas agora não tem mais
13:51o barracão de lá,
13:52o desafio mais é compra,
13:54porque aqui em Belém
13:55não existe muito material
13:56pra carnaval,
13:57muito difícil,
13:58muita loja chinesa
13:59e a gente procura
14:00e não consegue.
14:01Se a gente recebesse antes,
14:03tivesse o verbo,
14:04a gente ia em São Paulo
14:05comprar material lá,
14:06muito mais em conta,
14:07muito mais barato
14:08pra poder fazer,
14:09então esse é um desafio
14:10muito grande,
14:10a gente ter que criar,
14:11inventar,
14:12por exemplo,
14:12um paitei,
14:13a gente pega o papel
14:14brilhoso e bota
14:15no lugar do paitei,
14:16vai fazendo essa
14:17coisa da parecida.
14:18E esse é um desafio
14:19que a gente insiste
14:21ter,
14:21nós temos uma comunidade
14:23na Barão,
14:24a comunidade na Barão,
14:25ela desfila todo dia
14:26no Botafogo,
14:27Deus livre,
14:28são apaixonados
14:29pelo Botafogo,
14:29lá tem muito
14:30botafoguense e quando
14:31se aproxima o carnaval
14:32a gente já fica pensando
14:33e o Botafogo vai sair,
14:35o Botafogo vai sair,
14:36vai, sim,
14:37vai sair,
14:37é fantasia que não dá,
14:39a gente vem buscar tudo.
14:40A minha história
14:40com o Botafogo
14:41é uma história muito bonita,
14:42eu tenho uma paixão
14:43muito grande
14:44pelo Botafogo
14:44e a gente continua
14:46dando todo o apoio
14:47pra precisar
14:47para o Botafogo,
14:48junto com esse povo,
14:50que maior parte
14:51do povo que está aqui
14:52comigo,
14:52todos são botafoguenses
14:53e não deixam cair,
14:54o Valendei me ajuda muito.
14:56Não,
14:56ano passado eu fiquei
14:57assim querendo parar,
14:59eu digo,
14:59não,
14:59eu não tenho,
15:00não vou ter condição
15:00aí o Valendei,
15:01não,
15:01negativo,
15:02pelo Botafogo
15:03eu vou até o fim
15:04e a gente vai botar
15:05essa escola e pronto
15:06e chegamos lá.
15:08O nosso carnavalês
15:09que era seminarista,
15:10o Valendei também
15:11é cristão,
15:12participa de uma
15:13igreja evangélica,
15:14eu sou católica,
15:15também participo
15:16da capelania,
15:17da polícia,
15:17também faço as orações.
15:18Aí, na verdade,
15:19é uma escola
15:20bem abençoada
15:22por Marcelo,
15:23ele foi jogador
15:24da turna
15:25Nacional de Manaus,
15:26ele jogou
15:27de time,
15:27todo fundador da escola,
15:28ele foi jogador.
15:30Tem muito jornal
15:31aí que fala
15:31o craque,
15:32não sei,
15:32ele foi um craque mesmo.
15:34E aí,
15:34a gente pensava em fazer
15:35esse ano passado,
15:36sobre os 40 anos
15:38da escola
15:38que homenageava
15:40a estrela maior,
15:41que era o Marcelo
15:42da Botafogo,
15:42mas aí o prefeito
15:44assistindo da COP,
15:45nós tivemos que fazer
15:46a COP e mudamos
15:47o enredo.
15:47Agora a gente espera
15:49fazer 45 anos,
15:50quando a gente fizer
15:50a gente vai falar
15:51tudo sobre o Botafogo.
15:52Aliás,
15:53nós já falamos
15:53isso sobre o Botafogo,
15:54Zé Carla,
15:55foi quando o Botafogo
15:56fez 10 anos,
15:5725 anos,
15:58lembra?
15:58Na hora eu fico
15:59tão desesperada
16:00na avenida,
16:00a gente não pode
16:01usar o celular,
16:02não pode bater foto,
16:03a gente já bate escondido,
16:04senão perde o ponto.
16:05Aí não tem o registro,
16:06mas nós falamos
16:07sobre o Botafogo.
16:08E aí